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VIVA AS VIOLAS DE QUELUZ: maior símbolo da cultura e identidade de Lafaiete (MG) ganha associação nacional para preservar e difundir a instrumento musical que ganhou o mundo

Difundir, preservar, desenvolver, fomentar, mobilizar e organizar. Estes são os objetivos da Associação Nacional dos Violeiros de Queluz (ANVIQ), fundada na noite de ontem (29, em reunião realizada no Solar Barão de Suassuy, em Conselheiro Lafaiete (MG), cidade berço do bem imaterial e um dos maiores símbolos em seus mais de 300 anos de história.

A sala estava tomada por lideranças, músicos e artistas ligados a conservação deste instrumento musical presente na cultura e na formação do povo desde o final do século XIX, na antiga Queluz. A associação vai promover a interação cultural de artistas, como também cursos, palestras, eventos e shows para disseminar a cultura violeira. A ANVIQ é aberta a participação de todos os associados. O mandato da diretoria é de 4 anos. “È um momento histórico e imensurável. Somos facilitadores da cultura hoje celebramos um ato na vida da cultura de Lafaiete. Parabéns a todos e contem conosco”, salientou Alex Gomes, Secretário Municipal de Cultura.

Diretoria da Associação Nacional dos Violeiros de Queluz (ANVIQ)/CORREIO DE MINAS

Um pouco da história

Dia 29 de março é comemorado o Dia Municipal da Viola, instituída em 2009, quando foi sancionada a Lei Nº 5.141. A história mais famosa das Violas de Queluz remonta há 143 anos, quando Dom Pedro II pernoitou em Lafaiete. O cenário histórico desta passagem foi entre as Praças Barão de Queluz e Tiradentes. O imperador e sua comitiva estavam em uma viagem administrativa para acompanhar a construção da Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB). No caminho para Ouro Preto, onde seria inaugurado um ramal férreo, o então imperador Dom Pedro II e sua esposa Teresa Cristina fizeram uma parada em Queluz de Minas (hoje, Conselheiro Lafaiete), em 1881.

A comitiva que os recebeu quis impressionar o Imperador convidou dois dos mais celebrados violeiros da cidade, Luiz Dias de Souza e José de Souza Salgado, que prepararam para os convidados uma serenata memorável. E, para coroar a festa, separaram dois dos melhores instrumentos já produzidos pelos artesãos do município, sendo uma pertencente ao capitão Francisco Furtado, ex-tabelião do 1º ofício de Queluz, e outro de propriedade do Barão de Queluz, João Tavares Maciel da Costa.
Os anfitriões foram bem-sucedidos em seu objetivo. Tanto que Pedro II não deixou de registrar aquele encontro em seu diário de viagens e deu atenção especial às violas, descrevendo traços do instrumento com detalhes. Dom Pedro, desde então, é considerado o primeiro grande divulgador de célebre instrumento que alcançou fama mundial.

A importância das Violas de Queluz como patrimônio histórico e cultural do município de Conselheiro Lafaiete, que eram produzidas pelas famílias Meirelles e Salgado entre o final do século XIX e início do século XX, está diretamente ligada a história musical brasileira.

DIRETORIA

  • PRESIDENTE: Fabrício Pereira Simões
  • VICE-PRESIDENTE: Geraldo Egg
  • 1º Secretário: Flávio Luis Ponciano
  • 2º Secretário: Vanderley Almeida
  • 1º Tesoureiro: Márcio Estanislau
  • 2º Tesoureiro: Kênia Vasconcelos
  • Conselho Fiscal: Ronaldo de Assis Dutra, José Luiz Neves e Izabel Cristina da Silva Ribeiro
Fundada em agosto de 2022, Orquestra de Viola Queluz de Minas preserva e divulga o mais importante patrimônio cultural de Lafaiete/CORREIO DE MINAS.

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