Uma audiência pública, promovida pela Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete, nesta terça-feira (12), foi convocada para discutir melhorias na coleta de lixo e na fiscalização do serviço prestado na cidade. A principal crítica foi a ausência da empresa responsável pelo serviço, Mega Empreendimentos. O vereador Erivelton Jayme classificou a falta como “uma tremenda falta de respeito e omissão”. O contrato com a Prefeitura vence em dezembro, e ao longo dos cinco anos foram feitos quatro aditivos, elevando o preço da tonelada de lixo recolhida de R$ 167,28 para R$ 191,26.
Além das dificuldades operacionais, a coleta enfrenta desafios relacionados à estrutura do serviço. A empresa responde a 2 processos administrativos, incluindo descumprimento de ao menos 12 caminhões para agilizar a coleta.
A gestão do lixo urbano é um dos grandes desafios de Conselheiro Lafaiete. Dados recentes mostram que, das 100 toneladas de resíduos produzidos diariamente, apenas cerca de 30% são efetivamente reciclados. Essa deficiência afeta a vida útil do aterro sanitário, aumenta os custos de manutenção e prejudica o meio ambiente.
A educação ambiental surge como uma ferramenta essencial para enfrentar esses problemas. A conscientização da população sobre a separação correta de resíduos, a importância da coleta seletiva e o incentivo à participação comunitária podem aumentar significativamente a eficiência do serviço e reduzir os impactos ambientais.
Durante a audiência, Paula Alves, representante do Ecotres, explicou que o consórcio trabalha para ampliar a coleta seletiva, atendendo mais bairros em parceria com associações de catadores. Um estudo detalhado será apresentado em 2026 para efetivar a ação.
Em dezembro vence o contrato para a coleta de lixo e a prefeitura prevê a instalação de contêineres subterrâneos, com capacidade para 3 mil quilos, que serão instalados em pontos estratégicos da cidade, aumentando a eficiência do serviço.