27 de abril de 2024 09:40

Nova etapa do Desenrola permite que dívidas sejam parceladas em até 60 meses

Terceira etapa do programa para renegociação de dívidas começou nesta segunda-feira (9) e contempla inscritos no CadÚnico e pessoas com renda de até dois salários

O Ministério da Fazenda deu início, nesta segunda-feira (9), à terceira etapa do Programa Desenrola Brasil. A renegociação de dívidas na nova fase acontecerá diretamente em uma plataforma do Governo Federal e contemplará pessoas inscritas no CadÚnico ou que têm como renda até dois salários mínimos. Poderão ser reavaliadas dívidas com bancos e operadoras de cartão de crédito e as que são classificadas como não bancárias — contas de energia elétrica e água, por exemplo.

Segundo esclareceu o ministro Fernando Haddad (PT) durante o lançamento da nova etapa em São Paulo, a renegociação das dívidas ocorrerá da seguinte maneira:

  • Dívidas de até R$ 5 mil: podem ser renegociadas para pagamento à vista ou para parcelamento em até 60 meses com juros de até 1,99% ao mês.
  • Dívidas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil: poderão ser renegociadas para pagamento à vista na plataforma ou estabelecer novos acordos com os credores para quitá-las com mais descontos e outras condições;

No mês passado, o governo concluiu o leilão dos descontos oferecidos pelos credores para quitação das dívidas contraídas pelos consumidores. Assim, o valores que vão ser pagos nesta terceira etapa contam com, pelo menos, 83% de desconto. A renegociação ocorrerá diretamente pelo site gov.br/desenrola; confira a seguir as instruções:

Impactos da guerra em Israel são assunto na coletiva com Haddad

A agenda do Ministério da Fazenda na Câmara dos Deputados e no Senado Federal deve garantir a proteção da economia brasileira em meio à instabilidade do cenário estrangeiro, crê o ministro Fernando Haddad (PT). Em São Paulo, no lançamento do Desenrola, o petista indicou que o governo está atento às mudanças no panorama internacional, citando a desaceleração da China e a alta do barril de petróleo, mas, evitou responder sobre os impactos do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas para o Brasil.

“Se não tivéssemos uma agenda, seria preocupante. Mas, temos. É questão de reconhecer os problemas, citei alguns, o petróleo, os juros internacionais, a desaceleração da China, tudo é desafiador”, afirmou. “Mas, se repetirmos no segundo semestre o esforço feito no primeiro, acredito que terminaremos o ano em uma situação melhor”, projetou.

O ministro insistiu que a solução para os obstáculos econômicos do Brasil perpassa a aprovação das medidas enviadas ao Congresso Nacional pelo Governo Federal. Entre elas está a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, hoje em tramitação no Senado, e o Projeto de Lei para taxação de offshores e fundos fechados de investimento, na Câmara. “Se repetirmos neste segundo semestre o esforço feito no primeiro daremos uma demonstração aos brasileiros e aos investidores estrangeiros de que tomamos as medidas necessárias para modernizar a economia”, declarou.

Haddad optou por não indicar se o país adotará alguma providência para controlar as instabilidades do mercado externo, e insistiu novamente para haver agilidade no avanço dos projetos governamentais nas Casas Legislativas. “O cenário externo se complicando como está, nosso desafio é fazer a agenda interna evoluir o mais rápido possível para proteger a economia brasileira”, disse. “Temos um momento de preocupação externa. De novo precisamos nos voltar para as mudanças planejadas para não deixar a economia brasileira se perder”, ressaltou.

FONTE ITATIAIA

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