Escolher um destino para viajar nem sempre é uma tarefa fácil. Você precisa pensar no valor da passagem, no custo de alimentação e hospedagem no local escolhido, os pré-requisitos necessários para entrar no país, entre outros detalhes. Porém, em alguns lugares, mulheres precisam levar em consideração até se sua entrada é permitida.
Soa absurdo pensar que, em pleno século XXI, seu gênero pode definir onde você é autorizada ou não a entrar, mas há espaços em que isso é considerado normal, seja por aspectos relacionados à cultura ou à religiosidade.
O que talvez torne a situação mais esquisita é que grande parte dos destinos proibidos são Patrimônios Mundiais da UNESCO.
1. Comunidade Monástica do Monte Athos (Grécia)
Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1988, o Monte Athos é composto de uma comunidade de cerca de 20 monastérios ortodoxos orientais. Por mais de um milênio, peregrinos e monges cristãos ortodoxos se reúnem nestes monastérios e em seus arredores, localizados na península norte da Grécia. Conhecida como “Montanha Sagrada”, o espaço é fechado à entrada de mulheres e a qualquer animal fêmea, com exceção de gatas, desde o ano de 1046.
De acordo com as tradições locais, mulheres dificultariam que os monges mantivessem seus votos de celibato. Sob a perspectiva religiosa, a tradição ortodoxa prega que o Monte Athos pertence à Virgem Maria e, por isso, seu solo sagrado não deve ser visitado por nenhuma outra mulher.
2. Monte Omine (Japão)
Proibidas de entrar no Monte Omine há mais de mil anos, mulheres contestam o impedimento e solicitam junto ao governo local o fim do banimento. Esse afastamento possui ligação com a menstruação, ilegal em rituais, e com uma suposta distração que representariam aos peregrinos do sexo masculino.
Também considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, desde 2004, o Monte Omine é repleto de templos e santuários xintoístas e budistas, que atraem visitantes ilustres, como a família imperial japonesa. Localizado na ilha de Honshu, oferece uma paisagem montanhosa lindíssima.
3. Herbertstrasse, Hamburgo (Alemanha)
Herbertstrasse é nome de uma pequena rua na cidade alemã de Hamburgo em que mulheres não podem entrar – a não ser que elas sejam trabalhadoras do sexo. O local fica em uma região conhecida como distrito da luz vermelha, uma das mais famosas do mundo. A Herbertstrasse é uma pequena rua lateral, repleta de luzes de neon e janelas em que garotas de programa se exibem seminuas.
O acesso é feito passando por uma barreira metálica em que a entrada de mulheres é terminantemente proibida. Esse movimento começou em 1933, quando os nazistas chegaram ao poder, como uma estratégia para controlar o trabalho sexual e o vício em bebidas, isolando quem fosse contra a moral dos alemães comuns.
4. Parque Nacional Band-e-Amir (Afeganistão)
Pleiteando ser reconhecido pela UNESCO, o Parque Nacional Band-e-Amir, no Afeganistão, é como uma espécie de Grand Canyon no Oriente Médio. Localizado na província de Bamiyan, é o primeiro parque do gênero no país, formado por 320 quilômetros de lagos, penhascos e represas naturais. Mas toda essa beleza não pode ser vista por mulheres desde que os talibãs retornaram ao poder no Afeganistão em 2021.
O parque se tornou proibido para mulheres porque, segundo o novo governo, elas violaram leis sobre “modéstia”. Infelizmente, o Parque Nacional de Band-e-Amir é um dos muitos lugares aos quais as mulheres afegãs deixaram de poder frequentar desde que o talibã tornou a governar o país.
5. Ilha de Okinoshima (Japão)
Quem vê a Ilha de Okinoshima do alto nem imagina que aquele local, que guarda três santuários dedicados às deusas do mar, proíbe a entrada de mulheres. Parece um contrassenso, já que por mais de mil anos os peregrinos que iam à ilha levavam presentes, como espelhos, moedas e anéis de ouro para homenagear as deusas.
Patrimônio Mundial da UNESCO, a ilha é administrada por sacerdotes xintoístas, que só permitem a entrada de homens após eles se banharem na água do mar. Os responsáveis explicam que a proibição de acesso às mulheres é por questões de segurança, em virtude dos perigos que a ilha guarda.
FONTE MEGA CURIOSO