18 de junho de 2024 10:54

Buraco no gelo da Antártida se abre há 50 anos, e só agora a ciência descobriu o verdadeiro motivo

Tem cerca de 80 mil quilômetros quadrados.

Um buraco se abre no gelo da Antártida, há pelo menos 50 anos. Esses fenômenos se chamam polínias (Polynyas), mas este em particular sempre foi diferente e agora a ciência sabe o motivo de ele ter surgido.

Um buraco no meio da Antártida

Polínias são aberturas nas camadas de gelo próximas dos oceanos polares. Elas são normais na zona costeira, onde os ventos empurram o gelo que cobre a água criando assim uma lacuna por onde emerge o oceano.

No entanto, a Maud Rise polynya (como se chama) fica bem longe destas regiões e não sabia como foi formada, até agora. Ela tem a extensão de cerca de 80 mil quilômetros quadrados e ocorreu por uma sucessão de fatores.

Ela está localizada à quilômetros da costa, então como aconteceu? De acordo com um estudo publicado na Science, o mistério já foi resolvido e agora não existem mais dúvidas.

Entendendo como aconteceu

As correntes ao redor do Mar de Weddell (onde está localizado o buraco) se intensificaram. Elas trouxeram água mais quente e salina do fundo para a superfície, misturando-a com a as superiores. Desta forma o gelo na superfície derrete.

O gelo derretido é composto principalmente por água doce e deveria reduzir a salinidade e encerrar o processo. No entanto, um fenômeno chamado Transporte de Ekman, qual a água se move num ângulo de 90º na direção do vento de superfície, afetou a salinidade da água e fez o buraco surgir.

“A marca das polínias pode permanecer na água por vários anos após a formação. Elas podem mudar a forma como a água se move e como as correntes transportam o calor para o continente. As águas densas que se formam aqui podem se espalhar por todo o oceano global”, explicou Sarah Gille, coautora do estudo, em um comunicado de imprensa.

 

FONTE IGN

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