Vale identifica irregularidades em barragem de Ouro Preto (MG)

A mineradora Vale identificou uma irregularidade no dreno da barragem Forquilha III em Ouro Preto, região central de Minas Gerais. A estrutura está em nível 3 de emergência, o mais alto desde 2019.

Os comitês da bacia hidrográfica do Rio Paraopeba e do Rio das Velhas externaram preocupação com o risco de rompimento da barragem, que atingiria diretamente esses cursos fluviais que são fundamentais para o ecossistema de Minas Gerais.

A Zona de Autossalvamento (ZAS) está evacuada pela Prefeitura de Itabirito desde 2019, devido à classificação de emergência da barragem de Forquilha III. A área de risco foi devidamente sinalizada, com monitoramento realizado regularmente pela Defesa Civil.

A ZAS é uma área próxima a uma barragem que pode ser inundada em caso de ruptura ou colapso da estrutura.

O muro de contenção em São Gonçalo do Bação, em Itabirito (MG), foi construído para absorver o impacto de possíveis rompimentos de barragens do complexo, conforme avaliação de auditoria da AECOM.

A Prefeitura de Itabirito se compromete a informar imediatamente a população em caso de qualquer situação adversa.

Monitoramento

A Agência Nacional de Mineração informou, por meio de nota, que acompanha a execução do plano de ação elaborado pela Vale para tratamento da anomalia na barragem por meio de relatórios técnicos diários, encaminhados pela empresa.

Está prevista para está sexta-feira (5) uma fiscalização da Vale, quando a mineradora deve realizar uma intervenção para tratamento da anomalia.

Na próxima segunda (8) e terça-feira (9), a Agência Nacional de Mineração, juntamente a outros órgãos públicos, vai até a mina de fábrica para verificar os resultados.

O governo de Minas Gerais, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e da Fundação Estadual do Meio Ambiente, informou que acompanha de perto a situação da barragem de Forquilha III. As autoridades realizaram, desde o dia 21 de março, duas fiscalizações na região.

Por meio de comunicado oficial, o governo de Minas informou que mantém contato com a Vale, uma auditoria independente e as Defesas Civis municipais da região.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) enviou recomendação para a Vale S/A manter os órgãos fiscalizadores informados sobre a segurança da Barragem Forquilha III e outras estruturas na Mina de Fábrica, em Ouro Preto.

Além disso, o MPMG pede que a Vale forneça informações precisas e acessíveis à população sobre os riscos envolvidos.

Veja a nota do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas na integra:

“O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) vem a público externar a sua profunda preocupação com a estabilidade da barragem Forquilha III, na Mina de Fábrica, em Ouro Preto, da mineradora Vale. Uma anomalia em um dreno da estrutura foi identificada ainda no dia 15 de março, vindo somente ontem (04) a público.

Mesmo com representação da mineradora no Plenário do Comitê, Câmaras Técnicas e Subcomitês, o CBH Rio das Velhas foi surpreendido com a informação sobre a anomalia de maneira informal. Assim, de pronto, o Comitê solicitou em caráter de urgência – à Vale e à FEAM (Fundação Estadual de Meio Ambiente) – esclarecimentos e informações sobre o fato ocorrido e a situação da barragem, de modo que sejam esclarecidos os riscos em relação à estrutura, as causas, impactos e possíveis danos causados nos cursos d’água a jusante, bem como as medidas de contenção, reparação e mitigação que foram e estão sendo adotadas pela empresa.

Este incidente nos causa grande preocupação, não só quanto aos possíveis impactos na sub-bacia do rio Itabirito, importante afluente do Rio das Velhas, como no restante do curso d’água e sua bacia hidrográfica, em especial em relação à captação da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) na Estação Bela Fama, em Nova Lima – em caso de algum eventual rompimento de barragem.

Lembramos que esta captação no Rio das Velhas ocorre a fio d’água, sem reservação e que, portanto, qualquer incidente seria devastador e com impactos catastróficos à segurança hídrica de toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).”

Medo e apreensão em barragem: Vale nega ‘risco iminente’ em Mariana e não vê necessidade de remover famílias

A Vale garante que “não há risco iminente atrelado às pilhas de estéril” na Mina de Fábrica Nova, em Mariana, na região Central de Minas Gerais, que teve estruturas interditadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM). O órgão federal alegou falta de comprovação de instabilidade das estruturas para adotar a ação.

No posicionamento divulgado nesta segunda-feira (13 de setembro), a mineradora também afirmou que não vê “necessidade da remoção das famílias”. O Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) da mina indica que 295 pessoas estariam na Zona de Autossalvamento (ZAS) e poderiam ser removidas de casa.

Técnicos da ANM e da Defesa Civil realizaram uma vistoria nesta segunda-feira, para verificar as condições da estrutura e avaliar se será necessário evacuar o distrito.

A Vale acrescentou que a pilha de estéril “é uma estrutura de aterro constituída de material compactado, diferente de uma barragem e não sujeita à liquefação”. Também disse que o dique, que estaria ameaçado em caso de rompimento, “é de pequeno porte e tem declaração de condição de estabilidade positiva”. “A Vale reitera que a segurança é um valor inegociável e que cumpre todas as obrigações legais. A Vale continuará colaborando com as autoridades e fornecendo todas as informações solicitadas”, completou a nota.

Mina de Fábrica Nova em Mariana — Foto: Fred Magno

Detalhes sobre pilha estéril

Pilhas de estéril são estruturas compostas por materiais que não têm “aproveitamento industrial”, em meio ao processo de extração do minério, explica o professor Carlos Martinez, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Esse material é separado a seco, com pouca umidade.

O professor compara, visualmente, o processo a uma pirâmide ou a uma montanha. “Você cria montanhas com o material retraído da extração do minério de ferro. Esse material, que tem baixa concentração de ferro e outros minerais, é jogado ou em uma barragem de rejeito, ou em uma pilha de estéril, que é como uma montanha”, explica.

O urbanista Marcus Polignano acrescenta: “Essas pilhas são acúmulos, são montanhas. Você vai fazendo o empilhamento desse material. Isso é praticamente mantido por terraplanagem. Não tem nenhum tipo de contenção. É uma estrutura por si só delicada”.

Medo e apreensão em barragem: Vale nega ‘risco iminente’ em Mariana e não vê necessidade de remover famílias

A Vale garante que “não há risco iminente atrelado às pilhas de estéril” na Mina de Fábrica Nova, em Mariana, na região Central de Minas Gerais, que teve estruturas interditadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM). O órgão federal alegou falta de comprovação de instabilidade das estruturas para adotar a ação.

No posicionamento divulgado nesta segunda-feira (13 de setembro), a mineradora também afirmou que não vê “necessidade da remoção das famílias”. O Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) da mina indica que 295 pessoas estariam na Zona de Autossalvamento (ZAS) e poderiam ser removidas de casa.

Técnicos da ANM e da Defesa Civil realizaram uma vistoria nesta segunda-feira, para verificar as condições da estrutura e avaliar se será necessário evacuar o distrito.

A Vale acrescentou que a pilha de estéril “é uma estrutura de aterro constituída de material compactado, diferente de uma barragem e não sujeita à liquefação”. Também disse que o dique, que estaria ameaçado em caso de rompimento, “é de pequeno porte e tem declaração de condição de estabilidade positiva”. “A Vale reitera que a segurança é um valor inegociável e que cumpre todas as obrigações legais. A Vale continuará colaborando com as autoridades e fornecendo todas as informações solicitadas”, completou a nota.

Mina de Fábrica Nova em Mariana — Foto: Fred Magno

Detalhes sobre pilha estéril

Pilhas de estéril são estruturas compostas por materiais que não têm “aproveitamento industrial”, em meio ao processo de extração do minério, explica o professor Carlos Martinez, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Esse material é separado a seco, com pouca umidade.

O professor compara, visualmente, o processo a uma pirâmide ou a uma montanha. “Você cria montanhas com o material retraído da extração do minério de ferro. Esse material, que tem baixa concentração de ferro e outros minerais, é jogado ou em uma barragem de rejeito, ou em uma pilha de estéril, que é como uma montanha”, explica.

O urbanista Marcus Polignano acrescenta: “Essas pilhas são acúmulos, são montanhas. Você vai fazendo o empilhamento desse material. Isso é praticamente mantido por terraplanagem. Não tem nenhum tipo de contenção. É uma estrutura por si só delicada”.

Medo e pânico: em caso de novo rompimento em Mariana, lama atingiria distrito em 30 minutos

Trinta minutos. Este seria o tempo que pelo menos 123 moradores de Santa Rita Durão, distrito de Mariana, na região Central de Minas Gerais, teriam para deixar suas casas caso uma das pilhas de estéreis da mina da Vale se rompa e atinja uma barragem da mineradora. Nesta segunda-feira (13 de novembro), a Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou a interdição da Mina de Fábrica Nova devido ao “risco iminente” de rompimento após uma instabilidade na estrutura ser constatada.

A informação de que a onda de lama chegaria em meia-hora até parte da comunidade foi repassada pelo coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, coordenador estadual da Defesa Civil de Minas Gerais, durante reunião virtual ocorrida na última sexta-feira (10). Ao todo, 295 pessoas poderão ser evacuadas no distrito.

“A equipe da Defesa Civil pondera que é necessário ir ao local para verificar os equipamentos de autoproteção, as rotas e sinalizações e informa que há 123 residentes na atual mancha com tempo de chegada de onda pouco superior a 30 minutos, cabendo colocar a barragem em nível de emergência, o que será melhor avaliado na vistoria conjunta”, detalhou durante o encontro.

Em outro documento obtido por O TEMPO, um despacho assinado na última semana pelo superintendente de Segurança de Barragens de Mineração da ANM, Luiz Paniago Neves. Apesar de confirmar que a barragem em si está segura, ele destaca que o reservatório está cercado pelos taludes de três Pilhas de Estéreis (PDE’s). Ele também ponderou que, apesar do risco, moradores vizinhos à estrutura e a Defesa Civil não foram avisados pela empresa.

“Desta forma, mesmo que a pilha esteja representando um elevado grau de risco de ruptura, com alta probabilidade de causar falha por galgamento no dique situado imediatamente à jusante em caso de sinistro, tanto a população situada na Zona de Autossalvamento (ZAS) quanto os organismos de defesa civil e demais órgãos competentes não foram alertados do potencial risco causado pela pilha PDE Permanente I”, completou o superintendente do documento.

Medo e pânico: em caso de novo rompimento em Mariana, lama atingiria distrito em 30 minutos

Trinta minutos. Este seria o tempo que pelo menos 123 moradores de Santa Rita Durão, distrito de Mariana, na região Central de Minas Gerais, teriam para deixar suas casas caso uma das pilhas de estéreis da mina da Vale se rompa e atinja uma barragem da mineradora. Nesta segunda-feira (13 de novembro), a Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou a interdição da Mina de Fábrica Nova devido ao “risco iminente” de rompimento após uma instabilidade na estrutura ser constatada.

A informação de que a onda de lama chegaria em meia-hora até parte da comunidade foi repassada pelo coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, coordenador estadual da Defesa Civil de Minas Gerais, durante reunião virtual ocorrida na última sexta-feira (10). Ao todo, 295 pessoas poderão ser evacuadas no distrito.

“A equipe da Defesa Civil pondera que é necessário ir ao local para verificar os equipamentos de autoproteção, as rotas e sinalizações e informa que há 123 residentes na atual mancha com tempo de chegada de onda pouco superior a 30 minutos, cabendo colocar a barragem em nível de emergência, o que será melhor avaliado na vistoria conjunta”, detalhou durante o encontro.

Em outro documento obtido por O TEMPO, um despacho assinado na última semana pelo superintendente de Segurança de Barragens de Mineração da ANM, Luiz Paniago Neves. Apesar de confirmar que a barragem em si está segura, ele destaca que o reservatório está cercado pelos taludes de três Pilhas de Estéreis (PDE’s). Ele também ponderou que, apesar do risco, moradores vizinhos à estrutura e a Defesa Civil não foram avisados pela empresa.

“Desta forma, mesmo que a pilha esteja representando um elevado grau de risco de ruptura, com alta probabilidade de causar falha por galgamento no dique situado imediatamente à jusante em caso de sinistro, tanto a população situada na Zona de Autossalvamento (ZAS) quanto os organismos de defesa civil e demais órgãos competentes não foram alertados do potencial risco causado pela pilha PDE Permanente I”, completou o superintendente do documento.

URGENTE! Barragem 7 da Vale tem atividades suspensas, mas empresa diz que estrutura está segura e segue com obras de reforço

Em um comunicado oficial, a mineradora Vale, um das maiores do mundo, suspendeu a paralisação da disposição de rejeitos da barragem 7, em Jeceaba (MG). O embargo da atividades aconteceu na sexta-feira (30) após a Declaração de Conformidade e Operacionalidade (CDO) da estrutura ter sido negada.

O DCO avaliar espedificamente as medidas prewvistas nos Planbos de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBMs), cuja implantação depende de estudos técnicos e da atuação conjunta como o poder público municipal.

Importante esclarecer que o DCO não envolve questões relativas às condições de segurança da barragem e que e estrutura possui Declaração de Condições de Estabilidade (DCE) positiva.

Reforçamos ainda que os monitoramentos, inspeções e obras de reforço da barragem serão mantidos. A Barragem 7 é monitorada permanentemente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico.

Polícia identifica engenheiro vítima de rompimento de barragem da Vale em Brumadinho; 5 ainda estão desaparecidas

A Polícia Civil confirmou, no início da tarde desta terça-feira (3), que a ossada com 40 segmentos corpóreos encontrados na área do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, é do engenheiro de produção Luis Felipe Alves, que tinha 30 anos na época do desastre, há três anos e três meses. 265 pessoas que morreram foram identificadas e agora cinco permanecem desaparecidas. 

lves era de Jundiaí (SP) e teve a ossada encontrada no fim da tarde de segunda-feira (2) em uma área chamada de “Esperança 1” e estava perto de um maquinário. 

Três anos e meio depois do rompimento da barragem da Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho, 265 mortos já foram identificados. As buscas continuam para encontrar os cinco corpos que ainda estão soterrados, na maior operação do tipo no Brasil. 

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Edgard Estevo da Silva, afirma que as buscas só terminam quando as últimas cinco vítimas forem encontradas. “Ontem encontramos importantes segmentos. Fica o compromisso dessa corporação, que incessantemente faz esse trabalho. Só iremos encerrar o trabalho depois que a última joia for encontrada. Não temos outra opção”.

Barragem da Vale em Congonhas tem nível de emergência encerrado

Mais uma barragem da Vale teve seu nível de emergência encerrado. A barragem Marés I, da Mina Fábrica, localizada em Congonhas, na região Central de Minas, teve seu nível 1 de emergência encerrado nesta quarta-feira (15). 

O nível 1 significa que uma anomalia foi detectada, mas não há necessidade de retirada de pessoas vizinhas à estrutura.

Segundo a Vale, a barragem é uma estrutura construída em etapa única com solo compactado e passou por melhorias neste ano. “Dados e análises da barragem comprovaram fatores de segurança superiores aos exigidos pelas normas vigentes e capacidade de amortecimento de cheias com garantia de borda livre satisfatória, resultando na emissão de Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva por auditoria externa”, informou a mineradora.

De acordo com a mineradora, a ação foi comunicada aos órgãos competentes, conforme diretrizes estabelecidas no Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) e na legislação brasileira, incluindo a Agência Nacional de Mineração (ANM) e a auditoria técnica do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

No início do mês a barragem Forquilha VI, da Mina Fábrica, em Ouro Preto, teve seu nível de alerta encerrado e a Norte Laranjeiras, em Barão de Cocais, teve seu nível de emergência reduzido de 2 para 1. 

Brumadinho: 261ª vítima identificada tinha gêmeos e perdeu marido na tragédia

Juliana Creizimar de Resende Silva, uma das 270 vítimas da tragédia de Brumadinho, teve o corpo identificado nesta quarta-feira (25). O reconhecimento, o 261º realizado pela Polícia Civil, acontece no dia em que o desastre completa dois anos e sete meses. Ao todo, nove pessoas continuam desaparecidas no meio da enxurrada de lama.

Quando morreu aos 33 anos, Juliana deixou um casal de gêmeos que, na época, tinha apenas 10 meses de vida. Os bebês também ficaram órfãos de pai, já que o marido de Juliana, Dennis Augusto da Silva, que tinha 34 anos, foi outra vítima da tragédia. Os dois se conheceram na mineradora Vale e morreram juntos, também no local de trabalho.

Dennis foi enterrado em fevereiro de 2019, poucos dias depois que a estrutura de rejeitos se rompeu. A família, no entanto, não tinha tido a oportunidade de sepultar Juliana, uma vez que o corpo estava sumido. Os restos mortais só foram localizados na terça-feira (24) pelo Corpo de Bombeiros, que continua realizando um trabalho minucioso em busca das vítimas.

Assim que o cadáver foi achado, em uma área chamada de Remanso 1, a perícia técnica da Polícia Civil iniciou a investigação para “dar nome” ao corpo. Os trabalhos prosseguiram por toda a madrugada e, nesta manhã, por meio da arcada dentária, a identificação foi confirmada.

O Corpo de Bombeiros informou que as buscas, que completaram 943 dias nesta quarta-feira, prosseguem sem previsão de término.

FONTE: O TEMPO

Justiça decide que Vale pode retomar as atividades na Barragem de Jeceaba

O juiz disse que a prefeitura estava exigindo documentos que não eram necessários por lei para garantir o alvará a mineradora

A Justiça Mineira  determinou que o município de Jeceaba, na região Central de Minas, conceda alvará de funcionamento da barragem B7 de rejeitos da mineradora Vale, na Mina Viga,  para os anos de 2019 e 2020. A decisão foi dada pelo juiz  Arthur Eugênio de Souza, da comarca de Entre Rios de Minas, na última sexta-feira (2). 

“A mineradora alegou que formulou requerimento de expedição do alvará de localização e funcionamento referente a 2019, em agosto daquele ano, mas o pedido não foi analisado, ferindo direito líquido e certo e justificando o ajuizamento do remédio constitucional. A companhia sustenta que a situação está causando prejuízos à empresa e à sociedade, que perde com a interrupção da geração de empregos e do recolhimento de tributos”, informou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. 

Ainda segundo a Justiça, a prefeitura da cidade disse que a mineradora teve o alvará negado por que não entregou toda a documentação necessária para obter o registro. 
Estariam faltando o  laudo técnico firmado por profissional habilitado, atestando que a composição do material depositado ou a ser depositado não apresenta risco à saúde da população; plano de ação de emergência, de segurança e de orientação e comunicação; além da outorga da água e a comprovação de que a barragem não se enquadra em qualquer das vedações previstas em legislação estadual.

“O juiz pontuou que a exigência do laudo técnico não tem embasamento legal em qualquer das normas citadas pela prefeitura. Quanto ao plano de emergência, a lei municipal citada não traz qualquer exigência nesse sentido, já que se trata de regulamentação estadual ou federal. A outorga da água, ainda de acordo com a sentença, compete igualmente a órgãos ambientais estaduais ou federais. No que toca à comprovação de que não se encontra em um rol de vedação, trata-se de competência do estado, e não do município”, informou o TJMG.

O juiz concluiu ainda que em relação ao plano de segurança o documento é solicitado em fiscalização do Estado e não do município. Por isso, segundo o magistrado, não havia motivo para que se negue à mineradora o alvará de funcionamento. A decisão cabe recurso. 

A reportagem de O TEMPO não conseguiu falar com a prefeitura de Jeceaba, na noite desta segunda-feira. 

Veja a nota da Vale sobre a decisão:

A Vale informa, em continuidade a divulgação de 29 de setembro de 2020, que foi proferida sentença pelo juiz da Vara Única da comarca de Entre Rios de Minas em mandado de segurança impetrado pela Vale, confirmando decisões liminares anteriores no sentido de determinar a expedição, pela autoridade municipal, dos alvarás de Localização e Funcionamento de 2019 e 2020 relativos à disposição de rejeitos na barragem B7, localizada no município de Jeceaba, MG. O magistrado considerou que a Vale preencheu todos os requisitos legais necessários para a expedição de tais alvarás.

Nesse sentido, a Vale retomou, na noite de hoje, após 6 dias de paralisação, as operações na usina de concentração de Viga, com capacidade de produção de 11.000 t/dia.

Leia mais:

Barragem Xingu da Vale é elevada a nível 2 de emergência em Mariana

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