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Como foi 1º dia de julgamento dos acusados de matar cruelmente ex jogador Daniel Corrêa

O primeiro dia de julgamento dos acusados de matar o jogador Daniel Corrêa Freitas foi longo e acabou só às 22h40 de segunda-feira (18/3). A reportagem de O TEMPO Sports separou os principais pontos do início do júri, que continua nesta terça.

Depoimento de testemunhas 

Pela manhã, os jurados ouviram duas testemunhas sigilosas, indicadas pelas acusação. A imprensa não pôde acompanhar os depoimentos.

Após o intervalo para o almoço, foi a vez de ouvir os depoimentos das testemunhas listadas pela defesa. Outras 11 pessoas foram ouvidas, entre elas, familiares dos acusados de matar o jogador.

Rosangela Brisola, mãe da ré Evellyn Perusso (veja acusação abaixo), disse, em depoimento, que a filha foi perseguida durante o processo e teve até dificuldades para conseguir emprego.

Depoimento dos acusados 

Dois réus foram ouvidos no primeiro dia do julgamento. Cristiana Brittes, esposa de Edison Brittes – homem que confessou ter matado o jogador Daniel -, foi a primeira a prestar depoimento ao júri.

De acordo com Cristina, ela estava dormindo quando Daniel entrou no quarto. Ao acordar, viu o jogador em cima dela com o pênis para fora da cueca e gritou por ajuda. Foi então que Edison entrou no quarto.

Edison Brittes também prestou depoimento e, mais uma vez, confessou ter matado o jogador Daniel. O empresário sustentou a versão de que cometeu o crime, porque o atleta teria abusado sexualmente da esposa.

Acusados do crime estão presos no Paraná — Foto: WAGNER CARMO/VIPCOMM

Quem são os acusados?

Ao todo, sete pessoas são acusadas de participação na morte do jogador.

  • Edison Brittes Júnior: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação do cadáver, corrupção de menor e coação do curso do processo
  • Cristiana Rodrigues Brittes: homicídio qualificado (motivo torpe), fraude processual, corrupção de menor e coação do curso do processo
  • Allana Emilly Brittes: coação do curso do processo, fraude processual e corrupção de menor
  • David Willian Vollero Silva: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e ocultação do cadáver
  • Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação do cadáver e corrupção de menor;
  • Ygor King: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e ocultação do cadáver
  • Evellyn Brisola Perusso: fraude processual.

O que aconteceu? 

Daniel foi encontrado morto no dia 27 de outubro de 2018 na área rural de São José dos Pinhas. Daniel estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado. O empresário Edison Luiz Brittes Júnior confessou o crime.

O ex-jogador participou da festa de aniversário de Allana Brittes, filha de Edison, em uma casa noturna. No dia seguinte, a festa continuou na casa da mulher, que, na época, comemorou 18 anos.

Em depoimento à polícia, o empresário afirmou que Daniel tentou estuprar a esposa dele, Cristina Brittes. Por isso, teria matado o jogador. Antes de morrer, Daniel chegou a enviar fotos deitado ao lado de Cristina para um amigo.

De acordo com o inquérito feito pela polícia, não houve tentativa de estupro por parte do jogador. Após ser agredido, Daniel teria sido colocado vivo no porta-malas do carro de Edison e levado para a área rural.

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