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A nova geração da VW Amarok, agora baseada na Ranger, que chega em 2025 para manter a fama de picape que anda como carro

A nova geração da VW Amarok chega com visual renovado, mas mantém a plataforma antiga e o aclamado motor V6, focando na performance para brigar com rivais mais modernas.

A Volkswagen apresenta a Amarok 2025 com a promessa de renovação, mas a realidade é mais complexa. Por baixo da nova geração da VW Amarok, esconde-se uma picape que vive um dilema: o coração potente de um atleta V6 em um corpo que já não compete com a modernidade de suas rivais.

Essa decisão estratégica da Volkswagen para a América do Sul posiciona a Amarok 2025 como um produto de nicho. Ela aposta todas as suas fichas na fama de “picape que anda como carro”, sustentada pelo desempenho de seu motor, para competir com rivais tecnologicamente mais avançadas. Mas essa aposta é suficiente para justificar a compra?

As duas faces da nova geração da VW Amarok: o modelo global feito com a Ford e a realidade da picape para o Brasil

Para entender o modelo 2025, é preciso conhecer a dualidade da Amarok no mundo. Globalmente, existe uma nova geração, fruto do “Projeto Cyclone”, uma parceria entre a Volkswagen e a Ford. Essa picape é, em sua essência, baseada na nova Ford Ranger, utilizando inclusive seu motor 3.0 V6 e sendo produzida na África do Sul.

No entanto, por razões econômicas e estratégicas, a Volkswagen optou por não trazer este modelo para a América do Sul. Em vez de um investimento bilionário para adaptar sua fábrica na Argentina, a marca escolheu maximizar o retorno da plataforma já existente. O resultado é um facelift da primeira geração, focado em um novo visual para manter seu principal atrativo: o motor V6. Foi uma decisão pragmática: em vez de apostar alto em um mercado volátil, a VW preferiu garantir a lucratividade com um projeto já pago, mesmo que isso significasse abrir mão da liderança tecnológica.

O motor V6 de 258 cv

A nova geração da VW Amarok, agora baseada na Ranger, que chega em 2025 para manter a fama de picape que anda como carro

O coração e principal argumento de venda da Amarok 2025 continua sendo seu conjunto mecânico. Todas as versões vendidas no Brasil são equipadas com o motor Volkswagen 3.0 V6 turbodiesel de 258 cv e 59,1 kgf.m de torque. Derivado de projetos da Audi, o motor foi atualizado para atender às novas normas de emissões Proconve L8.

Uma característica notável é a função overboost, que eleva a potência para 272 cv por até 10 segundos, um recurso valioso em ultrapassagens. O conjunto é completado pela excelente transmissão automática de 8 velocidades da ZF e pela tração integral permanente 4Motion. Esse powertrain é o responsável pela fama da picape de ter uma dirigibilidade de SUV de luxo no asfalto.

Tecnologia e interior: os pontos em que a picape de 2025 mostra a idade do projeto

Se o motor é o ponto alto, o interior é onde a Amarok 2025 entrega sua verdadeira idade. Entrar na cabine é como voltar no tempo: o painel analógico, a chave canivete e a ausência de recursos hoje básicos em carros mais baratos denunciam um projeto que parou na década passada. Para uma picape que custa mais de R$ 350 mil, a experiência é de uma notável defasagem.

As lacunas tecnológicas em relação às concorrentes são notáveis:

Painel: continua predominantemente analógico, sem a opção de um painel 100% digital.

Partida: mantém a chave canivete tradicional, sem sistema de partida por botão.

Conveniência: não há saídas de ar-condicionado para o banco traseiro.

Segurança: a principal novidade é a adição de airbags de cortina, totalizando seis bolsas. No entanto, os sistemas de assistência ao motorista são limitados a um dispositivo que apenas emite alertas visuais e sonoros, sem intervir ativamente na direção ou nos freios, como fazem os sistemas ADAS completos das rivais.

A briga com as rivais: como a Amarok V6 se posiciona contra as novas Ranger, Hilux e S10

nova geração da VW Amarok entra em um campo de batalha acirrado, onde cada concorrente tem seus trunfos.

Contra a Ford Ranger V6: é o confronto da força bruta contra a inteligência moderna. Enquanto a Amarok aposta na sua dirigibilidade ‘analógica’ e na potência pura, a Ranger responde com um arsenal tecnológico superior: painel digital, multimídia de ponta e um pacote completo de assistências ativas. A escolha se torna clara: a sensação pura de um motor potente ou a segurança e conveniência de um projeto do século XXI.

Contra a Toyota Hilux GR-Sport: a Hilux aposta na sua reputação de robustez e valor de revenda. Seu motor 2.8, embora potente, não tem a mesma suavidade do V6 da Amarok, que leva clara vantagem no desempenho em estrada.

Contra a Chevrolet S10 High Country: a S10 renovada se destaca pela tecnologia e conectividade, com um interior moderno e Wi-Fi embarcado. A Amarok, novamente, se impõe pela performance superior de seu motor.

Para quem vale a pena comprar a renovada Amarok 2025?

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A Volkswagen Amarok 2025 é a picape ideal para um perfil de consumidor muito específico: aquele que prioriza a performance do motor e o prazer de dirigir no asfalto acima de qualquer outro atributo. É um veículo para quem está disposto a abrir mão de um interior moderno e de tecnologias de ponta em troca da sensação de potência única de seu motor V6.

No fim das contas, a nova geração da VW Amarok 2025 não é para todos e nem para todos os países. Para quem busca a picape mais moderna e completa, suas rivais são, sem dúvida, opções mais racionais. A nova Amarok é um tributo à força de seu motor V6, uma máquina de performance em uma cápsula do tempo, ideal para quem valoriza o ronco do motor acima do brilho de uma tela digital.

FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS

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