Tive contato com alguém com covid-19, em quanto tempo posso ter sintomas?

Nas últimas semanas, a variante ômicron ganhou destaque nas notícias de saúde por conta de sua alta transmissibilidade, levando a um aumento exponencial no número de infectados no Brasil em poucas semanas. Em meio ao nosso contato diário com pessoas que testam positivo, fica a dúvida: qual o tempo de incubação da variante ômicron da covid-19?

Os motivos para a rápida transmissão da variante —sem levar em conta o afrouxamento da população em relação às medidas de proteção nas festas de final de ano— seriam as mutações sofridas pelo vírus Sars-CoV-2 (causador da covid-19), que permitiram com que se multiplicasse com maior rapidez e se adaptasse melhor às vias aéreas superiores (nariz, laringe e faringe).

O resultado disso é uma carga viral muito alta já nos primeiros dias de contágio, tornando qualquer espirro ou tosse de um infectado uma verdadeira bomba de contaminação. “Uma pessoa infectada com o vírus ômicron é capaz de infectar de 10 a 20 pessoas”, comenta Julival Ribeiro, médico infectologista do Hospital de Base do Distrito Federal e membro da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

Qual o tempo de incubação da variante ômicron da covid-19?

Mas não é só isso. A nova variante também está chamando atenção pelo menor tempo de incubação (período entre o contato com o vírus até a manifestação dos sintomas), que é de apenas dois ou três dias, em média, devido à sua velocidade de replicação no organismo, conforme mostra um estudo americano recente.

“Nas variantes anteriores esse tempo era de cinco dias”, cita o médico infectologista Alexandre Schwarzbold, professor da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e membro consultor da SBI.

No entanto, o intervalo para o surgimento dos sintomas pode ser um pouco diferente entre as pessoas por conta de algumas variáveis e características individuais como a carga viral a qual a pessoa foi exposta, a genética, o grau de imunidade, presença de comorbidades e, principalmente, se a pessoa foi ou não vacinada.

“Os não vacinados podem apresentar menor tempo de incubação em relação aos imunizados, uma vez que o vírus não encontra nenhuma resistência e se multiplica mais rápido no corpo. Sem contar que eles têm maior chance de apresentar sintomas, algo que está diretamente ligado à capacidade de multiplicação do vírus”, alerta Estêvão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia e também membro da SBI.

Por outro lado, possíveis pacientes assintomáticos raramente vão desenvolver sinais após as 72 horas depois da confirmação do teste, segundo o infectologista.

A boa notícia (se é que pode ser considerada mesmo positiva) é que exames também detectam a doença mais cedo, possibilitando iniciar o tratamento rapidamente naqueles que apresentam quadros mais graves. “O exame PCR pode detectar já nas primeiras 24 horas e o antígeno, no segundo dia”, fala Schwarzbold.

Tempo de transmissão não é menor

Apesar do período de incubação ser mais curto, o tempo que uma pessoa infectada continua espalhando o vírus não segue a mesma característica. “Ao contrário do que se pensava, o tempo de transmissão é igual ou maior do que as variantes anteriores, ou seja, não é de apenas cinco dias como se afirmava. Um novo estudo em andamento no Japão mostra que a excreção do vírus acontece até o nono dia”, comenta Schwarzbold.

Isso está fazendo com que o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos e os órgãos de saúde dos demais países revejam suas orientações em relação ao período de isolamento. “Para se ter ideia, o pico de contágio da ômicron acontece entre o terceiro e o sexto dia”, comenta o docente.

Por isso, ainda não há um consenso sobre o tempo de isolamento indicado para a variante ômicron. “Oriento aos sintomáticos e aqueles que estão com a covid-19 confirmada a fazerem o isolamento por dez dias. E àqueles que tiveram contato com doentes, o monitoramento de dois a cinco dias para avaliar se haverá sintomas e o isolamento por sete dias, retomando as atividades com os devidos cuidados necessários como o uso de máscara e higienização das mãos”, recomenda Urbano.

Já os pacientes imunossuprimidos devem fazer um isolamento de cerca de 20 dias, uma vez que seu organismo demora mais para conter a infecção, de acordo com Ribeiro.

FONTE UOL

Anvisa libera venda de autotestes de Covid-19 em farmácias

Mesmo com a decisão, exames não estarão disponíveis nas prateleiras imediatamente, pois fabricantes precisam iniciar processo de registro dos produtos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu liberar a venda de autotestes de Covid-19 no país. A decisão teve unanimidade entre os quatro diretores da autoridade sanitária, em reunião realizada nesta sexta-feira (28).

A comercialização dos exames tem como objetivo ampliar os métodos de testagem, estimular o isolamento precoce e permitir a identificação do fim do período de transmissão da doença (com o resultado negativo após o isolamento), em meio à explosão de casos com a circulação da variante ômicron.

A política pública proposta pelo Ministério da Saúde não prevê a distribuição de autotestes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A venda será exclusiva em farmácias físicas ou virtuais e o exame será feito de forma 100% doméstica, com coleta nasal ou de saliva e resultado em torno de 10 a 20 minutos.

Caso o resultado seja positivo, a pessoa deverá se isolar imediatamente. Além disso, deverá procurar uma unidade de atendimento de saúde ou um teleatendimento para que um profissional da saúde realize a confirmação do diagnóstico e faça a notificação às autoridades sanitárias.

A avaliação por um profissional será necessária porque o autoteste funcionará como uma “triagem” e não será considerado como comprovante para viagens ou para licença médica laboral, por exemplo, porque a classificação da doença no laudo só pode ser assinada por um médico.

As orientações são para pacientes com sintomas leves de Covid-19. Em caso de quadros graves da doença, o Ministério da Saúde informou que a busca por atendimento médico deverá ser realizada imediatamente. A pasta também recomendou que os fabricantes disponibilizem um sistema de registro de resultados pela internet. O canal, no entanto, não é obrigatório.

Mesmo com a decisão pela aprovação, os autotestes não estarão disponíveis para compra imediata nas farmácias. Isso porque as marcas que fabricam os produtos ainda terão que pedir o registro, o que acontece também na Anvisa, com base na decisão desta sexta. Depois da liberação, as fabricantes poderão comercializar os exames.

A autoridade sanitária informou que irá intensificar o monitoramento por autotestes irregulares no mercado. Segundo a Anvisa, na próxima semana será iniciada uma ferramenta de varredura para identificar a venda de produtos sem registro.

Apesar de ter poder de voto, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, não participou da votação nesta sexta. Segundo a assessoria de imprensa, a ausência foi por motivo pessoal relacionado à saúde na família. A relatora foi a diretora Cristiane Rose Jourdan Gomes, que afirmou a “necessidade latente” de maior testagem no país.

Na avaliação dela, a liberação dos autotestes funciona como uma “excelente estratégia de triagem e controle da pandemia, principalmente porque neste momento o contágio é grande e muitas pessoas não conseguem ter acesso aos testes pelo SUS ou pelos laboratórios da rede privada”. Votaram também os diretores Meiruze Sousa Freitas, Alex Machado Campos e Rômison Rodrigues Mota.

Durante o voto, Rômison destacou a necessidade de acompanhamento dos preços dos produtos. Ele pontuou que houve aumento nos preços praticados ao redor do mundo por conta da alta demanda, mas defendeu que, no Brasil, os autotestes sejam comercializados a um valor inferior aos de uso profissional, já que dispensam a realização em laboratórios e farmácias e a execução por profissionais de saúde.

O diretor acrescentou que a Anvisa não tem poder de estabelecer preços máximos de dispositivos médicos, mas considerou “fundamental que os órgãos de proteção e defesa do consumidor continuem ações para coibir práticas de mercado que podem ser consideradas abusivas, uma vez que, a depender dos preços praticados, tais produtos não serão acessíveis a parcela considerável da população”.

A liberação da venda de autotestes estava na mesa dos diretores da Anvisa desde 14 de janeiro. Cinco dias depois, a autoridade sanitária decidiu adiar a decisão pela falta de uma política pública consistente para garantir a efetividade dos exames. Na noite de terça-feira (25), o Ministério da Saúde complementou as informações do processo.

FONTE O TEMPO

Congonhas (MG): cidade confirma óbito, 65 novos casos e tem aumento de leitos ocupados

A Secretaria Municipal de Saúde informa que, até às 12h desta sexta-feira, 28 de Janeiro de 2022, 9.885 casos de Covid-19 haviam sido confirmados em Congonhas. Deste total, 9.004 pacientes já receberam alta. Foram confirmados 65 novos casos nas últimas 24 horas e estão sendo monitorados 1.121 casos da doença.

A ocupação de leitos clínicos para pacientes com coronavírus está em 60% e de UTI está em 50%.

Foram confirmados 111 óbitos por Covid-19 sendo uma confirmação nas últimas 24h. Até o momento 31 óbitos foram descartados e não há nenhum óbito suspeito em investigação no momento.

A pandemia ainda não acabou por isso é muito importante que todos colaborarem na prevenção do contágio. Mantenha o isolamento social, use máscara de proteção facial e higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel com frequência.

Tomar as vacinas é fundamental. Confira o seu cartão e mantenha seu quadro vacinal completo e em dia. Vacinas evitam quadros graves da doença e salvam vidas.

Ao sentir os sintomas da doença, antes de procurar os serviços de saúde, ligue para:
– Unidade Básica de Saúde mais próxima. (Veja os números abaixo)
– UPA: 3732-1070
– Hospital Bom Jesus: 3732-3200

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

Alto Maranhão – 3733-2158
Alvorada – 3731-1746
Basílica – 3731-7960
Campinho – 3732-2257
Centro I – 3732-1376
Centro II – 3731-5750
Cinquentenário – 3731-2371
Dom Oscar I e II – 3732-1946
Ideal – 3731-4365
Jardim Profeta I e II – 3732-1945
Jardim Vila Andreza – 3731-4365
Joaquim Murtinho – 3733-1483
Lamartine – 3731-9310
Lobo Leite – 3733-3160
Pires – 3733-5074
Primavera – 3731-5235
Residencial – 3731-2036
Santa Mônica – 3731-6577
Santa Quitéria – 3733-4041
Vila Cardoso – 3733-6030
Vila São Vicente – 3731-2860

URGENTE: Idoso é mais uma vítima do COVID na região

Lamim (MG) confirmou ontem 5 novos casos de covid-19 e uma morte de um idoso. Agora em janeiro foram 377 infectados em janeiro, o que perfaz 14 caos/dia.
O número é expressivo já que representa mais de 100% de aumento em relação a todo o ano de 2021 com 160 casos confirmados. A cidade tem 1 pacientes internados, 6 casos suspeitos em isolamento e 39 infectados em quarentena.
Lamim vive um dos cenários epidemiológicos mais dramáticos da Macro Centro-Sul, com sede em Barbacena, que reúne 51 municípios.

Vereadora é diagnostica com covid-19 e reforça vacinação: “a pandemia não acabou”; Ouro Branco chega a 705 casos em janeiro

Em um vídeo divulgado nesta semana nas redes sociais, a Vereadora Valéria Melo (PDT) e ex-prefeita de Ouro Branco, confirmou que infectada pelo Covid-19, após a 3ª dose.
Ela afirmou que na terça-feira teve alguns sintomas do vírus e resolveu buscar atendimento médico no posto de saúde. Após o exame, foi constatada a infecção.
“A doença não acabou e temos que tomar os cuidados necessários. Todos sabem que fui muito criteriosa e até mesmo chata com as recomendações sanitárias na Câmara”, assinalou. Ela reforçou a importância da vacinação para conter a disparada do vírus.

Cenário epidemiológico

Ontem (27) foi divulgado o boletim epidemiológico em Ouro Branco com 87 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando a 705 infectados em janeiro, o que perfaz 26 ao dia.
São 299 pacientes contaminados em monitoramento e 505 suspeitos em quarentena.

https://youtu.be/O3h2deFSk34

Região: Secretaria de Saúde confirma afastamento de 15,47% dos servidores por Covid-19 e implementa medidas sanitárias

Atendimentos presenciais estão temporariamente suspensos na sede da Secretaria de Saúde, mas serviços de urgência continuam a ser oferecidos. Ao todo, 15 setores de São João del-Rei estão enfrentando surto de casos de Covid-19

A Secretaria Municipal de Saúde de São João del-Rei confirmou que 15,47% dos servidores da sede administrativa da pasta testaram positivo para a Covid-19 nesta quinta-feira (27). Diante disso, a Secretaria emitiu uma nota técnica onde informa que 15 setores administrativos e econômicos da cidade estão passando por surto de novos casos do coronavírus. Nesta sexta-feira (28), em prevenção ao avanço de casos de coronavírus, a sede da Secretaria Municipal de Saúde passará por uma desinfecção e os atendimentos presenciais estão temporariamente suspensos.

De acordo com a nota, 15 setores da cidade encontram-se em surto de casos de Covid-19, sendo estes: Albergue Santo Antônio, APAC, Banco Itaú, Câmara Municipal, Conecta, Exército, Hospital Nossa Senhora das Mercês, MartMinas, Santa Casa de Misericórdia, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Fazenda, Presídio regional, Policlínica Central, UAI e UFSJ.

Em contato com a nossa reportagem, o secretário municipal de Saúde, Renê Marcos, informou que os atendimentos de urgência na secretaria, como o transporte para atendimento em outras localidades, continuarão sendo disponibilizados e pede para que a população compreenda as operações reduzidas devido ao afastamento de vários profissionais do município.

Confira a nota técnica na íntegra abaixo.


Com informações do Mais Vertentes

FONTE ACONTECE BARBACENA

Hoje (27) tem vacinação para crianças de 10 anos; confira o calendário para os próximos dias

A Secretaria Municipal de Saúde informa o INÍCIO da Vacinação de 1ª Dose para crianças com 10 anos completos
Confira o calendário e fique atento as datas de nascimento:
➡ Quinta-feira, 27/01 das 08:30 às 16h:
Público: Crianças com 10 anos completos nascidas de 1 de janeiro a 30 de abril
➡ Sexta-feira, 28/01 das 08:30 às 16h:
Público: Crianças com 10 anos completos nascidas de 1 de maio a 31 de agosto
➡ Segunda-feira, 31/01 das 08:30 às 16h:
Público: Crianças com 10 anos completos nascidas de 1 de setembro a 31 de dezembro
➡ Local:
Salão Paroquial Ingrig Myrna Maciel (Edifício Imaculada)
Praça Barão de Queluz, 27B – Centro
Documentação a ser apresentada:
ORIGINAL e CÓPIA:
• RG ou outro documento com foto;
• Comprovante de residência;
• CPF ou Cartão Nacional SUS.
✅ A criança deverá estar acompanhada de seus pais e/ou responsáveis

Diário da Covid-19: Brasil volta a superar a média global de casos e de óbitos

Falta de testes e desinformação governamental impedem o país de ter uma real dimensão do tamanho da pandemia neste início de 2022

Para quem, genuinamente, esperava que o final de 2021 fosse também o começo do fim da pandemia, a nova onda pandêmica de janeiro de 2022 tem sido um duro golpe na esperança de vencer o SARS-CoV-2 e nos sonhos de retorno à normalidade. O número de infectados em 24 horas, no mundo, bateu recordes inimagináveis com os registros superando 4 milhões de casos, no dia 19/01, e com a média móvel de 7 dias ultrapassando a marca de 3 milhões de casos diários. Todas as marcas anteriores foram igualmente superadas no Brasil, com o registro de mais de 200 mil casos no dia 19/01 e uma média móvel de mais de 130 mil casos diários no dia 22/01. O número de óbitos também aumentou no Brasil e no mundo, mas em menor proporção.

O panorama nacional e global dos casos da covid-19

O primeiro registro da covid-19 no Brasil ocorreu no dia 26 de fevereiro de 2020, após um teste positivo de uma pessoa do sexo masculino, de 61 anos, de São Paulo, que havia retornado da Itália. Neste mesmo dia o mundo já havia registrado mais de 80 mil infecções pelo novo coronavírus. O primeiro surto de covid-19 no Brasil começou com uma certa defasagem temporal, mas, a partir do final de abril de 2020, a média móvel brasileira ultrapassou a média global e permaneceu assim por cerca de um ano e meio, conforme mostra o gráfico abaixo.

O Brasil manteve o seu coeficiente de incidência (casos por milhão de habitantes) acima do coeficiente global de maio de 2020 a outubro de 2021. Entre novembro de 2021 e meados de janeiro de 2022 o Brasil conseguiu manter média nacional de casos abaixo da média global. No dia 17/01, a média de casos brasileira estava em 351 casos por milhão e a média mundial estava em 366 casos por milhão de habitantes. Todavia, as duas curvas epidemiológicas se inverteram no dia 18/01 e chegaram, respectivamente, a 556 e 411 casos por milhão, no dia 21 de janeiro.

Neste surto pandêmico do ano novo provocado pela variante Ômicron, muitos países estão batendo, repetidamente, tristes recordes de volume de casos da covid-19. Israel e Dinamarca, que tiveram certo sucesso em controlar as ondas anteriores, chegaram, respectivamente, a impressionantes médias de 7 mil e 6 mil casos diários por milhão. Mesmo Uruguai e Austrália, que pareciam protegidos de uma transmissão comunitária descontrolada do vírus, enfrentam uma situação difícil agora, com média móvel acima de 3 mil casos por milhão de habitantes no dia 21/01, números bem acima da média brasileira.

A dinâmica internacional da pandemia, inclusive os exemplos da América do Sul, indicam que o Brasil ainda está distante de atingir o pico desta 4ª onda. A taxa de transmissão da covid-19 no Brasil está em 1,6, segundo dados da plataforma de monitoramento Info Tracker, criada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de São Paulo (USP). Isto significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem a doença para outros 160 indivíduos.

Por isto, as projeções do Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação (IHME), da Universidade de Washington, indicam que o Brasil pode ultrapassar a marca de 1 milhão de infecções diárias. Talvez esta alta contaminação não apareça plenamente nas estatísticas oficiais pois o país não tem testes suficientes para a alta demanda e o Ministério da Saúde ainda está com problemas para atualizar as informações. Por exemplo, o estado de São Paulo tem registrado atualmente menos casos do que o município de São Paulo. Além do mais, muitas pessoas que apresentam sintomas leves da variante Ômicron, especialmente aquelas plenamente vacinadas, nem procuram o sistema de saúde e não são incluídas no sistema estatístico da covid-19.

O panorama nacional e global dos óbitos da covid-19

A primeira morte provocada pela covid-19 no Brasil, um senhor de 62 anos, ocorreu no dia 17 de março de 2020, em São Paulo. No dia 18 de abril, em termos acumulados, o Brasil registrou 2,4 mil óbitos e o mundo, 166,4 mil óbitos. Neste dia a média móvel de 7 dias estava em 0,9 óbitos por milhão de habitantes. Mas, a partir de 19/04, a média móvel de vidas perdidas do Brasil deu um salto e chegou a cerca de 5 óbitos por milhão em meados de 2020 e ultrapassou 14 óbitos por milhão em abril de 2021, enquanto a média mundial ficou sempre abaixo de 2 óbitos por milhão de habitantes, conforme mostra o gráfico abaixo.

A novidade ocorreu entre dezembro de 2021 e 18 de janeiro de 2021, quando a média de falecimentos pela covid-19 no Brasil ficou abaixo da média mundial. Porém, a partir do dia 19/01, o Brasil voltou a apresentar maiores coeficientes de mortalidade. No dia 21/01, o Brasil apresentou 1,2 óbitos por milhão e o mundo, 1 óbito por milhão de habitantes. Na virada do ano, o Brasil tinha uma média de menos de 100 óbitos diários e passou para mais de 250 óbitos diários no fim da 3ª semana epidemiológica do corrente ano, enquanto o mundo passou de 6 mil óbitos para 8 mil óbitos diários no mesmo período.

O fato é que os surtos de SARS-CoV-2 vieram para ficar e, em breve, teremos a transição para a endemicidade. Todavia, para minimizar o volume de óbitos será preciso maximizar a capacidade mundial de gerenciar os surtos. Atualmente, o volume de vidas perdidas é cerca de 50% menor do que o ocorrido há um ano, embora o montante ainda seja alto. É certo que nem sempre será possível prever o caminho do vírus, mas a sociedade deve estar preparada para se adaptar a ele, buscando controlar os efeitos negativos da morbimortalidade covídica.

A mortalidade acumulada da covid-19 e o excesso de óbitos

Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o mundo já acumulou mais de 5,5 milhões de vidas perdidas para o novo coronavírus, desde o início da pandemia. Mas os demógrafos e epidemiologistas consideram que existe uma subestimação significativa do número verdadeiro do acúmulo de óbitos. Descobrir a real dimensão da pandemia é um desafio de pesquisa complexo.

O artigo de David Adam, “The pandemic’s true death toll: millions more than official counts”, publicado na revista Nature (18/01/2022) apresenta dois modelos que tentam estimar não só o número registrado dos casos da covid-19, mas também o excesso de mortalidade. Não é uma tarefa simples, pois mais de 100 países não coletam estatísticas confiáveis ​​sobre mortes esperadas ou reais, ou não as divulgam em tempo hábil. Há esforços para diminuir as incertezas, tanto de acadêmicos quanto de jornalistas que usam métodos que variam de imagens de satélite de cemitérios a pesquisas porta a porta e modelos de computador de aprendizado de máquina que tentam extrapolar estimativas globais a partir dos dados disponíveis.

O gráfico abaixo apresenta os dados globais confirmados de óbitos da covid-19 (5,5 milhões) até meados de janeiro de 2022 e o resultado de dois modelos: 1) da revista The Economist e 2) do Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação (IHME), da Universidade de Washington. A primeira estimativa varia entre 12 e 22 milhões de mortes em excesso, com o número mais provável em torno de 19,45 milhões de óbitos. A segunda estimativa varia de 9 a 18 milhões de mortes em excesso, com o valor mais provável de 13 milhões de óbitos.

As discrepâncias são enormes. Mas os estudiosos consideram que as estimativas vão melhorar na medida em que mais dados estejam disponíveis. A luta para calcular o número global de mortos, enquanto a pandemia se desenrola, é um exercício que combina modelagem estatística sofisticada com boa coleta de dados. Por enquanto, as estimativas são provisórias e imprecisas, mas buscam corrigir números oficiais claramente subestimados, como as pouco menos de 5.000 mortes por covid-19 registradas na China, o que representa apenas 3 óbitos por milhão de habitantes.

Considerando os óbitos registrados no mundo e nos 10 países mais populosos, o gráfico abaixo mostra que o montante global de vidas perdidas chegou a 5,59 milhões de óbitos no dia 21 de janeiro de 2022.  Os 10 países apresentam os seguintes valores: EUA com 864,6 mil óbitos, Brasil 622,9 mil, Índia 488,9 mil, Rússia 318,2 mil, Indonésia 144,2 mil, Paquistão 29,1 mil, Bangladesh 28,2 mil, China 4,6 mil e Nigéria com 3,1 mil óbitos.

Mas considerando o excesso de mortes, o gráfico abaixo, com base nas estimativas da revista The Economist, mostra números bem superiores e uma diferente ordem no ranking dos países. O excesso global de mortes foi estimado em 19,45 milhões de óbitos, sendo que a Índia aparece como o país mais atingido pela pandemia com 5,14 milhões de óbitos. Os EUA viriam em segundo lugar com 1,2 milhão de óbitos. A Rússia ficaria em terceiro lugar com 1,11 milhão de óbitos. Indonésia com 816,8 mil, Paquistão com 796,2 mil e China com 775,1 mil óbitos, os 3 aparecendo na frente do Brasil com 725,4 mil óbitos. Em seguida aparecem México com 672,1 mil, Bangladesh com 614,7 mil e Nigéria com 238,8 mil óbitos.

É claro que estes modelos estatísticos não devem ser interpretados no pé da letra, mas sim como uma estimativa de um leque de possibilidades que vão além das limitações dos números oficiais. Somente com o aperfeiçoamento dos dados, com maior testagem, melhor monitoramento dos casos e bons registros de óbitos se pode ter uma ótima avaliação do real impacto da covid-19. Conhecer a dimensão da doença é um passo necessário para vencê-la e uma condição para retomar a tendência histórica de aumento da expectativa de vida no Brasil e no mundo.

FONTE PROJETO COLABORA

Brasil volta a ter mais de 400 mortes por covid em 24 horas

Número tão alto de óbitos não era registrado desde 13 de novembro. Com mais de 183 mil novas infecções, média móvel de casos atinge recorde pelo oitavo dia consecutivo.

Nesta terça-feira (25/01), o Brasil voltou a registrar mais de 400 mortes por coronavírus em 24 horas. É a primeira vez que isso ocorre desde o dia 13 de novembro. Ou seja, há mais de dois meses – ou exatos 74 dias -, o número de óbitos devido à doença não era tão grande no país.

Conforme dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil teve 487 mortes e 183.722 novos casos de covid-19 confirmados nesta terça. Em 13 de novembro, ocorreram 731 óbitos.

Esses números também indicam que a média móvel de casos dos últimos sete dias chegou a 157.060 e atingiu a maior marca desde o começo da pandemia, em março de 2020. Foi o oitavo dia consecutivo de recorde.

A média móvel de mortes está em 332 por dia – ainda distante do recorde nesse índice, o que ocorreu em abril de 2021, quando os óbitos alcançaram a média de mais de 3 mil por dia.

Com as estatísticas divulgadas nesta terça pelo Conass, o Brasil atingiu 24.311.317 infecções e 623.843 mortes desde o início da pandemia de coronavírus.

Em relação à vacinação, o país tem mais de 148 milhões de pessoas – em torno de 70% da população – imunizadas, ou seja, que receberam ao menos duas doses.

gb (Reuters, ots)

FONTE DW

Hoje (26) tem vacinação para crianças de 11 anos em Lafaiete (MG)

A Secretaria Municipal de Saúde informa o INÍCIO da Vacinação de 1ª Dose para crianças com 11 anos completos
Confira:
➡ Quarta-feira, 26/01 das 08:30 às 16h:
Público: Crianças com 11 anos completos nascidas de 1 de setembro a 31 de dezembro
➡ Local:
Salão Paroquial Ingrig Myrna Maciel (Edifício Imaculada)
Praça Barão de Queluz, 27B – Centro
Documentação a ser apresentada:
ORIGINAL e CÓPIA:
• RG ou outro documento com foto;
• Comprovante de residência;
• CPF ou Cartão Nacional SUS.

✅ A criança deverá estar acompanhada de seus pais e/ou responsáveis

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