30 de abril de 2024 23:03

Arábia Saudita revela THE LINE, uma cidade de 1 trilhão de dólares, que promete mudar o rumo da construção civil e engenharia 

A Arábia Saudita está desenvolvendo um novo projeto de construção civil que mudará o conceito de engenharia ao redor do mundo. Trata-se da The Line, uma cidade que segue uma linha reta por 170 km.

Uma cidade vertical gigante, que atravessa o deserto da Arábia Saudita, sem carros, estradas ou emissões de poluentes parece até coisa de outro planeta. Mas é assim que será a The Line, uma cidade futurista sustentável que a Arábia Saudita começou a construir na região de Neom, perto do Mar Vermelho, sendo um grande triunfo da construção civil. O empreendimento custará 1 trilhão de dólares.

The Line promete uma vida 3D quando estiver pronta

Seu nome está ligado ao design disruptivo da supercidade. Ela teria 200 metros de largura apenas e 500 de altura, entretanto, com 170 quilômetros de comprimento, formando uma extensa linha que passaria por paisagens montanhosas costeiras e desérticas.

Para reduzir o espaço urbano, dois paredões com exterior espelhado, unindo a fachada com a natureza ao redor. Ambicioso, o projeto deseja ir muito além da estética e propõe um novo jeito de viver. Segundo os criadores da ideia, o objetivo é sobrepor as funções da cidade verticalmente, dando às pessoas a possibilidade de se mover em três dimensões: para cima, para baixo ou na transversal.

Segundo a apresentação do The Line na Arábia Saudita, este é um conceito conhecido como Zero Gravity Urbanism. Diferente de apenas prédios altos, este conceito sobrepõe parques públicos e áreas de pedestres, residências, escolas, e locais de trabalho, para que a pessoa possa suprir todas as necessidades diárias em apenas 5 minutos.

A sustentabilidade aparece como um destaque do empreendimento, apesar de muitos detalhes não terem sido divulgados. O que se sabe é que The Line foi pensada para acomodar 9 milhões de pessoas, em uma área de apenas 34 quilômetros quadrados. 

Novo empreendimento na Arábia Saudita usará energia 100% renovável

Segundo o site do The Line, seria inédito quando comparado com outras cidades de capacidade semelhante. Isso preservaria 95% das terras do Neom e representaria apenas 2% da pegada de infraestrutura na comparação com cidades tradicionais.

Após construída, a metrópole vertical seria carbono zero, operando com energia totalmente renovável, até nas  indústrias e não teria carros ou estradas. O modelo priorizaria deslocamentos reduzidos, mas para distâncias maiores um moderno sistema de transporte, com trem de alta velocidade, faria a viagem de ponta a ponta em apenas 20 minutos.

Para garantir o clima ideal, o ambiente foi desenvolvido para ter equilíbrio entre luz solar, ventilação natural e sombra. Além disso, espaços verdes abertos ao longo de toda a cidade contribuiriam para o conforto térmico. Segundo o príncipe Mohammed bin Salman, os projetos para as comunidades em camadas verticais desafiarão as tradicionais cidades horizontais planas e criarão um modelo de preservação da natureza e maior habitabilidade humana. The Line iluminará formas alternativas de viver.

Empreendimento estará pronto já em 2026

The Line é, na verdade, apenas uma parte do megaprojeto NEOM na Arábia Saudita, que além da cidade linear conta com outras frentes como Oxagon, Sindalah e Trojena. Os empreendimentos já estão em fase de obras, com entregas em etapas, e mais de 2.800 funcionários, de 86 países, estão morando e trabalhando no local.

Sindalah deve abrir portas para visitantes já em 2024, Oxagon também planeja receber seus primeiros residentes no próximo ano e Trojena pode se tornar um local para viver, trabalhar e passar férias em 2026. 

Apesar de muitos não acreditarem que o The Line, o futuro da construção civil, poderia sair do papel, a construção da cidade na Arábia Saudita também já começou. Os primeiros módulos estão previstos para serem ativados em 2026 e, até 2030, a intenção é que cerca de um milhão de pessoas morem por lá, chegando a nove milhões em 2045.

FONTE CLICK PETRÓLEO E GÁS

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