À medida que o segundo semestre avança, criminosos intensificam a aplicação de golpes direcionados a pessoas com 60 anos ou mais. Em setembro, as fraudes se aproveitam de temas como a prova de vida do INSS, o planejamento de viagens de fim de ano e as restituições de imposto de renda para roubar dinheiro e dados.
Este guia definitivo detalha os três golpes que mais exigem a atenção dos idosos e de suas famílias neste período. Conhecer as táticas dos criminosos é a melhor forma de se proteger e garantir sua tranquilidade.
Como os 3 principais golpes de setembro funcionam
Os criminosos usam a engenharia social para explorar a confiança e a boa-fé. Eles se passam por instituições conhecidas para criar um falso senso de segurança e manipular suas vítimas a agir contra os próprios interesses.
1. O golpe da falsa prova de vida do INSS por WhatsApp
Criminosos contatam o aposentado por WhatsApp, usando o logo do INSS, e afirmam que a prova de vida está pendente. Para “não ter o benefício bloqueado”, eles pedem o envio de fotos de documentos e uma selfie segurando o RG, dados que são usados para abrir contas e contratar empréstimos em nome da vítima.
Sinal de alerta principal: o INSS não pede prova de vida por WhatsApp. A verificação, na maioria dos casos, é automática. A única forma segura de checar sua situação é pelo aplicativo oficial Meu INSS ou ligando para o telefone 135.
2. O golpe da falsa promoção de viagem de fim de ano
Setembro é o mês em que muitos começam a planejar as viagens de Natal e Ano Novo. Golpistas criam perfis falsos de agências de turismo em redes sociais, anunciando pacotes de viagem ou aluguéis de temporada com preços muito baixos para essa época. Após a vítima pagar o sinal via PIX, a falsa agência desaparece.
Sinal de alerta principal: preços muito abaixo do mercado para alta temporada. Antes de fechar qualquer pacote, verifique se a agência possui registro no Cadastur, o sistema oficial do Ministério do Turismo.
3. O golpe do falso lote residual do Imposto de Renda
Mesmo após o pagamento dos lotes principais da restituição, a Receita Federal libera “lotes residuais”. Golpistas se aproveitam disso e enviam e-mails de phishing informando que a vítima tem um valor “esquecido” para receber. O link na mensagem leva a um site falso que rouba dados bancários.
Sinal de alerta principal: a Receita Federal não envia links por e-mail ou SMS para consultar a restituição. A iniciativa de verificar deve ser sempre sua, digitando o endereço do site oficial no navegador.

Meu familiar foi vítima, e agora? Como ajudar
- Acolha e aja rápido: a primeira atitude é oferecer apoio, sem julgamentos. Em seguida, ajude a vítima a contatar o banco imediatamente para bloquear contas e cartões e contestar transações (solicitando o MED para o PIX).
- Denuncie o crime: auxilie seu familiar a registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) na Polícia Civil. Sua ajuda é importante para organizar os fatos e reunir as provas.
- Monitore e previna: ajude a verificar o extrato de empréstimos no aplicativo Meu INSS e a monitorar as contas bancárias. Use a situação como uma oportunidade para, com calma, reforçar as dicas de segurança.
Como a família pode ajudar na proteção

A melhor proteção para os idosos é o diálogo familiar e a informação. Crie um ambiente de confiança onde eles se sintam à vontade para perguntar e contar sobre qualquer abordagem suspeita.
- Crie regras de confirmação: estabeleça uma “palavra de segurança” em família ou a regra de que qualquer pedido de dinheiro por mensagem deve ser confirmado com uma chamada de voz.
- Reforce as regras de ouro: repita com frequência que bancos não ligam para pedir senhas, que o INSS não chama no WhatsApp e que promoções de viagem precisam ser verificadas.
- Ofereça ajuda para checagem: coloque-se à disposição para verificar a legitimidade de uma promoção ou de um e-mail antes que seu familiar tome qualquer atitude.
Este guia serve como um alerta educacional para setembro de 2025. Para mais dicas, consulte as cartilhas da FEBRABAN e do Procon. Lembre-se que, em caso de fraude, a atitude correta é sempre denunciar e, acima de tudo, amparar a vítima.
FONTE: MONITOR DO MERCADO