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Obstetra é condenada a 3 anos por se negar a atender grávida; bebê morreu

Uma obstetra foi condenada a três anos de reclusão por se negar a ir até ao hospital onde realizava plantões e atender uma gestante, que acabou perdendo o bebê. O caso aconteceu em agosto de 2014, em Santos Dumont.

O julgamento aconteceu na última segunda-feira (22), mas divulgado nessa quinta (25). A ré poderá recorrer em liberdade. O nome da unidade de saúde e nem o da médica foram informados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Segundo a denúncia, a gestante chegou ao hospital por volta durante a madrugada, com fortes dores abdominais e inicialmente foi atendida por uma técnica em enfermagem. A mulher narrava que ainda sentia o feto se mexendo.

A técnica entrou em contato com a médica que estava na escala de sobreaviso do hospital. No entanto, ela teria dito que não compareceria à unidade e orientou a técnica em enfermagem a ministrar medicamentos à paciente. O fato foi comunicado à enfermeira chefe e a medicação ministrada, mas o quadro foi piorando.

Aproximadamente duas horas depois, a médica voltou a ser acionada, mas respondeu que, em razão do horário, podiam chamar o obstetra escalado para o plantão que se iniciava às 7h. O médico foi chamado e, mesmo antes do início do seu plantão, compareceu ao hospital e realizou uma cesariana de emergência. No entanto, não foi possível salvar o feto, que nasceu sem vida.

Conforme o promotor de Justiça Flávio Barra Rocha, a denunciada teve conduta negligente e omissiva, delegando sua função a terceiros e “teve condições de prever a possibilidade do aborto e, mesmo assim, assumiu com sua conduta o risco da ocorrência da morte do feto”.

Informações G1

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