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O IFMG como a segunda casa: Conheça a história do pai, mãe e quatro irmãos que estudam no Campus Congonhas

Pai, mãe e quatro filhos: o que mais essa família poderia ter em comum além dos laços afetivos e de formar um lar sob o mesmo teto? A resposta surpreende: estão unidos também na educação. Atualmente, todos os integrantes estão regularmente matriculados em cursos técnicos e superiores do Campus Congonhas. Sim, na mesma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, o IFMG.

O primeiro a ingressar no Instituto foi o patriarca da família, Marcil Antônio Alves de Barros, que, aos 45 anos, está no sétimo período do curso de licenciatura em Física, sua primeira graduação. A motivação, segundo ele, surgiu da vontade de estudar em uma escola renomada. “Sinto-me realizado ao ver toda minha família, que tanto quero bem, em busca de uma vida melhor dentro da mesma Instituição, com professores e servidores capacitados”, ressalta.

Sobre a razão pela qual adiou os estudos, Marcil explica: “está ligada ao meu local de origem. Lá, o que vinha em primeiro lugar era o trabalho. E justamente trabalhando em vários segmentos pude perceber que, para conseguir melhorar, seria somente estudando”, afirma.

Família Barros estuda na IFMG em Congonhas. Foto: Divulgacao-IFMG

A esposa de Marcil, Andressa Alves Figueiredo de Barros, foi a última a se matricular no IFMG. Hoje está no primeiro período do curso de licenciatura em Letras, também sua primeira graduação. “Como fui mãe muito cedo e logo vieram os demais filhos, não tinha tempo para estudar. Se não fosse essa possibilidade no IFMG, acredito que eu não estudaria. Fico muito feliz também ao ver meus filhos fazendo curso técnico e graduação, é um pontapé inicial para o futuro deles”, comenta.

Ela destaca uma passagem curiosa que demonstra a força de vontade da família em investir na educação. “O fato do meu esposo e dos meus filhos estarem estudando em Congonhas nos fez mudar da cidade de Ouro Branco para Congonhas, em virtude da facilidade do transporte”, esclarece. Andressa conta, ainda, que se sentiu mais instigada a entrar no IFMG pelo fato do marido e dos filhos já serem alunos regulares.

De geração para geração

Com 20, 19, 17 e 16 anos, respectivamente, os quatro filhos do casal seguem os passos de esforço e determinação dos pais: Pietro, Marcyl, Kayky e Pitter Alves Figueiredo de Barros não escondem o orgulho que sentem em fazer parte dessa peculiar trajetória da família. Pais e filhos já são conhecidos entre colegas e professores.

É o caso do professor Marcus Duarte, que já lecionou uma série de disciplinas para Marcil, o pai, como Física Conceitual I, Física Conceitual II, Projetos para o Ensino de Física III, entre outras. No atual semestre, ministra a disciplina Física II para Pitter.

Kayky está no terceiro período do curso Técnico em Edificações, modalidade concomitante. Para ele, é uma experiência nova que tem muito a agregar em seu currículo no âmbito profissional, uma vez que o campus possui docentes qualificados e boa estrutura. Já o irmão Pitter está no segundo ano do Técnico Integrado em Mineração. Por estudar em período integral, o discente revela que o caminho é “cansativo, porém recompensador”. Ambos reforçam que sempre houve muito incentivo e apoio por parte dos pais para que eles estudassem no IFMG.

Os dois costumam se encontrar no campus durante os intervalos das aulas. “É engraçado quando alguém descobre que minha família toda estuda aqui. Eles sempre comentam, acham legal”, conta Kayky, acrescentando que estudam juntos em casa, sobretudo quando apresentam alguma dificuldade nas matérias.

Marcyl e Pietro já estão na graduação: Marcyl no primeiro período de licenciatura em Letras e, Pietro, no terceiro de licenciatura em Física. Coincidência ou não, optaram pelos mesmos cursos que seus pais.

Quanto ao sentimento de compartilhar a experiência, Pietro enfatiza que se sente “muito lisonjeado pelo fato de fazer uma graduação e, principalmente, de ter a oportunidade de cursar uma disciplina com meu pai, que também faz Física. Realmente é uma situação que vai ficar para a história: ver seis pessoas de uma mesma família estudando na mesma instituição (pai, mãe e irmãos) é um fato surpreendente”, diz.

Marcyl acrescenta que é uma “experiência única” ter a chance de fazer uma graduação junto à sua mãe. Andressa explica que o filho escolheu Letras por ser uma excelente opção com amplo mercado de trabalho e que, futuramente, ele pretende estudar Direito. “Nesse sentido, Letras dará uma boa base, principalmente na leitura”, completa.

FONTE LAFAIETE AGORA

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