A Receita Federal anunciou uma das maiores transformações no CNPJ desde sua criação, em 1998. A partir de julho de 2026, o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica passará a adotar um formato alfanumérico, combinando letras e números. A mudança visa modernizar o sistema, ampliar a capacidade de registro e acompanhar o crescimento acelerado do empreendedorismo no país.
O CNPJ identifica uma empresa perante o governo, bancos e órgãos públicos. Atualmente, o cadastro é composto por 14 dígitos numéricos, limitando o número de combinações possíveis. Com o modelo alfanumérico, a capacidade passará de 100 milhões para quase 3 trilhões de combinações, garantindo sustentabilidade do sistema por décadas.
Entenda tudo sobre a mudança do CNPJ
O novo formato mantém 14 caracteres, mas os 12 primeiros podem incluir letras e números, enquanto os dois últimos continuam sendo dígitos verificadores. Por exemplo, um CNPJ alfanumérico poderá ter o formato AB12CD34/EF56-78.
Empresas já registradas não precisarão alterar seus números: os formatos numérico e alfanumérico conviverão, garantindo compatibilidade com bancos, notas fiscais e plataformas digitais.
A implementação será gradual: 2025 será dedicado a testes e integração com sistemas; julho de 2026 marcará o início da emissão dos novos CNPJs; e o período pós-2026 permitirá a convivência entre os dois formatos.
Para novos empreendedores, a mudança representa registros mais ágeis, compatíveis com tecnologias digitais, e melhor integração com bases de dados governamentais. Para empresas antigas, não há impacto imediato, apenas a necessidade de acompanhar atualizações em sistemas internos.
Entre os benefícios estão: aumento da capacidade de registros, modernização e integração de sistemas, redução de duplicidades e alinhamento internacional. Especialistas destacam que a medida fortalece a segurança, a automação e a confiabilidade dos cadastros empresariais, preparando o Brasil para um ambiente de negócios mais moderno e sustentável.
FONTE: TNH 1



