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Estudo revela quais profissões aumentam o risco de demência com o tempo

Estudo aponta que atividades físicas intensas no trabalho podem aumentar o risco de demência. Veja quais profissões exigem mais atenção.

Um estudo científico publicado na revista The Lancet analisou milhares de pessoas com mais de 70 anos e identificou que determinadas profissões podem intensificar o risco de demência — especialmente aquelas com rotinas fisicamente extenuantes.

Mais do que o cargo em si, são as condições de trabalho que influenciam diretamente a saúde cognitiva. Atividades com esforço físico extremo e pouca variação de estímulo mental aparecem como fatores de risco ao longo da vida profissional.

Quais profissões apresentam maior risco de demência?

Transtorno neurodegenerativo, a demência compromete a memória, a comunicação e o comportamento com o tempo. (Foto: Proxima Studio/Canva Pro)

Segundo os dados analisados, quatro carreiras se destacaram: vendedores, auxiliares de enfermagem, cuidadores de pessoas e profissionais da agropecuária. O que há em comum entre elas é a intensidade física envolvida, geralmente sem compensações cognitivas adequadas.

Além do desgaste físico, o trabalho sob calor excessivo, exposição solar e esforço repetitivo aumenta o risco. No campo, por exemplo, agricultores e pecuaristas lidam com animais, máquinas e cargas pesadas por longas horas, o que tende a sobrecarregar o corpo com o tempo.

Embora essas funções sejam essenciais, os pesquisadores reforçam a importância do equilíbrio entre corpo e mente. O mesmo vale para os vendedores, que se mantêm em constante deslocamento, muitas vezes sob pressão e com baixa estimulação intelectual.

O que considerar ao escolher uma profissão?

O segredo pode estar no equilíbrio. Pessoas que conciliam atividades físicas moderadas com estímulos mentais contínuos tendem a envelhecer com mais preservação da memória e das funções cognitivas. Por isso, o risco não está exatamente na profissão, mas em como ela é exercida — considerando fatores como carga horária, pausas, variedade de tarefas e o nível de estresse.

Profissionais que migram para funções menos extenuantes ao longo da carreira mostram menor propensão a desenvolver demência. Da mesma forma, ocupações que exigem raciocínio lógico, aprendizado constante e concentração parecem atuar como fator de proteção ao cérebro.

Portanto, ao considerar uma carreira ou refletir sobre mudanças profissionais, vale olhar além da remuneração ou estabilidade. Avaliar o impacto da rotina sobre o corpo e a mente pode ser decisivo para um envelhecimento mais saudável — e essa escolha começa desde já, com atenção às próprias necessidades e limites.

FONTE: EDITAL CONCURSOS

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