Zilda Helena (PT) e Giuseppe Laporte discutem dobradinha

As articulações estão intensas em Lafaiete (MG). Os pré candidatos pelo PT e o Podemos, Zilda Helena e Giusepe Laporte, reuniram nesta segunda-feira (8/4), onde discutiram a possibilidade de formar uma chapa na eleição majoritária para prefeito entre os dois partidos. A reunião faz parte das estratégicas entre os partidos, assim como para negociar acordos e alianças políticas visando a ampliação do apoio eleitoral.

Em Lafaiete ao menos 10 pré candidaturas já foram confirmadas e ambas buscam ainda alianças. O prazo de registro das candidatura se encerra em 15 de agosto.

Disputa deve ser polarizada em Catas Altas da Noruega (MG)

Catas Altas da Noruega (MG) completou 61 anos de emancipação política no último dia 1º. Sua história é marcada pelas bandeiras, ouro, Estrada Real, mineração e fé. Ela começou a ser povoada aproximadamente em torno de 1690 por membros das bandeiras de Miguel Garcia e do coronel Salvador Furtado de Mendonça enquanto exploravam a região da Serra de Itaverava.

Como a cata de ouro era fácil, encontrando o precioso mineral até nas raízes das plantas, o povoado cresceu e assim nasceu as “Catas Altas”, seu primeiro nome.

Pelos idos de 1750, surgiram os primeiros sinais de decadência da mineração do ouro, ocasionada pelo progressivo esgotamento das minas superficiais, e ainda pelo elevado montante fixado para a cobrança do imposto do quinto da Coroa, que não era somente estendido aos mineiros, mas também a pessoas que se dedicavam a outras profissões.

Diante dessa situação, e incentivados pela iniciativa do Conde de Bobadella, o governador da Capitania das Minas Gerais, que procurou incentivar novas descobertas, os garimpos de Catas Altas e o da Noruega (atual localidade rural do município) foram reativados e se uniram, originando o nome atual da cidade: Catas Altas da Noruega.

As eleições

Neste contexto histórico e cultural, as eleições já inflamam a cidade. Há menos de 20 dias, uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato de 3 vereadores por fraude. Com a mudança, a Casa Legislativa ganhou uma nova composição com 7 vereadores de oposição.

O cenário é de polarização entre os grupos rivais. O novo presidente é o Vereador Weber Lobo Neiva (PP), conhecido como “Juninho”, é descente de família de longa tradição e que emprestou diversos nomes na galeria de gestores locais. Então, o novo comandante do Legislativo é citado com um dos principais nomes da oposição na sucessão municipal. Ele é irmão do ex-prefeito Gerson Lobo Neiva (2013/2020), mas que recentemente sofreu um revés de uma condenação de 2ª instância ficando inelegível.

Por outro lado, o atual Prefeito Paulo Ladislau Batista (PMN), mais conhecido como “Paulinho” segue firme na busca de sua reeleição. Segundo informações, ele deve repetir a chapa vitoriosa de 2020, quando venceu com uma votação de 1.782 (54,11%) contra seu adversário Celinho do Zinho (PP) que obteve 1.511 votos (45,89%).

A disputa promete agitar a pequena e simpática Catas Altas da Noruega.

Será que Piranga (MG) terá candidato único pela 1ª vez em sua história?

Piranga (MG) nasceu como Arraial de Nossa Senhora da Conceição do Guarapiranga, uma referência à devoção à Virgem Maria, trazida ao Brasil pelos portugueses, e ao pássaro Guará, que povoava as margens do Rio Piranga.

Fato histórico importante na região foi o combate decisivo da Guerra dos Emboabas entre 1708 a 1710, que ocorreu entre as forças paulistas e dos Emboabas, na região da fazenda da Cutia, hoje Santo Antônio do Pirapetinga (Bacalhau). A partir deste combate, com a intervenção do Governador Federal deu-se e a criação das Províncias de São Paulo e Minas Gerais.

Além do forte apelo cultural, Piranga é marcada por brigas políticas históricas perpetuadas ao longo do tempo. A proximidade das eleições já mexe com os piranguenses e a cidade já vive o período pré-eleitoral nos bastidores.

Mas um fato inédito pode marcar o pleito de 6 de outubro. O Prefeito Luiz Araújo (PMN), popularmente por Luizinho, vem sendo citado nas rodas de conversas de que seria candidato único em Piranga.

As informações creditam que Luizinho e o vice Arlindo vão reeditar adupla  vitoriosa em 2020, quando venceram a chapa encabeçada pelo médico Eduardo Guimarães (PSDB) pela diferença de pouco mais de 1 mil votos. Na história recente, os dois candidatos eram aliados.

A oposição

Nossa reportagem conversou com algumas lideranças que pediram sigilo nas informações. “Luizinho não será candidato único. Pode escrever”, disse um político local.

Mas a oposição vem se reunindo para oficializar um nome de consenso, mas os ex-prefeito Eduardo, José Carlos, como também Carlinhos do Sindicato, nome ventilados nos bastidores, não devem entrar na disputa.

Então, quem será o candidato da oposição?. Nesta incerteza da escolha, pode surgir o nome do Vereador Pastor Nélson (Republicanos). “Caso eu tenha o apoio incondicional do meu grupo e das lideranças de oposição, coloco meu nome a disposição”, confidenciou a nossa reportagem.

Resta ainda, se o Partido dos Trabalhadores virá com algum candidato na disputa.

Cristiano Otoni caminha para a polarização: o atual prefeito Carlos Vieira e “Breno Coveiro” vão disputar as eleições

Cravado entre as montanhas da Serra da Mantiqueira, o Município de Cristiano Otoni começou a ser povoado há cerca de 300 anos, quando chegaram ao terreno acidentado e de clima ameno os primeiros Bandeirantes. Mas a cidade deve mesmo o seu desenvolvimento à Estrada de Ferro Central do Brasil.

Neste contexto histórico, ao contrário das eleições anteriores, o pleito de Cristiano Otoni (MG) caminha para uma polarização.

De um lado o Prefeito Carlos Vieira (PP) ungido das urnas em 2020 com mais de 52% dos votos válidos chegando a 1.748 votos. Sempre muito polido e com humildade peculiar, Carlos acredita no retrospecto de seu mandato para emplacar o seu o 3º mandato a frente de Cristiano Otoni. O prefeito conta com diversos apoios de lideranças e de siglas para a sua reeleição.

Carlos assumiu seu primeiro mandato em 2013 quando da morte prematura do então do prefeito José Márcio Ribeiro Dutra. Em 2016, não concorreu as eleições, mas apoiou a eleição de José Elcio em 2018 chegou ao poder após vencer as eleições suplementar após a impugnação de José Nery, que foi o vencedor em 2017, mas teve o registro de candidatura indeferido por ter as contas públicas de seu mandato anterior como prefeito rejeitadas pela Câmara Municipal.

Oposição

A oposição marchará unida em torno do candidato Breno de Oliveira Dutra Baeta, mais conhecido como “Breno Coveiro”. Formado em ciências sociais, ele é uma figura singular na cidade de atua como coveiro no cemitério municipal.

Em 2020, ele ficou em segundo lugar no pleito com 32,73%, o correspondeu a 1.097 votos à frente do então prefeito José Elcio que tentava a reeleição. Agora, Breno conta com o apoio do ex-prefeito, José Elcio.

A disputa promete em Cristiano Otoni.

São Brás X Jeceaba: Vallourec contesta prefeito, diz que empresa está sediada em Jeceaba (MG) e reforça que os licenciamentos ambientais estão em dia

A Vallourec esclareceu a nossa reportagem que o seu empreendimento está localizado de forma integral no território de Jeceaba (MG). A resposta veio um dia após o Prefeito de São Brás do Suaçuí, Dunguinho (Republicanos), divulgar a nota questionando a delimintação da área onde está instalada a planta da siderúrgica.

A empresa também reforçou que está com o licenciamento ambiental regular e que cumpre todas as medidas de mitigação acordadas com os órgãos competentes.”A Vallourec reafirma o seu compromisso com a segurança, o meio ambiente, a ética e a transparência em todas as suas ações, sempre atuando conforme legislação vigente e orientada pelos órgãos fiscalizadores e reguladores”, disse a nota da Vallourec.

Entenda o caso

Uma das principais questões levantadas em um processo judicial é a delimitação territorial entre os municípios de Jeceaba e São Brás do Suaçuí, onde está localizada a sede da VSB. O argumento central é de que a Vallourec é localizada após o limite de jeceaba, adentrando o espaço de São Brás do Suaçuí. Sendo assim o principal questionamento reside na inadequação da distribuição tributária, visto que a VSB, embora opere dentro de uma parte da área rural de São Brás do Suaçuí, tem direcionado suas contribuições fiscais somente para o município de Jeceaba. Tal discrepância não apenas prejudica a justiça fiscal, mas também priva São Brás do Suaçuí de recursos vitais para o desenvolvimento local”, disse o Prefeito.

Em junho de 2023, a Prefeitura Municipal de São Brás do Suaçuí iniciou uma ação liminar em busca de justiça tributária e ambiental contra a Vallourec Soluções Tubulares do Brasil (VSB), uma vez que, desde a instalação da empresa na região, o município vem sofrendo impactos significativos devido à sua atividade industrial. Esta ação é movida não apenas contra a VSB, mas também contra a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e a Fundação Estadual do Meio Ambiente, responsáveis pelo processo de licenciamento ambiental para as operações da empresa; além do município vizinho de Jeceaba, cidade onde a empresa está instalada.

“Além disso, as atividades da VSB têm causados danos significativos ao meio ambiente e à qualidade de vida dos cidadãos de São Brás do Suaçuí, uma vez que a indústria siderúrgica é responsável pela emissão de uma série de gases poluentes como, por exemplo, óxidos de enxofre (SOx), monóxido de carbono (CO) e metano (CH4), bem como poluição em seu meio antrópico. A poluição atmosférica resultante de suas operações industriais é uma fonte de preocupação constante, afetando a saúde e bem-estar da população local. O não cumprimento das condicionantes do licenciamento ambiental, evidenciadas por um longo estudo da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), aprofunda essa preocupação, revelando uma clara negligência por parte da empresa em relação às suas responsabilidades ambientais”, disse o Prefeito Dunguinho.
Ele disse que processo em questão visa não apenas corrigir as distorções na distribuição de receitas tributárias, mas também garantir que a VSB seja responsabilizada pelos danos que causa ao meio ambiente e à comunidade de São Brás do Suaçuí. A busca por uma compensação financeira justa é uma medida crucial para assegurar que o município tenha os recursos necessários para diminuir os impactos negativos e promover o desenvolvimento sustentável. O processo tem o objetivo de comprovar que a VSB está sediada dentro do território de São Brás do Suaçuí para que, assim, a cidade possa receber as compensações financeiras como acontece com o município vizinho de Jeceaba, com o consequente recolhimento ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano, participação em ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, além do recolhimento retroativo dos últimos 05 anos de toda a relação jurídica tributária com o município.

Embora a primeira decisão do juízo da Comarca de Entre Rios de Minas possa ter sido desfavorável, o município de São Brás do Suaçuí está determinado a continuar a luta por justiça. Um recurso foi apresentado ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais para que o mérito possa ser julgado.

11 pretendentes estão na disputa em Itaverava. Quem são os nomes? Doação de terrenos é alvo de polêmica

Na tri-centenária cidade, berço de Minas, onde a política é alvo preferido nas rodas de conversas e abastece uma boa prosa no café, na Terra de Marília de Dirceu, o prato preferido é a sucessão municipal que movimenta os bastidores políticos.

Tanto no Alto Paraopeba como no Vale do Piranga, Itaverava (MG) ostenta as estatísticas de cidade com maior número de pré-candidatos. No total são 11 e ainda há informações de que novos nomes podem ampliar o leque de escolha dos mais de 5 mil eleitores. A cidade já vive o clima político. Em 2020, o atual mandatário, José Flaviano Pinto (PL) venceu o pleito com 3.126 votos, o que representou 71,47% contra seus outros 2 oponentes. “Nô”, como é conhecido popularmente o prefeito, venceu e convenceu chegando a maior balaiada de toda a região.

Desde o início de seu mandato ele vem costurando alianças para que seu grupo permaneça a frente da prefeitura, tanto que um dos seus adversários na eleição de 2020 é hoje pré-candidato: Rogério Acrísio, atual secretário de transportes, chegou nas eleições em 2º lugar.

Na situação, surgem mais 2 pré-candidatos que são atuais secretários: Ângela Carvalho (educação) e o Chefe de Gabinete, Walter Júnior. Isso sem contar que o vice-prefeito, Fábio Pereira, também tem pretensões de suceder o Prefeito Nô. Ainda segue na lista de nomes do grupo, o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Itaverava, Joaquim de Marselha, cargo já ocupado pelo atual mandatário antes de chegar a chefiar o Executivo.

Da Câmara, despontam dois pretendentes: o atual presidente, o veterano vereador, Wagner Carvalho, o “Tati”, e a jovem liderança, Vinicius Resende. Também o mecânico e homem de confiança do prefeito “Chalon do Fiinho” também pode aparecer nas pesquisas de intenção de voto. Seu nome foi lançado como pré-candidato a prefeito em setembro de 2023.  

Como diz o ditado popular: em time que está ganhando todos querem entrar. Com 7 ou 8 nomes no grupo do Prefeito Nô, uma pesquisa eleitoral vai definir a chapa. Será que os pretendentes vão aceitar o resultado ou pularão para a oposição ou mesmo uma candidatura própria?

Oposição

A oposição tem pela frente uma missão derrubar o grupo e retomar as rédeas da administração. Quatro 4 nomes, destes 2 devem sair da Câmara. Tratam-se dos vereadores Onil Elias Pinto e Vanderlei Neiva. Também surge na lista, mas conversando com os dois grupos, o nome de Reginaldo Silva, o Xexeu, que ficou em segundo lugar na disputa em 2020.

Outro pretendente é também o ex-vereador e filho do ex-prefeito Itamar Reis Carvalho, José da Costa Carvalho, que nunca escondeu que seu sonho é chegar ao posto no qual seu pai e tio, Arnaldo Reis Carvalho, já estiveram nas décadas de 60 a 80, e desde então a família não voltou ao poder.

Doações de lotes viram alvo de polêmica em ano eleitoral

As eleições já aportaram em Itaverava e a sucessão já foi desencadeada. Na terça-feira (20), uma sessão incendiou os grupos políticos na cidade. O Prefeito Nô foi a reunião da Câmara e durante sua fala apresentou dezenas de famílias que serão contempladas com a doação de 33 lotes para a construção de casas no Bairro Bananal e em Sobradinho.

Em seu discurso, o prefeito fez duras críticas aos seus opositores inclusive citando nomes e incitando os beneficiários contra a própria Câmara. “Vocês estão aqui hoje e vejam que vai votar contra vocês. Vou enviar o projeto para a aprovação e vamos ver que vai ser contra a população e os mais pobres. Aqui em itaverava só pensam em perseguição. Querem fazer política, que façam. O prefeito está do lado dos pobres. Muitos querem fazer política contra o povo”, discursou Nô, arrancando aplausos da plateia na Câmara.

Nas redes sociais, o prefeito levou o troco. A enfermeira Luzinete Simão salientou a importância do projeto, mas que ele deveria primeiro ser aprovado antes da doação. “Será que houve um planejamento? Quer fazer algo para o social que se faça direito”.

O ex-vereador Edivaldo Furtuso, vulgo Tatu, também fez duras críticas ao prefeito classificando o projeto como oportunismo. “Ele me citou de forma leviana. Ele reagiu e foi a Câmara já que a quadra do Bananal estaria sendo fechada para uso exclusivo dos alunos. Então o prefeito foi para câmara para crescer em cima das palavras dos outros. Nunca fiz denúncia e diferente dele me pautei pelo bem do povo. Que faça a doação de forma correta. As pessoas realmente precisam. Não sou contra. Ele está fazendo politicagem e colocando os vereadores em situação difícil”, disse.

As duas lideranças de Itaverava questionaram a viabilidade estrutural do terreno no Bairro Bananal. “Que ele faça algo para depois não dar problemas para os moradores. Ali é um aterro”, comento Tatu.

“Sinto inveja de Barbacena. Lafaiete é a cidade dos buracos”, protesta Vereador Sandro José

A volta do recesso de carnaval foi de intensas críticas, protestos e denúncias contra a precária prestação de serviço e falta de planejamento pela Prefeitura de Lafaiete (MG). A sessão foi encerrada sob intenso tiroteio contra a administração municipal na noite desta terça-feira (20). “Barbacena é cidade das rosas e Congonhas a cidade dos Profetas. Lafaiete é a cidade dos buracos. Sinto inveja de Barbacena. De que adianta ter uma usina de asfalto? É uma vergonha. A gente pede e o Executivo não faz nada”, disparou Sandro José (PROS).

O Presidente do Legislativo, o Vereador Fernando Bandeira (União Brasil), cobrou a realização de concurso para diminuir os cargos comissionados e contratação de profissionais inclusive na secretaria de obras. A Vereador Damires Rinarlly (PV) engrossou o caldo e cobrou utilização plena da usina de asfalto. O Vereador Pedro Américo salientou que Lafaiete poderia estar vendendo asfalto para as cidades vizinhas.

Vado Silva (DC) criticou a qualidade do serviço de tapa-buracos em Lafaiete. “Do jeito que fazem é desperdício de dinheiro. É um paliativo que não resolve. È enrolar o povo”.

O Líder do Governo, João Paulo Pé Quente (União Brasil) disse que sugeriu, longo no início do mandato do Prefeito Mário Marcus, que transferisse a usina para um consórcio para atender as cidades da região.

Giuseppe Laporte (MDB) lamentou o projeto de empréstimo de R$ 50 milhões pelo governo Municipal. “Me aponte em 8 anos uma obra para que um possa dar um parabéns ao prefeito?”, questionou.

Erivelton Jayme (PRD) citou a cidade de Divinópolis como modelo para gestores de Lafaiete. “Estamos discutindo as mesmas coisas há 4 anos e talvez a vários mandatos. O problema da cidade é que o povo vota errado”. “Divinópolis tem senador, deputados estaduais e federais”, pontuou Damires Rinarly.

“Fui candidato a deputado estadual e menos de 2 vereadores desta Casa me apoiaram. O pessoal vota em candidato de fora”, desafiou Giuseppe Laporte. “Vou dizer a todos aqui que tive por diversas vezes comn pneus furados por buracos nas ruas. Mas nós temos o que merecemos. O ex-deputado Glaycon Franco derramou dinheiro de emendas em Lafaiete e o município sequer o apoiou”, encerrou o Vereador Renato Pelé (Podemos).

O Vereador Fernando Bandeira, diante da polêmica, apresentou requerimento conjunto, para cobrar da prefeitura o cronograma de obras da operação tapa-buracos.

Para protestar, moradores plantaram árvore

Em dezembro, moradores da rua José Pedroso de Oliveira no bairro Rochedo em Conselheiro Lafaiete encontraram uma forma inusitada para protestar contra a falta de manutenção na via pública por parte da Prefeitura Municipal. No local, há um buraco que há meses espera por solução. Com isso, para sinalizar o local e ao mesmo tempo protestar pela falta de manutenção, os moradores “plantaram” uma árvore no buraco.

Briga na Câmara esquenta eleições em Belo Vale; Vereador mais votado diz que pedido de cassação é perseguição política

Em ano eleitoral a “chapa esquentou” em Belo Vale (M G). Ontem (6), a Câmara Municipal, de maneira unânime, a criação de uma comissão processante para avaliar o pedido de cassação do vereador Everton Elias Silva (MDB), conhecido como Tico Enfermeiro.

O parlamentar foi o mais votado da cidade nas últimas duas eleições e é acusado de quebra de decoro por ter divulgado fotos de pacientes do Hospital e Maternidade Henrique Penido sem autorização e desviado medicamentos e materiais do estabelecimento.

A reportagem do Estado de Minas teve acesso ao material que motiva as acusações e conversou com testemunhas que afirmam ter recebido centenas de registros sem consentimento de cirurgias, partos e óbitos nos consultórios. Os mesmos registros também foram utilizados para acionar o parlamentar na Polícia Civil, Ministério Público e no Conselho Regional de Enfermagem (Coren).

As denúncias apontam que o vereador, que trabalhou no hospital até 2023, mantinha grupos de conversa online em que divulgava imagens e informações sigilosas de pacientes. O material enviado à reportagem inclui fotos de cirurgias, pacientes desacordados, recém-nascidos e órgãos humanos. Há também registros de conversas em que o acusado, supostamente, negociava medicamentos controlados pertencentes ao hospital.

Testemunhas afirmaram à reportagem que o enfermeiro divulgava, além das imagens, informações sigilosas sobre ocorrências policiais e exames médicos de pessoas da cidade. Há ainda relatos de que o acusado conseguia influência política através do desvio de medicamentos do hospital.

A defesa de Everton diz que os denunciantes têm conflitos antigos com o Governador e que as acusações são feitas com motivações políticas. O parlamentar teve cerca de 10% dos votos de Belo Vale nas últimas duas eleições municipais e é pré-candidato a vice-prefeito da cidade em chapa ao lado de Lapinha (MDB), que já comandou o município entre 2013 e 2020.

Segundo Maikon Villaça, advogado do vereador, as denúncias foram feitas de forma ilegal. Ele afirma que seu cliente nunca divulgou as imagens e diz que elas foram acessadas pelos denunciantes a partir de um arquivo que o vereador mantinha em nuvem.

“Por se tratar de um ano eleitoral, começaram com essa perseguição. Em momento nenhum foi transmitido nenhuma imagem, é preciso perguntar a eles (os denunciantes) como acessaram esse material. A defesa irá comprovar, com todos os fatos, que Everton é inocente e está sendo perseguido”, disse à reportagem.

Em contato com a reportagem, um dos denunciantes disse que sequer conhece o vereador e que a versão da defesa é uma admissão de culpa de que as fotos foram tiradas sem autorização dos pacientes. Além disso, ele aponta que a defesa deverá comprovar o acesso à nuvem, o que configuraria crime de invasão cibernética.

A comissão agora reunirá materiais e acionará testemunhas de defesa e acusação para elaboração de um relatório que deve ser votado em plenário para decidir sobre a manutenção ou cassação do cargo de Everton.

Denúncias em outras instâncias

No fim de janeiro, o Ministério Público de Minas Gerais enviou à Polícia Civil uma notícia fato pedindo a abertura de inquérito para apurar a prática de condutas não éticas pelo enfermeiro Everton Elias da Silva nas dependências do Hospital e Maternidade Henrique Penido. Em resposta à reportagem, a corporação afirmou ter recebido a informação e iniciado as apurações.

Em despacho, o promotor de Justiça Mateus Beghini Fernandes considerou que parte das denúncias apresentadas eram passíveis de investigação policial. A primeira delas relativa ao envio de imagens de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos e internações, o que configura crime de acordo com artigo 325 do Código Penal Brasileiro. Além disso, o documento aponta violação do sigilo profissional obrigatório determinado pela Resolução nº 554 do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

A segunda trata sobre as denúncias de que o suspeito desviava medicamentos do hospital, administrado em parte pelo Poder Público e em parte por entes privados, no período em que Everton trabalhava no local. O documento aponta que as acusações apresentadas ao Ministério Público podem configurar peculato, crime previsto no artigo 312 do Código Penal.

Uma denúncia também foi aberta no Coren. As acusações e os materiais enviados foram os mesmos. Em resposta à reportagem, o conselho disse que o caso ainda não passou pela apreciação do colegiado de conselheiros, a primeira fase após o recebimento da acusação.

De Padre Ermano à dengue: volta de recesso tem discursos de críticas e cobranças

Os 13 vereadores tomaram os trabalhos legislativos na noite de terça-feira (1) em meio ao clima de ano eleitoral. Os discursos vieram em tom de cobranças e críticas por mais eficiência e qualidade de serviços públicos e de obras. Dois temas mobilizaram os debates: a obra de reforma da Escola Municipal Doriol Beato e aumento de casos de dengue em Lafaiete (MG).

O Primeiro Secretário e Vereador Oswaldo Barbosa (PV) cobrou participação da sociedade no combate a proliferação do mosquito da dengue e a efetiva ação da prefeitura citando os números como alarmantes. O Vereador Renato Pelé (PODE) afirmou que levará ao Ministério Público a situação de um buraco aberto no passeio ao lado da recém- inaugurada UBS da Cachoeira com riscos de criatório de dengue.

O Vereador Eustáquio Silva (PV) elogiou a iniciativa de empresas na conservação de passeios na Avenida Furtado. O Vereador João Paulo (União Brasil) cobrou acessibilidade no prédio da secretaria de administração, na Fonte Grande, e mais atenção a parte baixa de Lafaiete, inclusive criticou a Copasa pela má qualidade do recapeamento asfáltico de suas obras.

A Vereador Damires Rinarlly (PV) criticou a demora da entrega da reforma da Escola Doriol Beato e sugeriu que as aulas retomem após o carnaval e citou que faltam mais de 1 mil vagas para as crianças nas creches.

O Vereador Erivelton Jayme (PRD) criticou o desabamento do forro do pronto socorro. “A gente sonha que a UPA saia e mais agilidade na compra de equipamento para o seu funcionamento”. Ele citou que a escola Doriol não tem condições de receber os alunos neste ano letivo. Outro ponto é a segurança dos blocos no carnaval.

Pedro Américo citou que a população é parte fundamental no combate a dengue. Ele também criticou o mato espalhado em diversas partes da cidade como também a situação do CAPS I. Já o Vereador Sandro José (PROS) lamentou o caos no trânsito citando que gastou mais de uma hora entre a Praça da Bandeira a até o Viaduto Duartina Nogueira, um espaço de menos de 1,5 km de distância. Ele também citou a precariedade do Bairro Topázio e a demora na conclusão das obras de infra estrutura.

Giuseppe Laporte (MDB) criticou a situação das escolas como também disparou contra a saúde. “Vivemos o pior momento. Estamos falando há 3 anos dos mesmos problemas”.

Vado Silva (DC) lembrou os 20 anos de falecimento do Padre Ermano, pedindo um minuto de silêncio, criticou a falta de segurança nas escolas, a situação da dengue e precariedade do transporte escolar para as crianças no Jardim Europa. Segundo ele, uma mãe anda até 2 km para levar crianças a escola no Amaro Ribeiro. No total são 32 alunos que vão a pé a unidade escolar na região

Christian Souza, pré-candidato em Congonhas (MG), faz desafabo após dobradinha entre Anderson e Zelinho e conclama eleitorado de direita

A divulgação da dobradinha entre os ex-prefeitos Anderson Cabido (PSB) e o tucano José de Freitas Cordeiro, Zelinho, incendiou os bastidores provocando uma intensa movimentação de grupos, onde cada qual busca aliados para enfrentar os dois caciques políticos de Congonhas (MG). O anúncio é tido como certo, mais ainda faltando detalhes, segundo Zelinho, em entrevista a Participovo na sexta-feira (19). Já no domingo, Cabido participou da executiva do PSDB, onde o gesto foi interpretado como a sacramentação da dobradinha, já ocorrida entre 2005 a 2019 quando as duas lideranças alternaram no poder. Em 2020, Zelinho e Anderson estiveram em lados opostos, facilitando a eleição do atual prefeito Cláudio Dinho.

Mas as articulações continuarão intensas até o final da janela partidária em 6 de abril. Até lá, os candidatos poderão trocar de partidos movimentando os grupos. Mas após a divulgação da dodrabinha Anderson/Zelinho, o ex-candidato em 2020, Christian Souza foi as redes sociais confirmando sua intenção de entrar na disputa e mandou um recado. Para ele, a a união não é novidade já que são aliados históricos. “Tenho recebido comentários e mensagens a respeito das últimas movimentações políticas e possíveis alianças, muitas delas de pessoas historicamente ligadas, o que eu acho natural. Eu respeito tudo isso. Me sinto na obrigação de dizer que serei leal a aquilo que eu acredito de verdade e me propus a representar na política da nossa cidade. Aquele que é eleitor de direita e conservador e se identifica com o ex-presidente Bolsonaro e quer uma renovação você pode ficar tranquilo e será representado nas eleições deste ano. Vamos buscar soluções e projetos, sem abrir mão dos valores e princípios que nós acreditamos tanto na política nacional como municipal”, desabafou, em um visível tom de irritação, já que tem ambições de chegar ao poder de uma das cidades mais ricas de Minas.

Christian foi secretário na gestão de Zelinho e contava com um possível apoio do tucano na sua empreitada. Nas últimas eleições, Christian contou com a hipoteca de Zelinho e seu grupo, mas ficou em 3º lugar com 8.878 votos, atrás de Dinho com 11.158 e Anderson Cabido com 9.743 votos. Novos desdobramentos acontecerão nos próximos meses e resta saber para onde caminhará Christian Souza, já que é um crítico do atual governo de Cláudio Dinho.

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