Os quilombolas que estão desafiando mineradora britânica acusada de soterrar rio na Chapada Diamantina

Uma cratera cinza em um mar de montanhas verdes.

Esse é um cenário de Piatã, cidade da Chapada Diamantina, centro do Estado da Bahia, um dos pontos turísticos mais exuberantes do país e palco de um conflito que há alguns anos opõe moradores de duas comunidades quilombolas centenárias – Bocaina e Mocó – e uma empresa britânica de mineração chamada Brazil Iron.

De um lado, pequenos agricultores no entorno da mina reclamam de supostos danos ambientais causados pela exploração do minério de ferro, como poluição e soterramento das nascentes de um rio, além de prejuízos à saúde causados pela poeira lançada no ar por explosões.

Do outro, a companhia britânica nega qualquer irregularidade ou dano ambiental e diz fazer uma “mineração verde”, movida a energia renovável e com uso menor de carbono, um dos gases do efeito estufa que causa o aquecimento global.

Também afirma ter encontrado uma reserva de ferro “importante para o planeta”, recurso em parte a ser utilizado na construção de trens e carros elétricos.

A empresa está sendo processada pela Defensoria Pública da União (DPU), que defende as famílias de pequenos agricultores da região, e é também alvo de uma investigação do Ministério Público da Bahia.

Nesta quarta-feira (24/4), o embate tem um novo capítulo, dessa vez internacional.

As cerca de 80 famílias da região de Piatã apresentaram em um tribunal de Londres uma queixa formal sobre supostos impactos ambientais e danos à saúde mental e física relacionados à operação da mina, que durou três anos – eles querem que a Justiça do país obrigue a empresa a pagar indenizações a cada uma das famílias.

No ano passado, as comunidades informaram à Justiça britânica, por meio de um grupo de advogados, que tinham a intenção de processar a Brazil Iron – abrindo um prazo para que as partes resolvessem a questão extrajudicialmente, o que não aconteceu.

Por meio dos mesmo dos advogados, os moradores conseguiram uma liminar: a corte britânica proibiu a companhia de entrar diretamente em contato com os quilombolas, porque as famílias diziam se sentir intimidadas por funcionários da empresa por meio de visitas e cartas.

Na época, as operações da empresa já estavam paralisadas. Em abril de 2022, após três anos de atividades e denúncias de irregularidades dos locais, o governo da Bahia – do então governador Rui Costa (PT), hoje ministro da Casa Civil – interditou a mina da Brazil Iron por tempo indeterminado.

Catarina Oliveira da Silva em frente ao lago
Catarina Oliveira da Silva é uma das moradoras que decidiram processar a empresa

Mas a Brazil Iron, bancada com dinheiro de acionistas, incluindo ingleses, não desistiu dos seus planos: planeja conseguir retomar não só os trabalhos em Piatã como também expandir a mineração para outros 30 pontos da Chapada Diamantina – em cidades como Abaíra e Jussiape -, segundo requerimentos formais de licença de pesquisa para mineração obtidos pela reportagem.

Já a prefeitura de Piatã – município com cerca de 20 mil habitantes – celebra os ganhos financeiros da chegada dos britânicos: surgiram vagas de emprego em uma região com escassez de oportunidades, a economia melhorou com a abertura de restaurantes e hoteis, além da cidade ter passado a receber royalties pela exploração mineral em seu território, o que proporcionou obras públicas.

Em março, a reportagem da BBC News Brasil foi até Piatã para entender esse conflito. Na cidade conhecida por sua centenária produção de café e cachaça, o cenário é de divisão: parte da população, principalmente na zona rural, tem resistido à mineração, enquanto outra parcela apoia o setor.

‘Tudo foi por água abaixo’

“Sou da sexta geração de quilombolas da Bocaina”, diz Catarina Oliveira da Silva, de 52 anos, que se tornou líder de uma associação que vem desafiando a empresa desde o início das operações da mina, em 2019.

“A gente tem uma história de uns 200 anos. Uma história triste que vem da escravidão, meu tataravô foi escravo. Será que nunca teremos paz?”, questiona a agricultora, que abandonou sua antiga casa para viver em um ponto mais distante da mina.

Catarina conta que, com a chuva forte, os rejeitos da mineração começaram a descer a montanha, soterrando as nascentes do rio Bebedouro, que corta as comunidades, um processo conhecido como “assoreamento”.

Mas também um sonho de Catarina foi soterrado: ela estava investindo na construção de um pesque-pague em um pequeno lago de três metros de profundidade no terreno da família.

“A gente comprou canos, bomba, cabos de energia, e tinha perspectiva de ampliar a lavoura e fazer um meio de lazer e também de negócio. Mas tudo foi por água abaixo“, conta.

“A água trazia os rejeitos. Com isso soterrou todo esse lago, e agora está do jeito que vocês estão vendo, mais de três metros assoreado de lama de minério”, diz a camponesa, que hoje trabalha como cozinheira em uma escola municipal e complementa a renda com a produção de mel.

No ponto onde ficava o lago, o que se vê agora é capim alto e ferramentas abandonadas, como um moinho de espremer cana. Mais à frente, onde passava o rio Bebedouro, há uma clareira cercada pela vegetação de Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, biomas que se misturam na região.

Catarina, nascida e criada naquela mata, diz que consegue perceber a presença do minério pegando a terra nas mãos. Ela cava uma amostra do leito do rio e outra do meio da floresta. “Essa aqui é a terra da mata, mais grossa, fértil, mais caroçuda. Já essa daqui é do leito do rio, resultado do assoreamento, fina, seca, com um pouco de brilho”, explica.

Para ela, a lentidão da Justiça brasileira foi um dos motivos que levaram a comunidade a processar a Brazil Iron na Inglaterra – um movimento iniciado anos atrás por vítimas da tragédia de Mariana, que processaram a Vale também no Reino Unido.

“Acho que a Justiça aqui no Brasil, não sei, não resolve muito problema dos pequenos”, diz. “Acho que a empresa não imaginava que a gente pudesse chegar a uma instância fora do Brasil. Estamos buscando ter mais força porque a pressão aqui é muito grande.”

‘Caixa d’água da Bahia’

Rogério Mucugê Miranda
O geógrafo Rogério Mucugê Miranda estudou o impacto da mineração nos rios

Segundo o geógrafo Rogério Mucugê Miranda, que estudou os impactos da mineração em seu mestrado na Universidade Católica do Salvador, uma atividade que traga poluição a rios e nascentes da Chapada Diamantina pode afetar não apenas os quilombos de Piatã.

“A Chapada Diamantina é a caixa d’água da Bahia. O rio Bebedouro é um afluente do rio de Contas, que ajuda a abastecer parte do Estado, desembocando em Itacaré (sul da Bahia). O problema é que essa caixa d’água está sendo contaminada, queimada, poluída. A chapada deveria ter uma importância estratégica, porque sem água ninguém vive”, diz.

Ele critica o modelo implantado na região, vendido pela empresa como “sustentável” e “verde”.

“A sustentabilidade é somente econômica, a comunidade está sendo impactada. O que acontece aqui é a expansão da metrópole para o meio rural. Se a gente está dizendo que esse modelo é sustentável, que esse modelo vai gerar uma energia limpa, será que é limpo acabar com um rio?”, questiona.

Um estudo de 2020, produzido por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), constatou a presença de chumbo, fósforo, manganês e zinco em amostras do rio Bebedouro, cuja água era utilizada para abastecer a população local.

Segundo a pesquisa, nas amostras havia concentrações de minérios acima do recomendado por órgãos ambientais, o que demandava monitoramento e estudos mais aprofundados sobre o impacto da mineração no solo e na água.

A empresa Brazil Iron contesta qualquer influência da mina na poluição e assoreamento das águas do rio Bebedouro. Segundo Rafael Genú, gerente de meio ambiente da companhia, um monitoramento próprio “não indicou qualquer impacto ambiental”.

“Temos programas que monitoram a água, qualidade do ar, vibração. Todos os nossos monitoramentos indicam que nós não temos nenhum tipo de interferência direta em qualquer uma dessas situações”, diz Genú, que conversou com a reportagem na entrada da mina interditada, de onde se via apenas máquinas paradas e o tráfego de caminhões.

Pó na terra

Vista aérea de Piatã
Com mineração, cresceram vagas emprego e estabelecimentos comerciais em Piatã

Segundo os agricultores, o minério de ferro estava no ar e na terra.

Eles contam que as constantes explosões, muitas vezes sem aviso prévio, não só causavam muitos sustos em uma população acostumada ao silêncio da zona rural, como também lançava uma poeira no ar, processo que, segundo eles, prejudicou a lavoura e também a saúde das pessoas.

“As folhas de hortaliças ficavam escuras. Às vezes, dava para ver até os brilhinhos nas folhas. A gente ficou com medo de comer, e acabou desanimando de plantar. Mesmo lavando, você não consegue tirar 100% do resíduo”, diz Edimone Almeida Silva, de 39 anos, que também mora na Bocaina e vivia essencialmente da agricultura familiar.

A camponesa, mãe solo de duas filhas adolescentes, percebeu que uma delas passou a tossir além do normal, principalmente em noites pós-explosões.

“Ela praticamente não dormia, era a noite inteira tossindo, tentando coçar a garganta, roncando. Levei no médico, e ele passou o inalador. Ela tinha de usar sempre. Depois da interdição, ela melhorou”, conta Edmone, que diz também ter sofrido alguns problemas respiratórios durante a operação da Brazil Iron.

Em nota, a empresa afirma que “nenhuma evidência” de problemas de saúde relatados pelos moradores foi apresentado. Também diz ter oferecido aos agricultores “exames independentes e tratamento médico gratuito”, mas que 26 famílias não compareceram. “Aqueles que aproveitaram a oportunidade, não apresentaram sintomas”, diz.

Edmone Almeida Silva
Edimone Almeida Silva relata problemas respiratórios em sua família

A poucos quilômetros da casa de Edimone, já na comunidade do Mocó, outra agricultora conta ter abandonado o pequeno canavial que sua família mantinha há décadas.

“Tinha um pó na terra, como se tivessem jogado cimento. A cana começou a morrer, não vingava, e não conseguimos mais plantar. Virou tudo capim pra gado”, diz.

Pouco antes da entrevista, a camponesa fez um pedido: não queria que seu nome nem sua imagem fossem divulgados nesta reportagem.

“Eu tenho medo, porque outras pessoas aqui são a favor da mineração. E, quando eu falo que sou contra, elas aparecem aqui para me cobrar, me pressionar. É uma pressão muito grande”, diz.

Em 2020, essa pressão chegou às ruas de Piatã. Moradores dos dois quilombos fizeram um protesto contra a mineração no centro da cidade, mas a manifestação foi dispersada com bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar.

Mineração verde

mapa

A empresa Brazil Iron diz trabalhar com “mineração verde” a partir de uma produção de aço conhecida como “ferro briquetado a quente”, sem a necessidade do uso de carvão, resultando em menos emissões de carbono na atmosfera. Para isso, a companhia afirma utilizar energia elétrica solar e eólica produzida em fazendas na Chapada Diamantina.

A Brazil Iron tem pelo 30 solicitações em andamento para expandir a mineração pela região, pois acredita que a reserva de ferro ali encontrada será importante para suprir a necessidade do planeta por aço.

Embora a empresa negue qualquer impacto ambiental, segundo Rafael Genú, diretor de meio ambiente, a Brazil Iron “aprendeu com alguns erros do passado”. Ele cita como exemplo o desmatamento sem autorização de uma área comprada pela empresa.

“É um projeto sustentável, que inclui as comunidades, que mantém uma mitigação (dos impactos), tem um controle e monitoramento ambiental efetivos, com resultados confiáveis e comunicação aberta. Essa é a maneira de se fazer hoje a mineração sustentável”, diz.

Inicialmente, a Brazil Iron só tinha autorização para realizar um estudo sobre o impacto ambiental e viabilidade econômica da mineração em Piatã – essa fase é chamada de “lavra experimental”. A partir daí, a empresa poderia conseguir a liberação para explorar comercialmente a reserva.

Essa lavra dava à companhia o direito de extrair e comercializar 300 mil toneladas de ferro por ano, mas o próprio site da empresa informava, em 2022, que ela estava produzindo muito mais – uma média de 120 mil toneladas por mês.

vista aérea da mina
Brazil Iron tinha autorização para explorar 300 mil toneladas de minério por ano

Em nota, a Brazil Iron afirmou que “esses números estão equivocados e que 120 mil toneladas se tratavam da capacidade do equipamento, não da produção real”. A empresa alega que nunca excedeu os limites, e que passava por fiscalização.

A atuação da companhia inglesa está sendo investigada pelo Ministério Público da Bahia. A BBC News Brasil pediu uma entrevista com o promotor do caso, mas ele informou que não poderia se manifestar, pois a investigação corre em segredo de Justiça.

A Defensoria Pública da União (DPU) ajuizou uma ação contra a Brazil Iron por danos ambientais e prejuízos às comunidades quilombolas. O órgão pede R$ 5 milhões de indenização destinada aos moradores.

A empresa afirma que irá provar nos tribunais, do Brasil e da Inglaterra, que não causou tais impactos relatados nesta reportagem.

A Brazil Iron Ltd tem sede em Londres, e controla sua subsidiária brasileira, a Brazil Iron Mineração LTDA.

O presidente da companhia é um empresário australiano de mineração chamado Gordon Toll, dono da Atlantic Iron Ltd. O CEO é o britânico Guy Saxton, residente no Brasil.

Contatada na segunda-feira, a Agência Nacional da Mineração (ANM), órgão federal responsável pela gestão do setor no país, não respondeu aos questionamentos da BBC até a publicação desta reportagem.

Procurado no dia 19 de abril, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) também não respondeu.

Ganhos financeiros

Prefeito Marcos Paulo Santos Azevedo em frente a quadro com paisagem da cidade
O prefeito Marcos Paulo Santos Azevedo diz que as receitas da mineração ajudaram a prefeitura a entregar obras públicas

Enquanto famílias da zona rural se mobilizam contra a mineração, a Prefeitura de Piatã celebra os ganhos econômicos gerados pelo setor. A cidade passou a receber um royalty chamado Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem).

Entre 2019 e 2022, a cidade recebeu R$ 28,2 milhões de Cfem, de acordo com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, valor que praticamente foi zerado após a interdição.

Como comparação, no mesmo período, Piatã arrecadou R$ 78,8 milhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal repasse de verbas da União às cidades.

Segundo o prefeito Marcos Paulo Santos Azevedo (PSD), durante a operação da mina, o dinheiro do Cefem ajudou a prefeitura a construir escolas públicas, um posto de saúde, ciclovia, quadras esportivas e parte de um estádio municipal.

“Como prefeito, não tenho como negar a importância do Cfem, porque eu não conseguiria fazer tudo isso só com o FPM”, diz.

O prefeito diz que não tem poder para interferir no licenciamento ou em fiscalizar o impacto ambiental da mineração. Isso depende de órgãos ambientais dos governos estadual e federal.”Se a mina foi interditada, algum motivo deu para isso”, pondera.

Azevedo conta ter se assustado ao ouvir uma das promessas da Brazil Iron para Piatã: a criação de 15 mil empregos caso ela consiga implantar seu projeto de crescimento.

“Não posso pensar só no lado financeiro. Qual o impacto disso para minha cidade? Piatã consegue absorver todas essas pessoas? Estive lá na mineração, e eles me falaram que vão criar 15 mil empregos. Espera aí, calma. Eu tenho Piatã de 20 mil habitantes, vou botar mais 15 mil pessoas onde aqui? Então, isso realmente me assusta”, diz.

‘Perto da família’

Erivelton Sousa Silva
Erivelton Sousa Silva é um dos 400 funcionários da Brazil Iron

Um dos 400 empregos que a Brazil Iron diz já ter criado em Piatã pertence a Erivelton Sousa Silva, de 28 anos, morador da Bocaina e presidente de outra associação de agricultores que se posiciona a favor da mineradora britânica, ao contrário de seus vizinhos.

“Quando terminei os estudos aqui, não tinha fonte de renda nem nada. Na comunidade, a maioria dos jovens viaja para São Paulo para procurar emprego. Morei lá por dois anos. Não aguentei e vim embora”, conta o funcionário, que começou na mineração em 2019 como porteiro e hoje atua como motorista de caminhão e operador de máquinas pesadas.

Para ele, um dos principais benefícios da mineração, “além da carteira assinada e as férias remuneradas, é ter a oportunidade de morar perto da família”.

“Meus pais sentiram muito minha falta. Então, algo que o dinheiro não pode comprar é a oportunidade de estar perto da mãe e do pai da gente”, diz Erivelton, que diz receber R$ 4 mil de salário, renda que ajuda na casa e na criação de alguns animais nos fundos do terreno da família.

Para ele, a desconfiança dos quilombolas é resultado do histórico da empresa britânica na região. “Hoje a comunidade mostra uma certa resistência. As pessoas ficam com um pé atrás: será que dessa vez eles estão falando a verdade?”

FONTE BBC BRASIL

Como a mineração de ferro ameaça a biodiversidade e a as comunidades tradicionais na Chapada Diamantina

A Serra da Chapadinha, que abarca mais de 30 sítios arqueológicos não-catalogados, foi quase toda loteada a empresas autorizadas a investigar a existência do mineral; moradores temem falta de água e contaminação

A Serra da Chapadinha, que abarca mais de 30 sítios arqueológicos não-catalogados, foi quase toda loteada a empresas autorizadas a investigar a existência do mineral; moradores temem falta de água e contaminação , 39, vive há mais de duas décadas no Assentamento Europa, comunidade localizada na zona rural do município de Itaetê, na Chapada Diamantina (a cerca de 387 quilômetros de Salvador).

Lá, cerca de 50 famílias têm o sono e o despertar embalados pelo rumorejar das águas negras do Rio Una.

Há alguns meses, porém, a comunidade enfrenta o medo de ver o Una desaparecer. O temor nada tem a ver com a possibilidade de o rio secar por contra própria, uma característica dos rios perenes. É o avanço da

que tem colocado em xeque o acesso da comunidade à água e a biodiversidade da região. “Os afluentes do rio serão prejudicados, e o Una pode secar gradualmente”, diz Joilson a . “Assoreamento de rios, morte de peixes, tudo isso a gente teme.” headtopics.com

Está localizada em área protegida pela Lei da Mata Atlântica e rodeada por três unidades de conservação. Quase três séculos depois e apesar de sua importância e de mecanismos de proteção, a região ainda é cobiçada pelas gigantes da mineração:

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A Serra da Chapadinha, que abarca mais de 30 sítios arqueológicos não-catalogados, foi quase toda loteada a empresas autorizadas a investigar a existência do mineral; moradores temem falta de água e contaminação , 39, vive há mais de duas décadas no Assentamento Europa, comunidade localizada na zona rural do município de Itaetê, na Chapada Diamantina (a cerca de 387 quilômetros de Salvador).

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Há alguns meses, porém, a comunidade enfrenta o medo de ver o Una desaparecer. O temor nada tem a ver com a possibilidade de o rio secar por contra própria, uma característica dos rios perenes. É o avanço da

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Até quando? carreta travou trânsito de Lafaiete na Chapada

Um vídeo que circula nas redes sociais expressa o quão é urgente a retirada de veículos pesados em circulação pelas ruas de Lafaiete (MG). A construção de uma via de acesso por fora da cidade já passou da hora de sua efetivação.
No fim de semana uma internauta enviou um vídeo de uma carreta que adentrou na cidade pela MG 482. Já na Duque de Caxias ao tomar a via, o veículo precisou fazer manobras arriscadas e travou o trânsito. “Uma carreta dessas não pode entrar na cidade. Ninguém suporta mais esta situação”, reclamou a internauta.
Recentemente a prefeitura apresentou um projeto de construção de uma via alternativa partindo da rodovia até a BR 040, mas ainda não saiu do papel.

“Comida di Boteco”: a bucólica Chapada recebe evento gastronômico neste fim de semana

Os amantes da boa gastronomia têm um motivo para comemorar! A Chapada, subdistrito de Lavras Novas em Ouro Preto, irá promover um grande evento gastronômico nos próximos dias 21, 22 e 23 de abril. O evento, que é um dos mais esperados da região, contará com diversas barraquinhas de comidas e bebidas típicas da região, além de apresentações musicais para animar o público.

É o “Comida di Boteco”. Cada barraquinha será responsável pela preparação e comercialização de um tipo de comida de botequim, preservando a tradição Boêmia da região.

A escolha das datas também foi interessante, haja vista que o dia 21 de Abril é feriado em todo o país.

MUITO ALÉM DO EVENTO: CONHEÇA O SUBDISTRITO DE CHAPADA

O bucólico distrito de Chapada, com cerca de 100 habitantes, é caracterizado por suas poucas casas e sua localização cercada pela majestosa Serra do Trovão. Localizado próximo ao distrito de Lavras Novas, um pouco mais conhecido, Chapada é o lugar ideal para quem busca um refúgio tranquilo, com ar puro, natureza exuberante e a serenidade típica das cidades do interior de Minas Gerais.

Situado a apenas 17 quilômetros de Ouro Preto e a cerca de 110 quilômetros de Belo Horizonte, o acesso ao distrito é simples. Para chegar a partir de Belo Horizonte, basta pegar a BR-040 e, em seguida, a BR-356 até o trevo de acesso ao Centro Histórico de Ouro Preto. Ao invés de entrar na cidade, siga em frente pela BR e pegue o acesso à MG-129 à sua direita. Depois, vire à esquerda para chegar ao distrito de Lavras Novas. Quando você chegar a uma estrada de terra, haverá uma entrada à direita que leva diretamente a Chapada, indicada por placas.

FONTE JORNAL GALILÉ

Prefeitura inicia obra para melhorar piso de ruas e evitar tombamentos de veículos pesados na Chapada

O trânsito de veículos pesados na região do bairro Chapada foi tema de um encontro na tarde desta segunda-feira, 24/10, entre o prefeito Mário Marcus e representantes do comércio e moradores das ruas Padre Lobo e Duque de Caixas. Na sexta-feira, 21/10, um caminhão com carga de carvão tombou em uma curva na saída da rua Duque de Caixas sentido a rua Padre Lobo. Por sorte, ninguém se feriu, apesar dos danos causados em uma loja de matérias elétricos. Um poste de iluminação pública também foi atingido. Este foi o terceiro acidente envolvendo veículos com carga de carvão em menos de mês.

Hoje (26), a Prefeitura de Lafaiete iniciou obras de melhorias no trânsito das vias que têm como objetivo minimizar os problemas ocasionais até que seja executada a construção da estrada alternativa que irá retirar a circulação de veículos pesados da área urbana, cujo processo já se encontra em andamento. Haverá rebaixamento da via para a melhoria para nivelar o piso na tentativa de evitar tombamento de carretas.

A reunião

A reunião também contou com a participação do secretário de Defesa Social, Rolf Ferraz, do vereador Vado Silva (DC) e do ex-vereador Zezé do Salão. Durante o encontro, o prefeito Mário Marcus afirmou que o município tem projetos a médio prazo para reduzir o fluxo de veículos pesados na área urbana da cidade, mas enquanto isso, haverá uma avaliação ainda nesta semana para que sejam aplicadas medidas na região do bairro Chapada.

Caminhão com carga de carvão tombou no bairro Chapada.

Mário Marcus afirmou ainda que existe o projeto para a construção de pórtico na MG-482, próximo ao bairro Chapada no qual impedirá a passagem de caminhões que estiveram com altura acima do permitido. “O caminhão que tiver com a altura acima do permitido ficará agarrado no pórtico”, afirmou o prefeito.

Após acolher as sugestões apresentadas na reunião, o secretário de Defesa Social, Rolf Ferraz afirmou que a responsabilidade da fiscalização dos caminhões com carga de carvão é da Polícia Militar de Meio Ambiente, mas que o município irá cobrar ações efetivas. Segundo ele, nesta semana serão realizadas as avalições visando melhorar a segurança para o tráfego dos veículos pesados nas ruas Duque de Caxias, Padre Lobo e Ruth de Souza, no bairro Chapada que são as vias mais impactadas.

Uma das ações que deverá ser adotada é o nivelamento da via na curva entre as ruas Duque de Caixas e Euclides Ascendino, local onde aconteceu o acidente na sexta-feira. Na rua Padre Lobo também deverá ser feito o nivelamento da via entre a quadra e rua Sebastiao Marques. Também haverá melhoria na sinalização e há possiblidade de implantar ranhuras no asfalto no trecho da rua Ruth de Souza que é bastante íngreme. Tais medidas poderão reduzir o risco de acidentes na região do bairro Chapada.

PM localiza grupo que tentou roubar casa lotérica na Chapada

Após uma tentativa de roubo registrada na última quinta-feira, 06 de outubro, a uma casa lotérica no Bairro Chapada, em Conselheiro Lafaiete, a Polícia Militar realizou diligências de forma ininterrupta e já no dia seguinte conseguiu identificar e localizar os autores, tratando-se de três menores e dois jovens.
Eles foram abordados na residência de um dos envolvidos (23 anos), no Bairro JK, imóvel no qual foi encontrada a réplica de pistola utilizada no crime e mais 40 pinos e 18 papelotes de cocaína, 01 bucha de maconha, 01 balança de precisão, 02 aparelhos celulares e a quantia de R$ 872,00.
Diante do exposto, os autores foram presos/apreendidos e conduzidos à Delegacia de Polícia juntamente com os materiais localizados no imóvel.
Nesse mesmo dia, a Polícia Militar prendeu um foragido da Justiça (24 anos) no Bairro Sagrado Coração De Jesus. O autor foi conduzido à Delegacia de Polícia para demais providências cabíveis.

Moradores da Chapada tem reclamação atendida pela Copasa após matéria do Correio de Minas

Funcionários da Copasa de Lafaiete estiveram no final da tarde de ontem (27) na Chapada para executar serviço de reparação e tapa-buraco na Padre Lobo. Em menos de uma hora, a concessionária pôs fim ao buraco e solucionou o problema que se arrastava por quase 20 dias, atormentando a todos e desperdiçando água em plena via pública.

Copasa tapou o buraco e eliminou desperdício na Padre Lobo/CORREIO DE MINAS

O atendimento à reivindicação chegou após publicação de matéria em nossa site, em que os moradores pediam à Copasa uma solução efetiva após diversas reclamações.

Clique e confira: Moradores denunciam desperdício de água e pedem providência à Copasa

 

 

PM registra mais um arrombamento seguido de furto nesta quinta-feira Lafaiete

No início da manhã desta quinta-feira (09/05) foram registrados cerca de quatro arrombamentos e furtos em estabelecimentos comerciais da região do bairro Chapada. “Confiram”

No início da tarde por volta de 12h40min, mais um arrombamento seguido de furto foi registrado pela Polícia Militar, desta vez, em uma residência da rua Goitacazes, no bairro Carijós.

A vítima relatou que ao chegar a sua residência deparou com a porta arrobada e o interior da casa todo revirado. De imediato ela percebeu que o autor(s) teria levado um televisor, uma bicicleta e aparelhos eletroeletrônicos, além de outros pertences que ela ainda não havia dado por falta. Militares da viatura prexo, VTR-2530, estiveram no local e realizaram o registro do arrombamento seguido de furto.
A vítima não apresentou suspeitos. Fonte: AFX Notícias

Leia também: Quatro estabelecimentos foram arrombados na região da Chapada Lafaiete

De novo: carreta trava trânsito na Chapada; moradores acionam Ministério Público

A situação passou dos limites e exige uma atitude imediata do poder público na fiscalização das carretas na região da Chapada. Agora a pouco, um caminhão trava o trânsito na Ruth de Souza.

Moradores já decidiram que vão acionar o Ministério Público para buscar uma solução para o perigo e falta de segurança na via. Hoje a tarde acontece uma reunião entre a promotoria.

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