Nesta semana representantes do Movimento Atingidos por Barragem (MAB) se reuniram com Aloizio Mercadante, coordenador das equipes de transição do futuro governo Lula, para discutir a pauta das populações atingidas por barragens, que abrange uma proposta relacionada à “política de reparação dos direitos dos atingidos” e outra à “proteção e segurança das populações e comunidades atingidas”. Essas políticas seriam viabilizadas a partir da criação de um organismo de Estado para atendimento das populações e territórios atingidos pela construção de grandes obras (de águas, minas e energias), por rompimento de barragens e por casos de eventos extremos decorrentes de mudanças climáticas.
O Movimento ainda cobrou a realização de um grande debate nacional sobre o tema da transição e política energética, com mecanismos democráticos de participação popular, para se discutir os preços e tarifas do setor. Na reunião também foi entregue uma carta assinada por organizações e parlamentares denunciando a falta de legitimidade do atual desenho do acordo da Repactuação do Rio Doce. A carta reivindica que o mesmo seja feito pelos órgãos do governo eleito e com ampla participação dos atingidos.