Garimpando: Notícias de Conselheiro Lafaiete – 23

   GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA

                                        Avelina Maria Noronha de Almeida

                                                 avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

NOTÍCIAS DE CONSELHEIRO LAFAIETE – 23

 

É muito importante saber ,do modo mais amplo possível, o que

aconteceu no passado no passado em relação à Estalagem das Bananeiras, existente

onde atualmente é a Avenida Santa Matilde.

 

Ficou bem comprovado no artigo anterior que a Avenida Santa Matilde é um dos espaços importantes da história da Inconfidência Mineira por causa da Estalagem das Bananeiras, como se vê no artigo n° 3, em “Apostilas de História do Brasil/15 40   –   Fragmentos georreferenciados” …wikiurbs.info/mediawiki”:

 

Imagem da Internet

 

 “Pelo caminho, nos sítios por onde ia passando, em Varginha, perto de Queluz, na estalagem de João da Costa Rodrigues; em Bananeiras, no sítio de João Dias da Motta, vinha o alferes revoltoso fazendo a propaganda às escancaras, sem o menor disfarce ou cuidado.”

No mesmo artigo anterior há outras evidências do local e de seu dono. É muito importante que os habitantes desta avenida que está sendo focalizada saibam, de modo mais amplo possível, o que aconteceu nela no passado e que pessoas foram envolvidas nos eventos. Tiradentes, que pregava na Estalagem das Bananeiras, já é conhecido de todos. O que não parece acontecer mais detalhadamente como sobre o inconfidente estudado neste artigo, que era fazendeiro e amigo de Tiradentes.

Vou usar dados colhidos no site Genealogia Brasileira, do grande genealogista brasileiro Lênio Luiz Richa (lenioricha@yahoo.com.br).

Ouro Preto

 

Cacheu – África /Imagens da Internet

JOÃO DIAS DA MOTA, dono da ESTALAGEM DAS BANANEIRAS, que era localizada onde é hoje a Avenida Santa Matilde,  nasceu em Ouro Preto em 1743 e faleceu em Cabo Verde/África em 1793. Filho de Tomás Dias da Mota e de Antônia Mariana do Sacramento, Capitão do regimento de Cavalaria Auxiliar de SJ de El-Rei, no lugar denominado Glória. Em 1789, com 46 anos, era casado com Maria Angélica Rodrigues de Oliveira e residia em sua Fazenda do Engenho do Caminho Novo do Campo, na freguesia de Carijós.

“Foi denunciado por Basílio de Brito Malheiro do Lago, por estar entre os ouvintes das palestras na Estalagem da Varginha, no final de 1788.” (A.5.519 e “A Inconfidência Mineira”, de Márcio Jardim, fls. 195).

João Dias da Mota, no dia 24 de junho de 1792 foi embarcado para Lisboa, na fragata Golfinho, por condenação devido ao envolvimento com a Inconfidência Mineira.

Morreu em 1793 de uma epidemia que atingiu a vila de Cacheu, nove meses depois de ali ter chegado.

Imagem do Panteão / Imagem da Internet

Em 21 de abril de 2011, seus restos mortais foram repatriados da África para o Brasil em 1932, juntamente com os de José de Resende Costa e Domingos Vidal Barbosa, mas só em 21 de abril de 2011 foram colocados no Panteão do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, ao lado dos outros 13 inconfidentes que já repousavam lá desde quando o Panteão foi criado pelo Presidente Getúlio Dorneles Vargas.

Não terem sido colocados seus despojos lá na mesma época que os restos dos outros Inconfidentes deveu-se ao fato de haver dúvida nas identificações. Só há alguns anos, os estudos da Unicamp comprovaram que as ossadas eram mesmo dos três inconfidentes degredados e assim procedeu-se à sua incorporação ao Panteão. Rui Mourão, diretor do Museu da Inconfidência, falando sobre a colocação dos despojos desses três Inconfidentes no Panteão da Inconfidência, declarou:

“Tudo o que pudermos acrescentar à história da Inconfidência Mineira é importante, até porque esses personagens (José de Resende Costa, Domingos Vidal Barbosa e João Dias da Mota) deram contribuição efetiva ao movimento”.

Assim a Avenida Santa Matilde tem um passado muito importante porque foi um dos berços da Inconfidência Mineira por causa da Estalagem das Bananeiras.

 

No Arquivo Mineiro, consta que a fazenda das Bananeiras pertencia ao Barão de Suassuhí (forma do sobrenome assim grafada no documento). Esse documento é sobre as fazendas de Queluz, realizado a partir de 1856, por ordem do Presidente da Província.

Qual teria sido o caminho que levou a fazenda das mãos do Inconfidente até o Barão?

                                                                                  (Continua)

 

Urbanicidade: “Xadrez para entender o manifesto de Bolsonaro em Dallas”

Em um sábado qualquer de minha vida me cai nas mãos esse artigo com o título acima, do renomado jornalista LUIZ NASSIF. Sinceramente, é inacreditável o que se lê ali. Ou melhor, é inacreditável acreditar (desculpas pelo pleonasmo) o que está acontecendo em meu país em pleno século XXI. Quando criança, há décadas, imaginava um futuro azul e cor de rosa, e também, viver numa sociedade coerente, mais igualitária, mais fraterna e com mais justiça. Ao deparar com a matéria de Nassif fico pensando como foi possível o PODER DE FATO, os DONOS DE NOSSO DINHEIRO, fazer de um país tão belo e grandioso como o nosso, transformar o gestão de nossas riquezas e direitos numa mais perfeita máquina de espoliar e triturar qualquer arranjo para transformar nosso povo em uma população voltada para si mesma. Nossos netos com certeza irão, no mínimo, maldizer seus DNA’s durante muitos e muitos anos.

“Era previsível o lance de Jair Bolsonaro, conclamando suas milícias digitais a enfrentar as instituições. Ontem mesmo previmos esse movimento. Aliás, não há nada de mais previsível que Jair Bolsonaro, justamente por sua incapacidade de planejar qualquer movimento.

Aliás, o mesmo ocorre com seu guru Olavo de Carvalho. Ambos se assemelham a boxeadores que lutam de cabeça baixa distribuindo murros a granel. Como deu certo até agora, devido a imbecilização coletiva do país, continuaram acreditando no seu toque de Midas-reverso – que transforma em merda tudo o que tocam – até toparem pela frente com o muro da realidade.

Ontem, Olavo recuou admitindo que exagerou nas suas invectivas contra militares. Bater em militar é um pouquinho mais arriscado do que atacar Marilena Chauí.

Bolsonaro baixou a cabeça e saiu esmurrando, difundindo em sua rede o tal manifesto. Assim como no episódio Marielle, já se sabe quem é o assassino. Faltou saber quem mandou, ou seja, quem foi o autor do manifesto. E aí entra o nosso Xadrez

Peça 1 – o fator mercado

É evidente que o artigo compartilhado por Bolsonaro foi produzido por alguém ligado ao mercado financeiro. É uma análise de cenário, mostrando um Bolsonaro derrotado e a recomendação final de “vender” o Brasil.

É nítido que o mercado financeiro se encantou com as possibilidades de negócios abertas pela eleição de Bolsonaro.

É o caso da Eletrobrás, alvo do G3, de Jorge Paulo Lehman. Ou a maluquice-mor de Paulo Guedes, de promover a fusão do Banco do Brasil com o Bank of America (BofA). Ou ainda, os acordos de leniência fechados entre Departamento de Justiça e grandes empresas brasileiras, como a Petrobras, com a Lava Jato se comportando como agente auxiliar do DoJ. E os contratos de compliance fechados entre Petrobras, Eletrobras, Embraer com grandes escritórios norte-americanos, em um lobby coordenado por Ellen Gracie, ex-Ministra do Supremo Tribunal Federal. Definitivamente, com o aval da Lava Jato, o Brasil se tornou uma mina de ouro para esses grupos.

Leia também: Xadrez do pacto que garantiu R$ 2,5 bi para a fundação da Lava Jato:

https://jornalggn.com.br/justica/compliance/xadrez-do-pacto-que-garantiu-r-25-bi-para-a-fundacao-da-lava-jato/

Peça 2 – os grupos de lobby

Prevendo esse campo para grandes negócios, muitos centros de lobby norte-americanos resolveram investir no grande negócio da parceria com Ministérios Públicos de vários países e autoridades regulatórias. Foi o caso do Atlantic Council e suas ligações com procuradores gerais latino-americanos. E de duas empresas interligadas.

A tal Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (Brazilian-American Chamber of Commerce) – não confundir com a respeitada Amcham, a Câmara de Comércio Brasil-EUA sediada em São Paulo. Seu presidente é Alexandre Bettamio, presidente do Bank of America (BofA) para a América Latina.

O Milken Institute, um centro de lobby criado por Michael Milken, operador americano que melhor explorou os fundos abutres e terminou condenado e preso nos anos 90 por informação privilegiada e proibido de operar no mercado.

Ambos são amigos e trabalham na mesma linha de lobby: grandes eventos anuais, que lhes permitem se aproximar de autoridades norte-americanas e de outros países. E têm uma especial predileção pela Lava Jato.

Aqui, um evento da Brazilian-American Chamber of Commerce com Sérgio Moro.

Aqui, outro evento com o juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato carioca.

O patrocinador é o escritório de advocacia Debevoise & Plimpton LLP, um dos grandes escritórios nova-iorquino participantes da ampla promiscuidade com procuradores do DoJ. No mês passado, ele se vangloriava de ter contratado Lisa Zornberg, ex-Chefe da Divisão Criminal da Procuradoria dos Estados Unidos no Distrito Sul de Nova York.

O escritório tem um leque de produtos para clientes brasileiros, desde assessoria em casos de denúncia até trabalhos de compliance.

Já o Milken Institute armou eventos com grandes players brasileiros, dentre os quais Jorge Paulo Lehmann, Henrique Meirelles e o indefectível Betammio.

 

Leia também: Xadrez do pacto que garantiu R$ 2,5 bi para a fundação da Lava Jato

https://jornalggn.com.br/justica/compliance/xadrez-do-pacto-que-garantiu-r-25-bi-para-a-fundacao-da-lava-jato/

Aqui, foto do evento da Brazilian-American Chamber que premiou Sérgio Moro e Mike Bloomberg. Na foto, o próprio Bettamio com o casal Moro, Bloomberg e João Dória.

Peça 3 – Bettamio, Guedes e Bolsonaro

E, assim, entramos no nosso personagem principal, Alexandre Bettamio.

Assim que Bolsonaro foi eleito, foram empinados alguns balões de ensaio indicando Bettamio para a presidência do Banco do Brasil. Ele declarou que havia recusado. Mas passou a investir pesadamente no governo Bolsonaro e na parceria com Paulo Guedes, com quem conviveu nos tempos em que trabalhou no USB-Pactual.

Á frente da Câmara de Comércio, Bettamio tratou de aprofundar relações não só com a Lava Jato como com Bolsonaro.

Foi ele que insistiu no evento em Nova York, para homenagear Bolsonaro, que acabou se convertendo no maior mico de um governo coalhado de micos.

Antes de Bolsonaro assumir o governo, Paulo Guedes já difundia a ideia da fusão entre BB e BofA. Ontem, Guedes voltou a insistir na fusão BB-BofA e a acenar com venda de ativos da Petrobras.

Peça 4 – a reversão de expectativas

É esse horizonte, propício para alguns dos maiores negócios da história, que ficou coberto pelos raios e trovoadas da ingovernabilidade.

De um lado, o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro avançando nas investigações sobre Flávio Bolsonaro, que inevitavelmente baterão no pai. As ruas, tomadas por estudantes protestando contra os cortes do MEC. E, na economia, o aprofundamento da crise, com os últimos dados sobre desemprego, mostrando a total inoperância de Paulo Guedes, na política econômica, e de Onix Lorenzoni, na articulação política.

Leia também:  Xadrez do pacto que garantiu R$ 2,5 bi para a fundação da Lava Jato

Guedes é incapaz de uma ideia criativa sequer. Todo seu talento, em outros tempos, se resumia a montar cenários econômicos em momentos de grande inflexão da economia. Mesmo como gestor de fundos de equity, jamais demonstrou visão prospectiva. Limitava-se a ir atrás de empresas familiares em setores tradicionais, demonstrando enorme aversão a risco. Além de cultivar uma relação frutífera com fundos de pensão de estatais.

Levou esse travamento para o Ministério da Economia. A crise se aprofunda e o Ministério é incapaz de qualquer coisa além de prometer o céu se a reforma da Previdência for aprovada, um blefe óbvio. A inércia chegou a tal a ponto que o Congresso resolveu assumir para si a responsabilidade de definir políticas anticíclicas – uma excrescência fruta exclusivo do desespero com a inoperância de Guedes.

É nesse quadro que surge o tal manifesto replicado por Bolsonaro, cuja última linha manda “vender” Brasil.

Foi um manifesto de mercado, que chegou a Bolsonaro em plena ida a Dallas, provavelmente entregue a ele por seu anfitrião. E, com o manifesto, a explicitação da intenção de Bolsonaro de insuflar suas milícias – digitais e provavelmente as armadas – contra as instituições.

Não poderia ter escolhido melhor cenário. Dallas foi local em que foi planejado e executado o assassinato de John Kennedy, o presidente americano visto como de esquerda pelos supremacistas brancos.

Garimpando: Notícias de Conselheiro Lafaiete – 22

                        GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA

                                        Avelina Maria Noronha de Almeida

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NOTÍCIAS DE CONSELHEIRO LAFAIETE – 22

 

Importantes notícias da região da Santa Matilde no passado vêm da história da Inconfidência Mineira.

Destaca-se bastante, e com merecida ênfase, quando o assunto é INCONFIDÊNCIA, na ESTALAGEM DA VARGINHA e na PASSAGEM DOS DESPOJOS DO INCONFIDENTE COM A RENOVAÇÃO DA SALMOURA DE SUA CABEÇA NUM RANCHO NA RUA DIREITA.

Tiradentes/ magem da Interne

 

Mas é necessário, também, estudar a importância da ESTALAGEM DAS BANANEIRAS, que se localizava no bairro SANTA MATILDE. Fala-se muito pouco sobre o local e sobre seu dono, o INCONFIDENTE JOÃO DIAS DA MOTTA.

Importantes notícias da região da Santa Matilde no passado vêm da história da Inconfidência Mineira:

[…] em Bananeiras, no sítio de João Dias da Motta, vinha o alferes revoltoso fazendo a propaganda às escâncaras, sem o menor disfarce ou cuidado.”

Vou transcrever alguma coisa que aparece no Google.  Exagero com as transcrições, mas tenho, com isto, o objetivo de documentar o mais amplamente possível a participação da região da Santa Matilde na Inconfidência Mineira com as conversas na Estalagem das Bananeiras, onde Tiradentes sempre pregava, entusiasmado e corajosamente, as suas idéias.

No livro História da Conjuração Mineira, página 51 – MultiAjuda V (não sei porque na fonte consultada não consta o autor), selecionei:

“No sítio das Bananeiras descansou o Tiradentes à sombra das árvores deitado negligentemente em uma esteira. Aí o foi encontrar o capitão João Dias da Mota, levado pela sua má estrela; e como se o malfazejo gênio tomara a figura do alferes, as suas palavras eram de perdição para aqueles que as ouviam! Declarou-lhe o alferes positivamente que vinha para o Rio de Janeiro tratar do levante por causa da derrama. Perguntou-lhe o capitão enquanto montaria a capitação. Respondeu o alferes que em cem arrobas para a Fazenda Real, cabendo oito oitavas a cada pessoa por ano. Voltou-lhe o capitão que não havia remédio senão pagar-se, e o Tiradentes erguendo-se furioso, calçou as botas, e declarou que não se pagaria por que tinham os mineiros por si pessoas muito grandes para se levantar e proclamar a república. Vendo-o o capitão tão inflamado, com os olhos injetados de sangue, e as faces afogueadas, procurou acalmá-lo, ponderando que o estabelecimento da república não seria mau, mas que nem se meteria nisso, nem queria falar ou saber de semelhante projeto.”

 Vejam  que relato bonito trazendo tão viva a memória do herói. Eu, que gosto de imaginar, vejo direitinho a cena, como se estivesse lá. Já li muita coisa sobre Tiradentes, mas como esse pequeno trecho… Senti estar presente naquele lugar, vendo Tiradentes em corpo, alma e temperamento…

 Nas   “Apostilas de História do Brasil/15 40   –   Fragmentos georreferenciados” …wikiurbs.info/mediawiki” também encontramos:

“Pelo caminho, nos sítios por onde ia passando, em Varginha, perto de Queluz, na estalagem de João da Costa Rodrigues; em Bananeiras, no sítio de João Dias da Motta, vinha o alferes revoltoso fazendo a propaganda às escâncaras, sem o menor disfarce ou cuidado.”

Autos da Devassa /Imagem da Internet

 

 Nos “Autos de Devassa da Inconfidência Mineira” no Capítulo XI, está o seguinte:

Testemunha 13°

João Dias da Mota, Capitão do Regimento de Cavalaria Auxiliar da Vila de São José, no Rio das Mortes, natural desta Vila Rica do Ouro Preto, Bispado de Mariana, morador no Engenho do Campo, que vive de roça, de idade de quarenta e seis anos, testemunha a quem ele dito Ministro deferiu o juramento dos Santos Evangelhos em um livro deles, em que pôs sua mão direita, subcargo do qual lhe encarregou dissesse a verdade do que soubesse e lhe fosse perguntado, o que assim prometeu fazer como lhe era encarregado. E perguntado ele, testemunha, pelo conteúdo no Auto desta Devassa que todo lhe foi lido, disse que vindo em certa ocasião da sua fazenda para São Bartolomeu, em dias de março do corrente ano, encontrara nas Bananeiras, caminho do Rio de Janeiro, ao Alferes do Regimento Pago desta Capital, Joaquim José da Silva, por alcunha o Tiradentes; e sucedendo descansar, por causa do muito calor, no mesmo rancho em que o dito Alferes, este lhe disse: ‘Pois Vossa Mercê não sabe ainda o que vai de novidade?’ E respondendo-lhe ele, testemunha, que não, continuou aquele: ‘que já se tinha deitado a derrama e que cabia a pagar oito oitavas de ouro por cabeça’. Ao que lhe respondeu ele, testemunha: ‘E que remédio senão pagar? Quem tiver dinheiro, muito bem. E quem não o tiver, pagará com os bens ou fazendas que possuir’. A esta resposta, replicou o dito Alferes: — ‘Qual pagar! Vossa Mercê não sabe o que vai? Pois está para haver um levante tanto nesta Capitania, como nas do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Pará, Mato Grosso etc. E já temos a nosso favor França e Inglaterra, que há de mandar naus”. O que ouvindo ele, testemunha, absorto do que escutava, lhe perguntou: ‘Pois quem tem Vossa Mercê para esse levante?’ Ao que lhe respondeu o mesmo Alferes: ‘Temos pessoa muito grande!’ E instando ele, testemunha, por que lhe declarasse quem era, não foi possível tirar-lhe mais do que: — ‘que era uma pessoa muito grande, e que a seu tempo o saberia’. E refletindo-lhe no perigo que corria em tratar de semelhante matéria, e que não falasse em tal, lhe respondeu mais o dito Alferes: — ‘Pois que tem? Que tem? Prenderem-me? Pois se me prenderem, alguém me soltará’. Que tinha achado muito pusilânimes os filhos de Minas; e que estavam a atuar quatro Ministros, sem os quais se podia passar. E com estas razões se despediram, e ele, testemunha, seguiu seu caminho.”

Caminho Novo /Imagem da Internet

A ESTALAGEM DAS BANANEIRAS ficava no Caminho Novo, que era uma estrada construída por ordem do Rei. e por conta de seu tesouro era chamada de Estrada Real. Havia, no século XVII, muitos caminhos que levavam às Minas. O contrabando de ouro era muito e, por isso, a Coroa Portuguesa mandou construir trilhas por ela autorizadas para escoamento do precioso metal. Uma delas era o caminho que ligava Minas ao porto de Paraty.

O Caminho Novo só foi concluído em 1707.

O Arraial do Campo Alegre dos Carijós vibrou com sua chegada, porque isso iria facilitar muito as trocas de mercadorias: os produtos das roças indo para o Rio de Janeiro, de lá, vindo de Portugal, as preciosas garrafas de vinho do Porto, as postas de bacalhau, as especiarias vindas das Índias, tudo de bom que os navios traziam.

E onde o Caminho Novo, vindo por Amaro Ribeiro, chegou? Na região da Avenida Santa Matilde, onde ficava a Estalagem das Bananeiras, subindo por ela o morro e chegando ao alto do planalto, onde o arraial se expandia.

(Continua)

 

Garimpando: Notícias de Conselheiro Lafaiete – 21

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                                        Avelina Maria Noronha de Almeida

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NOTÍCIAS DE CONSELHEIRO LAFAIETE – 21

 

O sal que a salgou

também salgou auroras e crepúsculos

salgou a Liberdade

Avelina

A Rua Direita, atualmente denominada Rua Comendador Baeta Neves, traz muitas cicatrizes relacionadas à Inconfidência Mineira em sua memória. Nela passaram os despojos de Tiradentes que pernoitaram em um arranchamento ali existênte , onde foi salgada a sua cabeça antes de seguirem a viagem para Vila Rica.

Foto de Carla Moreira dos Santos

 

Foto da Rua Direita (atual Comendador Baeta Neves) com a placa em um poste localizado na frente do local em que, em 1792, havia um arranchamento onde a cabeça foi salgada e pernoitou. Salmoura é uma solução de água saturada de sal. ABAIXO A FOTO SEPARADA DA PLACA DIZENDO QUE AQUI SE RENOVOU A SALMORA DA CABEÇA DE TIRADENTES

Foto de Valéria Higino da Silva

Em nossa cidade foram colocadas em postes duas pernas de Tiradentes, uma delas na Varginha do Lourenço, perto da divisa com Ouro Branco, à margem da Estrada Real. Nessa estalagem Tiradentes pernoitava e fazia reuniões secretas, contando com a simpatia do dono da hospedaria.

Estalagem da Varginha Imagem de acervo pessoal

Na estalagem se fecha com chave de ouro o percurso do Caminho Novo em  terras de Conselheiro Lafaiete.

Estalagem da Varginha – Pintura a óleo de Cidinha Dutra

Do Diário de D. Pedro, quando de sua visita a Minas Gerais em 1881:

“Varginha − Casa onde se reuniram os inconfidentes. Pertencia, então, a um hospedeiro de nome João da Costa. Vi a mesa e bancos corridos, de encosto, onde se assentavam. São de maçaranduba e estão colocados na varanda. Reparando que não houvessem conversado no interior da casa, disse-me o dono dela, que havia vedetas* (*vigias) para avisá-los.”

 

— Assinando José Códea, Angelo Agostini como enviado da “Revista Illustrada”, desenhou os móveis citados e escreveu: “Na casa de Manoel Alves Dutra, na Varginha, existem dois bancos e uma mesa, feitos de maçaranduba, que serviram nas conferências dos Inconfidentes, sob a direção do grande cidadão Tiradentes. Hoje, serve para comer-se boas feijoadas com cabeça de porco (tempora mutantur!)”

Li, certa vez, que meninos ficavam no caminho próximo à estalagem e, quando vinham soldados, soltavam papagaios.

Esse lugar histórico ocupa um  lugar especial nas minhas memórias de professora pois, em fins do século XX, com uma turma de alunos do 2º Grau do Colégio “Nossa Senhora de Nazaré”, ali realizei uma atividade pedagógica. Sentados à sombra da Gameleira da Varginha, ainda em todo o seu esplendor, à semelhança de Tiradentes e os inconfidentes, fizemos uma reunião para falar também sobre Liberdade.

Depois, como o fizera Tiradentes, um aluno levantou-se, estendeu o braço em determinada direção, dizendo que ali construiriam uma grande indústria. Prodigiosamente, naquele lugar indicado por Tiradentes, ergue-se hoje, imponente e poderosa, a Açominas.

Pouco tempo depois, a gameleira caiu, mas o testemunho das fotos tiradas por Alexandre, que nos acompanhou com a orientadora Maria do Carmo, deixaram as cenas gravadas como lembrança de uma atividade cívica.

As ruínas da estalagem, o que resta da gameleira e o belo monumento são marcas que o lafaietense muito preza.

 

Garimpando: Notícias de Conselheiro Lafaiete – 20

                     GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA

                                        Avelina Maria Noronha de Almeida

                                                 avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

NOTÍCIAS DE CONSELHEIRO LAFAIETE – 20

Imagem da Internet

            AS NOTÍCIAS DE CONSELHEIRO LAFAIETE CHEGAM AGORA AO FINAL DO SÉCULO XVIII, quando aconteceu o martírio de Joaquim José da Silva Xavier.

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  EU,  TIRADENTES

Avelina Maria Noronha de Almeida

 

Mais uma vez percorro estes caminhos

já  agora sem a sofreguidão da carne

Nas trevas o matagal faísca

Na longa caminhada

foram ficando

pedaços mutilados

enrijecidos

Chego ao destino final

a Praça da Ignomínia

Do Palácio me contemplam

cheios de ódio?

de escárnio?

de glória?

E nas frestas das janelas

olhos espiam

curiosos

temerosos

– compadecidos? –

o que resta do meu corpo

A vida foi expulsa

pelo fervilhar do ódio

na força da prepotência

Soprai forte, todos os ventos

sobre minha cabeça

– não a corrompida pela morte –

mas a que paira no ar

incorruptível

soberana

O sal que a salgou

também salgou auroras e crepúsculos

salgou a Liberdade

Arrancai dela, todos os ventos

sonhos e ideais

Levai-os a cada estrada

ou caminho

a cada monte

ou colina

a cada rio

ou riacho

para ficarem à espera

da alma forte e predestinada

que atiçará a fagulha

Na morte ainda serei chama!

           CHEGAMOS, À NOSSA RECORDAÇÕES DOS TRISTES MOMENTOS DA PASSAGEM DOS RESTOS MORTAIS DE TIRADENTES.

 

Maio de 1792 – Os despojos de Tiradentes passaram pela vila, sendo renovada a salmoura de sua cabeça no patamar de um rancho na Rua Direita, atual Rua Comendador Baeta Neves, onde pernoitou. Este rancho se localizava logo acima da Farmácia Droganova, em frente à extremidade inferior do Colégio Nossa Senhora de Nazaré.

Minha mãe dizia  que uma perna teria ficado em um poste que ficava em frente à entrada da Rua Francisco Lobo. Também o historiador queluziano Vicente Racioppi um dia, da sacada da casa de D. Gabriella Mendonça, hoje Casa da Cultura, disse também que a perna esquerda de Tiradentes, ficava numa lata com querozene, em um poste que ficava em frente à atual Rua Francisco Lobo.

SOBRE A PASSAGEM DOS RESTOS MORTAIS DE TIRADENTES temos um trecho do belíssimo poema da queluziana RITA DE CÁSSIA DE ANDRADE NETTO, nascida em Itaverava, A HISTÓRIA LÍRICA DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

 

RUA DIREITA, atual Comendador Baêta Neves

Imagem da Internet

 Este é o trecho do poema de RITA DE CÁSSIA:

“Ó Rua Direita, estremece,

Pasma de estupor.

Cerrem as casas tristemente

A pálpebra das janelas

E as enferrujadas aldravas

Silenciosas e quedas permaneçam.

O anjo da Liberdade passará

Nessa grande noite,

E todas as portas hão de ser marcadas

Com sangue do Primogênito.

 

Ó estigmatizada Rua Direita,

Deixa escorrer um rio de sal

Por entre as pedras testemunhas.

Esconde a vergonha no véu de tuas janelas:

A cabeça do Alferes repousa no sonho impossível.

Os olhos vidrados do Alferes

Voltam-se para os lados da Varginha,

Que a boca intumescida do Alferes

Parou nas sílabas proibidas

Da palavra – Liberdade.”

                                                                                         (Continua)

Anjos de Patas: Casal viaja o mundo alimentando cães abandonados!

Hoje compartilhando esse artigo incrível de um casal que viaja o mundo alimentando cães abandonados.

Os paulistas Sérgio Medeiros e Eleni Alvejan, ele nascido em 1973 em São Caetano do Sul, apaixonado por comida, dirigir pra ele é uma terapia, ela nascida em 1972 em São Bernardo do Campo, apaixonada por gastronomia, fotografia e animais, estão conhecendo o mundo e alimentando cães abandonados desde 2015.

 

“Juntos desde 1994, já passamos poucas e boas juntos. A felicidade sempre esteve dentro de nós, o tamanho do seu sorriso define como você quer que seja seu dia, viver, aprender, ajudar, sem julgar, agradecer e não fugir dos medos, saber enfrentar, isso é o que nos motiva. Olhar para frente e para cima, buscar o que não se pode ver, estar disposto a estender a mão, porque um dia você oferece mas vai chegar o dia que você vai ter que saber receber. Nossa única missão aqui é ser feliz”, contam no site do projeto “Mundo cão”.

 Projeto “Mundo cão”

 

“Em 2013 compramos nossa Land Rover Defender, agregamos um trabalho voluntário com animais de rua que tínhamos desde alguns anos e nossa primeira expedição foi pela Patagônia, num mês de férias de nossas vidas comuns. Depois disso nada mais foi igual, todo sentido mudou, saímos para o mundo, a princípio com data de retorno, coisa que hoje já não temos mais e  transformamos uma viagem em estilo de vida; Desde fevereiro de 2015 estamos no mundão, buscando experiências, vivendo sem rotina, fazendo muitos amigos, vivendo com muito menos, mas muito mais felizes. Venham conhecer nossa história e viajar com a gente”.

 

A ideia

 

 Durante sete anos,  tivemos a grande alegria de prestar assistência voluntária aos moradores de rua do ABC Paulista, região onde nascemos e vivemos em São Paulo, numa pequena ação entre amigos levávamos roupas, cobertores, lanches e café com leite todas as manhãs de domingo,  a maioria destas pessoas tinham consigo seu companheiro de luta, começamos alimentar esse animaizinhos também, assim surgiu o  “PROJETO MUNDO CÃO”.  Essa ação segue até hoje com os pais do Sérgio em SP.

 

“A ideia de uma mudança de vida e cair na estrada veio durante este período, tínhamos empregos convencionais, uma vida estável, mas buscávamos um estilo de vida mais leve, queríamos viajar… Com muito esforço compramos nossa “Mundrunga”, fizemos as primeiras adaptações e caímos na estrada para uma experiência de  30 dias de viagem.

Foram 15.000 quilômetros pelo Brasil, Argentina e Chile, saímos de São Paulo em 21 de dezembro de 2013 e retornamos em 21 de janeiro de 2014,  junto com nossas roupas, panelas e máquinas fotográficas levamos um enorme saco de ração.  Nosso projeto começava tomar forma, alimentamos muitos cachorros durante este trajeto e voltamos felizes com a certeza que era isso que buscávamos para nossas vidas”.

Cães são os melhores amigos do homem, os homens nem sempre são amigos dos cães, conheça nosso projeto social; Viajamos alimentando animais abandonados e fazendo trabalhos voluntários em abrigos.

Dedicamos toda essa aventura a alguns anjos que temos no céu, um deles nos ensinou muito sobre a pureza e a evolução dos animais e com o olhar mais puro do que nunca nos deixou numa manhã ensolarada após 16 anos de amor e companheirismo.

Veja mais sobre esse projeto sensacional: http://projetomundocao.com.br/site/

Fontes: Projeto mundo cão e Mochileiros.com.

 

 

Adoções 

 

 

Auspedagem domiciliar Soninha Santiago
Amor e respeito aos animais

 

ONG APARC – Congonhas! 

Seja um voluntário! Um colaborador!

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Rifa ONG APARC

 

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Tremendo de coragem, Sérgio Klein

Esta história não começa com era uma vez, mas bem que poderia ser assim. Era uma vez Biel e sua turma, que viviam recebendo aviõezinhos de papel com mensagens terroristas e morriam de medo de apanhar depois da aula. De quem? A turma rival era de peso: além do chefe, conhecido como Bola, e sua temível barriga, havia os gêmeos amestrados, com jeito e apelido de pit bull. No meio da briga aparece um esqueleto que some do laboratório da escola para virar ator de teatro. E tem também um avô viajante e mágico, um professor que transforma a aula em espetáculo e uma bicicleta meio tímida mas que adora filosofar…

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Por: Ully Danielly

 

 

 

Garimpando: Notícias de Conselheiro Lafaiete – 15

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NOTÍCIAS DE CONSELHEIRO LAFAIETE – 15

O falecido e notável jornalista e pesquisador Joaquim Rodrigues de Almeida disse-me haver encontrado, na  fazenda dos Macacos, documentos que afirmavam que a primitiva igreja fora construída de esteira, coberta de colmos ou de capim por não haver, naquele tempo, material apropriado.”

Padre José Duarte de Souza

Igreja da Passagem antes da reforma / Imagem de Célio dos Santos

Continuando a focalizar a nossa História de Conselheiro Lafaiete através dos tempos,  chegamos a:

1774 – Construção da Igreja de Passagem de Conselheiro Lafaiete (Passagem de Gagé).

Esta não foi a primeira igreja de Carijós, etapa inicial da vida de nossa cidade de Conselheiro Lafaiete. De acordo com Padre José Duarte de Souza, em seu livro inédito SUBSÍDIO DE PESQUISAS FEITAS PELO PADRE JOSÉ DUARTE DE SOUZA NO ARQUIVO PAROQUIAL E NO FÓRUM DE CONSELHEIRO LAFAIETE, NO DA CÂMARA ECLESIÁSTICA DE MARIANA, NO ARQUIVO MINEIRO, NO MUSEU DE SÃO JOÃO-DEL-REI: “O falecido e notável jornalista e pesquisador Joaquim Rodrigues de Almeida disse-me haver encontrado, na  fazenda dos Macacos, documentos que afirmavam que a primitiva igreja fora construída de esteira, coberta de colmos ou de capim por não haver, naquele tempo, material apropriado. Esta capela serviu, naturalmente, por algum tempo, para a celebração do clto divino e catequese dos selvícolas, feita, provavelmente, pelos jesuítas, cerca de 1690.”

Para falar sobre ela, vou transcrever um artigo que escrevi e foi publicado nesta coluna do Correio de Minas na Edição 137, de 31 de maio de 2006, porque tem relação com esta igreja e seus primeiros tempos e dá uma visão com pessoa envolvida com ela naquela época da segunda metade do século XVIII. Será uma introdução ao estudo desta igreja. Aqui vai o artigo do passado:

.

UM NABABO EMPREENDEDOR EM NOSSA HISTÓRIA

                                                           Avelina Maria Noronha de Almeida

Um dos intuitos desta coluna é garimpar aqui e ali, em livros que não estão facilmente disponíveis, alguns fatos da história de Conselheiro Lafaiete e trazê-los para os nossos leitores. Uma das melhores fontes, e que ainda espero usar muitas vezes, é   “MINHAS RECORDAÇÕES” de Francisco de Paulo Ferreira de Rezende, que sempre nos traz alguma novidade.

É assim que ele nos relata: 

“Além da Freguesia da Itaverava, em que se descobriu o primeiro ouro de Minas, e a de Catas Altas, em que este se mostrou muito mais abundante, ainda havia em Queluz um lugar que se tornou notável pela grande quantidade que aí se retirou desse metal. Este lugar chama-se Passagem e fica a uma légua mais ou menos de Congonhas.”

Assim havia outra igreja anterior.

Um parênteses na história: Passagem é um local ao qual se vai entrando em Gagé ou continuando o caminho de Casa Branca, vindo da Santa Efigênia, e que faz parte de uma de minhas hipóteses a respeito dos primeiros tempos de nossa cidade. Penso que ali seria o aldeiamento de índios carijós e mineradores que garimpavam na Serra de Ouro Branco (Serra do Deus Te Livre), o qual foi visto por bandeirantes, de acordo com informação de Saint-Adolphe, um desses viajantes estrangeiros que aqui vieram no passado e nos deixaram muitas notícias importantes. Creio que escavações naqueles locais poderiam trazer um material arqueológico valiosíssimo.

Continuemos com Ferreira Rezende:

Imagem da Internet

“Um dia em que eu viajava lá para os lados de Ouro Preto, atravessei um rego que se dirigia para as bandas da Passagem; e eis aqui o que a seu respeito me contaram. Possuindo alguma fortuna e sendo um homem extremamente empreendedor, o dono ou o descobridor daquelas minas, que sabia muito bem quanto eram ricas e que pouco ou nada podia fazer, por causa da água que era escassa ou não era suficiente para ser útil, já não sabia de que expediente pudesse lançar mão que o tirasse daquela tão grande contrariedade, quando afinal julgou achar esse meio. E eis aqui qual foi. Como se sabe, na serra que passa próximo de Queluz, há um lugar em que se encontra, a muito pequena distância, águas que correm para o Piranga ou Rio Doce, para o Paraopeba ou S. Francisco e finalmente para o Carandaí ou Rio Grande; e caminhando-se desse ponto para os lados do Ouro Preto, vai-se tendo sempre à direita as águas do Rio Doce e à esquerda as do S. Francisco. Vendo, pois, aquele homem, que não achava na bacia do Paraopeba a água de que tanto precisava, resolveu trazer para a bacia deste rio um córrego que na vertente oposta descia para o Piranga; e, embora tivesse, para isso, de vencer não pequenas dificuldades e uma distância de algumas léguas, empreendeu a tirada do rego. Como, porém, as suas posses não davam para uma tão grande empresa, contraiu entre os seus amigos e conhecidos um grande número de dívidas; meteu-se na mata e nunca mais apareceu, para que, enquanto tirava o rego, que devia levar muito tempo, não fosse ele inquietado pelos seus credores”, completou suas posses com dinheiro emprestado de amigos e conhecidos. Como o tempo fosse passando (pois a empreitada era difícil e o referido córrego estava a algumas léguas de distância) e o homem não aparecesse, justamente fugindo de assédio dos credores, estes resolveram tomar providências. Mas passo a palavra escrita para Francisco de Paula Ferreira Rezende (em Minhas Recordações) que sabe contar os fatos com seu estilo literário sugestivo e agradável: 

“Diante de um tal desaparecimento, os credores trataram de acioná-lo à revelia; prepararam as suas execuções; e quando o misterioso fujão de novo apareceu no campo, nas imediações de Ouro Branco e à frente do rego que vinha agora trazendo, sem mais demora começaram a cair sobre ele as citações para a  penhora, e ele, pelo seu  lado e com a maior impassibilidade, a pedir vista  para embargos”.

A história prossegue realmente interessante, mas vamos deixar a continuação para a próxima semana e veremos as peripécias, os sucessos e os sofrimentos do nosso personagem. Até lá!

(Continua)

Anjos de Patas: Ray Charles (Cegueta)

Ray Charles (Cegueta)

 

 

Ray Charles foi adotado por Guiherme Magalhães e alguns amigos em 2016, após ser resgatado pelo CCZ próximo a uma linha férrea em Conselheiro Lafaiete com o irmão Steve, ambos albinos (quando há ausência de melanina – hormônio que produz a pigmentação presente nos olhos e pele dos animais, além da proteção contra os raios UVA e outros fatores ambientais).

Relembre a história em: http://correio.local/charles-e-steve-uma-historia-de-superacao/

Logo após ser adotado, perceberam que Ray também é surdo, porque ele não atendia pelo nome, daí começaram a chamá-lo de Cegueta, pra facilitar mesmo, conta Guilherme Magalhães.

Com quase 30 kg, Ray é um baita cão, maravilhoso! Super dócil e muito manhoso. Possui sensibilidade à luz, se acende e apaga a luz ele percebe, e tem um olfato muito bom.

“Assim como os outros dois dogs daqui, ele aprendeu a dar a patinha pra receber “tira-gostos” e é impressionante como ele não morde a nossa mão. (Depois vou fazer um vídeo dele fazendo isso. É muito bacana.) É muito manhoso e sempre quer subir nas nossas pernas pra deitar no nosso colo”. Guilherme Magalhães.

Cegueta tem dois companheiros, Nabis (preta) e Jorge, ambos adotados, com praticamente a mesma idade (4 anos). Nabis é sistemática, sempre está latindo, mas depois acostuma, fica bem de boa, já Jorge é tranquilo, só anda solto na rua.

Ray (Cegueta) – passeio

 

“É muito difícil de passear com ele, pois ao mesmo tempo que ele fica com medo de andar em lugares desconhecidos, ele pode cismar e sair correndo pra rua.
Além disso é da pá virada, se começamos a brincar e coçar a barriga dele, ele empolga e sai correndo pra onde o nariz apontar kkkk”. Guilherme Magalhães.

Ray (Cegueta) foi castrado recentemente. Guilherme Magalhaes soube inclusive que Steve (irmão de Ray) está bem demais também.
Noticia booa!

Ray Charles (Cegueta) e sua família!

É um cachorro super dócil, que já passou por muita coisa ruim, e agora tem um lar bem bacana”! Guilherme Magalhães.

 

Veja mais um pouco de Ray (Cegueta) e sua família!

[Best_Wordpress_Gallery id=”169″ gal_title=”Ully 04/04″]

 

Fiquei encantada com esse patudo e esse fuço lindo, ele é todo lindo, Maravilhoso!  Amei as fotos!

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 Fogo e sangue, George R.R.Martin.

A arrebatadora história dos Targaryen ganha vida neste novo livro de George R.R. Martin, autor de As Crônicas de Gelo e Fogo, série que inspirou a adaptação de sucesso da HBO, “Game of Thrones”.
Séculos antes dos eventos de A guerra dos tronos, a Casa Targaryen – única família de senhores dos dragões a sobreviver à Destruição de Valíria – tomou residência em Pedra do Dragão. A história de Fogo & Sangue começa com o lendário Aegon, o Conquistador, criador do Trono de Ferro, e segue narrando as gerações de Targaryen que lutaram para manter o assento, até a guerra civil que quase destruiu sua dinastia.

O que realmente aconteceu durante a Dança dos Dragões? Por que era tão perigoso visitar Valíria depois da Destruição? Quais foram os piores crimes de Maegor, o Cruel? Essas são algumas das questões respondidas neste livro essencial, relatadas por um sábio meistre da Cidadela.

Ricamente ilustrado com mais de oitenta imagens assinadas pelo artista Doug Wheatley, Fogo & Sangue dará aos leitores uma nova e completa visão da fascinante história de Westeros – um livro imperdível para os fãs do autor.

Você encontra para empréstimo na biblioteca Casa de Guimarães.

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Por: Ully Danielly

 

 

Garimpando: Notícias de Conselheiro Lafaiete – 14

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NOTÍCIAS DE CONSELHEIRO LAFAIETE – 14

“Até há bem pouco tempo, antes da faminta verticalização que começou a engolir os horizontes de Lafaiete, uma igrejinha singela, no alto de um morro, poderia ser avistada de quase toda parte da cidade.

Em 16 de janeiro de 1752  foi criado o distrito do Campo Alegre dos Carijós com a elevação da freguesia, por Alvará Régio, à categoria de colativa, passando a ter privilégios régios.

Um ano ante, em 1751, Manuel de Sá Tinoco conseguiu a provisão autorizando a construção da Igreja de Santo Antônio, a qual já estava concluída em 1754.

A Igreja de Santo Antônio atravessou séculos e até hoje abençoa a cidade/ Imagem da Internet

 

Quando a provedor da Irmandade de Santo Antônio de Queluz, de nossa cidade, era Matusalém Rezende Jardim, um familiar do historiador Joaquim Rodrigues de Almeida levou até o provedor um livro antigo onde havia importante registro histórico da Igreja de Santo Antônio, encontrado pelo historiador entre acervo antigo da fazenda Água Limpa, em Carijós, depois Queluz e hoje Conselheiro Lafaiete.

O Irmão Allex Assis Milagre fez profundos estudos dos documentos ali presentes escrevendo um artigo em que colocou as principais provas documentais recolhidas pelo Monsenhor, do qual aqui transcrevemos alguns trechos:

“Até há bem pouco tempo, antes da faminta verticalização que começou a engolir os horizontes de Lafaiete, uma igrejinha singela, no alto de um morro, poderia ser avistada de quase toda parte da cidade. É a igreja de Santo Antônio, cuja história se entrelaça com o desenvolvimento do Campo dos Carijós, no século XVIII.

 

O templo foi dedicado ao milagroso Santo Antônio

A origem dessa igreja é por volta de 1741, quando esteve em Carijós um missionário por nome Frei Jerônimo e benzeu aquele pedaço de terra, no Morro das Cruzes, para que ali fosse construída a igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Entretanto, passaram-se quase dez anos e a construção não tivera início, quando, então, o capitão Manoel de Sá Tinoco requereu e obteve, a 14 de março de 1751, de Dom Frei Manoel da Cruz, primeiro bispo de Mariana, provisão para erigir e construir patrimônio para Santo Antônio.

Ao contrário da maioria dos templos católicos, construídos nas Minas Gerais do século XVIII e XIX, a igreja de Santo Antônio não foi construída para abrigar uma irmandade. O Capitão Manoel de Sá Tinoco, antes de lucrar provisão para construir a dita igreja, teve que se indispor com a comunidade do Rosário, que se julgava dona e possuidora do terreno junto ao Morro das Cruzes. Assim sendo, recorreu ao bispo de Mariana nos seguintes termos:

Exmo. Revmo. Sr., diz o Capitão Manoel de Sá Tinoco, morador na freguesia de Nossa Senhora da Conceição. Campos dos Carijós, comarca do Rio das Mortes. Que ele suplicante, quer edificar uma capela com invocação de Santo Antônio, junto ao mesmo arraial, donde se acha o Morro das Cruzes, fazendo-lhe patrimônio com bens de raízes, livres e desembargados com paramentos e o que mais que lhe for necessário, tudo à sua custa, ficando, assim, gozando de privilégio de padroeiro e protetor da dita capela e porque junto daà dita passagem, onde o suplicante quer edificar a dita capela,  o Revmo. Frei Jerônimo, missionário que foi nestas Minas, há oito para nove anos, demarcou e, dizem benzer para a Irmandade dos Pretos do Rosário um pedaço de chão para fazerem uma capela que a dita Irmandade do Pretos não cuidaram,até o presente, levantar e só querem impedir ao suplicante que aquela obra tão pia com o frívolo pretexto de quererem fazer capela para Nossa Senhora do Rosário. Para Va. Exa. Reverendíssima lhe faça mercê conceder ao suplicante a licença para edificar a sobredita capela para cuja obra tenho alguns materiais prontos e necessários para a obra justa ou presente e não tem o suplicante dúvida consentir em que na dita capela se coloque Nossa Senhora, sendo padroeiro Santo Antônio para quem intenta fazer a dita obra.’

[…]

Consultada a Irmandade do Rosário, ela consentiu em ceder o terreno, desde que a imagem de sua padroeira fosse colocado no bico do altar, o que foi feito por Tinoco. A provisão da igreja de Santo Antônio foi passada a 14 de agosto de 1751.

O Capitão Manoel de Sá Tinoco era casado com D. Úrsulla das Virgens, com contrato de aras. Portanto, qualquer doação que desejar-se fazer, teria que ter o consentimento de sua esposa. Por isso, D. Úrsula passou procuração, a 23 de dezembro de 1757, a seu marido, dando-lhe plenos poderes para administrar todos os bens; então, a 13 de janeiro de 1758, em presença do tabelião da Vila de São José, a ‘ESCRITURA DE DOAÇÃO DE BENS QUE FAZ O CAPITÃO MANOEL DE SÁ TINOCO E SUA MULHER ÚRSULLA DAS VIRGENS À CAPELA DE SANTO ANTÔNIO DO ARRAIAL DOS CARIJÓS’. Devido à ação de insetos e umidade nos arquivos, tornou-se impossível a transcrição da dita escritura, todavia podemos ver que a constituição do patrimônio se faria através de doação de parte dos rendimentos anuais da fazenda da ‘Água Limpa’, de sua propriedade que fazia divisa com as terras de Antônio Francisco França, de Phelippe Antônio (?), Antônio Dutra da Costa, e Francisco da Sylveyra Gigante e Amaro Pereyra. O promotor só aceitou essa segunda escritura depois que D. Úrsulla escreveu a seguinte declaração:.

‘Por esse de minha letra é sinal, digo, eu, D. Úrsulla das  Virgens Sacramento, que de minha livre e espontânea vontade, aprovo uma escritura de doação que meu marido,o Capitão Manoel de Sá Tinoco fez dos reditos de uma fazenda que possuímos cita na freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Campo dos Carijós, para patrimônio de uma capela da invocação do Senhor Santo Antônio, filial desta matriz, a qual escritura hei por boa e firme e  valiosa com o selo de própria mão assinar. E por este me obrigo em todo o tempo, nem em parte alguma, reclamar ou ir contra ela, antes quero que, hoje e para todo o sempre, se lhe dê todo o seu inteiro e devido cumprimento e para todo tempo constar, fiz este de minha letra, e sinal. Carijós, 7 de julho de 1758 anos (a) Úrsulla das Virgens Sacramento.’            .

Juntada a declaração acima ao, o juiz do tribunal eclesiástico, Mons. Ignacio Correia de Sá, mandou qu fossem ouvidas as testemunhas a fim de certificar se a fazenda “Água Limpa” era, realmente, de propriedade do suplicante. Após confirmado, o cônego Manoel Castello Branco exarou a seguinte sentença nos autos:

‘Vistos estes autos de patrimônio da capela de Santo Antônio da freguesia de Nossa Senhora da Conceição dos Carijós, testemunhas inquiridas, documentos e o mais que dos autos consta; mostram que, por petição do capitão Manoel de

Sá Tinoco e sua mulher se tem feito doação para o dito patrimônio, na quantia de nove mil réis, pagos anualmente dos reditos de uma fazenda, cita na mesma freguesia do Carijós, na passagem chamada Água Limpa; daquela fazenda são verdadeiros senhores e possuidores, os ditos doadores que a possuem de todo e qualquer embaraço = ajunte tudo. Visto. aceito a dita doação por parte da Igreja e julgo por bem o dito

Sá Tinoco e sua mulher se tem feito doação para o dito patrimônio, na quantia de nove mil réis, pagos anualmente dos reditos de uma fazenda, cita na mesma freguesia do Carijós, na passagem chamada Água Limpa; daquela fazenda são verdadeiros senhores e possuidores, os ditos doadores que a possuem de todo e qualquer embaraço = ajunte tudo. Visto. aceito a dita doação por parte da Igreja e julgo por bem o dito patrimônio em que para seu testemunho se lhe (ilegível) sua senhora; pagos os autos. Mariana, 12 de novembro de 1758. – (a.) Manoel Cardozo Frazão Castello Branco.’ 

Encerrou-se, assim, o processo de patrimônio da Igreja de Santo Antônio, ficando o Capitão Manoel de Sá Tinoco como seu protetor. Após sua morte, D. Úrsulla das Virgens ficou com o padroado, direito esse após sua morte passando a seus filhos padre Manoel de Sá Tinoco e o doutor José de Sá Tinoco. Dona Úrsulla das Virgens Sacramento faleceu em Carijós onde foi sepultada no interior da igreja matriz a 15 de agosto de 1799. Após a morte de , tomaram conta do templo sua viúva, Úrsula das Virgens, e, posteriormente, seus filhos Dr. José de Sá Tinoco e Manoel de Sá Tinoco.

Joaquim Lourenço de Baêta Neves, Barão de Queluz

Tempos depois, foi doado para os fundadores  da Irmandade de Santo Antônio de Queluz, fundada em 16 de outubro de 1870 pelo Barão de Queluz, Joaquim Lourenço Baêta Neves, que foi seu primeiro provedor.

(Continua)

 

 

 

 

 

Anjos de Patas: Dobermann

Samyra

Hoje vamos conhecer um pouco da raça Dobermann, uma raça elegante e amorosa! Um chicletinho que adoro!

Dobermann – Cão afetuoso, mas de forte personalidade

Conhecido também por Dobie.

Dobermann é uma raça de cães do tipo pinscher, oriunda da Alemanha. A raça foi desenvolvida inicialmente por Karl Friedrich Louis Dobermann em Apolda na Alemanha por volta de 1860. Foi a primeira raça criada especialmente para proteção.

Bem sucedido como cão de guarda de patrimônios, o cão Dobermann é também um bom animal de companhia, desde que integrado ao lar e a família.

Samyra e Vinícius

O Dobermann é um cão de porte médio a grande, com uma estrutura compacta, com resistência atlética e velocidade. O Dobermann tem um temperamento obediente, é vigilante e determinado.

Esta raça foi originalmente concebida como cão de guarda pessoal, os machos têm uma aparência musculosa e nobre, as fêmeas são mais elegantes.

O Dobermann não é um cão com personalidade e caráter que contenha agressividade gratuita. A raça, criada para guarda pessoal, possui instinto de agressividade peculiar a qualquer raça criada para esta função, mas adequadamente voltada a estranhos que representem ameaça. O Dobermann possui um temperamento de maior dominância. Cães dominantes não são indicados para proprietários inexperientes, em razão do grau de dificuldade em obter submissão e por consequência, controle total do cão.

O Dobermann possui um temperamento excelente e equilibrado, mas adequado aos donos experientes em disciplina e sociabilização canina.

Personalidade: 

Obediente

Energético

Leal

Destemido

Inteligente

Alerta

Confiante

 

Afetuoso e de indefectível apego à família, do tipo “chiclete”. Ele pode ser gentil com as crianças da família quando criados juntos.

Samyra e Viktor

É excelente cão de guarda, inteligente vigilante, corajoso e mesmo intrépido e muito atento a tudo o que acontece . Seu temperamento faz parte de seu padrão.

Samyra e Ully

Um Dobermann é ideal para você se você estiver pronto para assumir uma liderança amorosa com seu cão, treiná-lo de forma consistente e paciente dando a quantidade de exercícios físicos e desafios para a sua considerável inteligência. E não subestime a inteligência: o Dobermann está entre o mais inteligente de todas as raças.

Desenvolvido como um cão de guarda, o Dobermann tem uma habilidade inata, não só para proteger a sua família, mas também para antecipar o perigo e as ameaças. Como ele é muito esperto, ele muitas vezes não está errado.

O Dobermann tem uma grande quantidade de energia e precisa de muito exercício. Ele um cão da família e não deve ser deixado sozinho. Ele fica muito feliz quando é incluído nas atividades familiares.

Curiosidades! 

O coletor de impostos Karl Friedrich Louis Dobermann precisava de um cão de guarda para manter o dinheiro que ele carregava a salvo de ladrões. Ele teve a ideia de fazer o cruzamento de algumas raças que chegaram ao Dobermann conhecido hoje. E o nome da raça vem de seu sobrenome.

Em 2001, quando as torres do World Trade Center caíram, na busca e salvamento das vitimas eles tiveram a ajuda de Dobermanns para encontrar sobreviventes e corpos no subsolo.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a United States Marine Corp usou Dobermanns em combate como sentinelas, mensageiros e escuteiros.

Dobermanns são vistos em imagens de arquivos da batalha de Okinawa, um dos conflitos mais sangrentos da história americana.

Em 1994, um memorial de bronze de um Dobermann encomendado pelo United Doberman Club foi erguido em Guam. O memorial é chamado de “Always Faithful”(Fiel Sempre).

Eles são puro amor! 

Fontes: Wikipédia, Portal do dog e instagram.

Adoções!

 

 

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Fonte: Google

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Juntos para sempre, W. Bruce Cameron

Um cachorro morre e reencarna várias vezes na Terra. Embora encontre novas pessoas e viva muitas aventuras, ele mantém o sonho de reencontrar o seu primeiro dono, que sempre foi seu maior amigo.

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Por: Ully Danielly

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