Ouro Preto é a cidade com maior número de barragens de rejeitos em risco do país

Destino de turistas de todo o Brasil e do mundo, a cidade mineira lidera ranking com maior número de estruturas com algum risco de rompimento

Atraindo uma média de 500 mil turistas por ano para suas ladeiras e distritos bucólicos, segundo dados do Ministério do Turismo, Ouro Preto é considerada a principal cidade histórica do Brasil. Entretanto, o que muitos destes visitantes não sabem é que cachoeiras que refrescam seus passeios e até alguns bens tombados que os transportam ao passado são ameaçados todos os dias pelo grande número de barragens de minério existentes na região, impactando a vida de quem vive ali e precisa conviver com o medo, a poeira e a destruição de seus bens naturais. A cidade é a com maior número de estruturas de rejeitos com algum nível de alerta, o pior cenário do país. 

O medo e apreensão devem continuar fazendo parte da vida de quem vive abaixo destas barragens por ao menos mais uma década. Isso porque, segundo as empresas, a previsão é que a eliminação das estruturas dure pelo menos até 2035. Em 2019, uma lei obrigou a descaracterização de todas essas barragens, porém, ao fim do prazo (em 2022), apenas 10 delas tinha sido desmontadas, de acordo com a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). Até dezembro de 2023, existiam 15 barragens desmanchadas e 39 que ainda passavam pelo processo.

Um levantamento feito por O TEMPO no Sistema de Gestão de Segurança de Barragem de Mineração (SIGBM), da Agência Nacional de Mineração (ANM), indicou que, em dezembro de 2023, existiam 51 barragens com algum nível de alerta em Minas Gerais, sendo que 26 delas sequer têm a estabilidade comprovada pelas empresas. Em todo o Brasil são 88 barragens sob algum alerta, ou seja, Minas tem quase 60% de todas as barragens que demandam alguma atenção do país.

As barragens com algum nível de risco estão distribuídas em 16 municípios mineiros, porém Ouro Preto é a cidade que aparece no topo do ranking negativo, com dez barragens sob risco, sendo cinco delas nos dois níveis de emergência mais altos (2 e 3). Além disso, seis destas barragens não tiveram a estabilidade comprovada pelas empresas. 

De todas as estruturas em “alerta” em território mineiro, 28 pertencem à mineradora Vale, considerada uma das maiores do mundo. Para se ter ideia, a segunda mineradora com mais barragens sob algum nível de alerta é a Emicon, com quatro estruturas, todas nos níveis mais baixos. 

Para explicar como funcionam esses níveis de alerta das barragens, o engenheiro hidráulico e especialista nessas estruturas Carlos Barreira Martinez as compara ao corpo humano. “Quando você fala que a barragem está em Nível de Alerta, isso significa que ela inspira cuidados, segurança. Já no nível 1, indica que ela está com um problema que pode trazer uma dor de cabeça enorme, mas ainda não tem que retirar a população”, detalha. 

Quando esse “problema inicial” sofre uma piora, é acionado então o Nível 2, fase em que as empresas passam a ser obrigadas a fazer simulados, colocar um plano de evacuação em ação e a fazer o acionamento de sirenes. Já o nível 3, ainda segundo o especialista, “é um desastre” em andamento. 

“Se eu puder fazer uma comparação para que o pessoal possa entender, o Nível de Emergência é quando os exames apontam alguma alteração. O nível 1 já é quando você sente dor no peito, passando para o nível 2 quando ela se torna tão forte, tão incômoda, que você fala: ‘olha, eu vou ter que ir para o hospital’. Já o nível 3 seria quando você está indo para a mesa de cirurgia”, exemplifica o professor.

Richard Guerra, vice-presidente do Instituto Guaicuy, entidade que luta pela revitalização da bacia do rio das Velhas – que, por sinal, nasce em Ouro Preto -, explica que são várias as barragens preocupantes no município, mas, talvez, o caso mais grave seja do complexo da Mina de Fábrica, onde existem cinco barragens e um dique em diferentes níveis de emergência, sendo uma delas no mais alto de todos. 

O vice-presidente do Guaicuy também cita a barragem Doutor, da Vale, localizada no distrito de Antônio Pereira, que fica a 25 quilômetros de Ouro Preto. A estrutura já esteve em nível 2 de emergência e, após o início das obras de descomissionamento, passou para o nível 1. Em caso de rompimento, além de atingir imóveis no distrito, que já teve diversas famílias removidas de suas casas, a lama tomaria conta da Cachoeira do Pinguela, de um sítio arqueológico chamado “Fazenda Gualaxo”, e, até mesmo, da Ermida (capela) de Nossa Senhora Aparecida de Bento Rodrigues, distrito que seria engolido pelos rejeitos pela segunda vez.

Até mesmo o novo Bento Rodrigues, reconstruído pela fundação Renova após a destruição do distrito de Mariana, poderia ser afetado pelo rompimento, já que uma das estradas que dá acesso ao local poderia ser soterrada.

Três barragens no nível mais alto

Entre as 51 barragens em nível de alerta, as três que estão com maior risco (nível 3) são a Sul Superior, localizada em Barão de Cocais, e a Forquilha III, em Ouro Preto, ambas da Vale. A terceira estrutura em pior estado é a barragem da Mina de Serra Azul, da ArcelorMittal, localizada em Itatiaiuçu. Todas as cidades estão na região Central de Minas Gerais, no chamado “Quadrilátero Ferrífero”.

Para Martinez, o grande número de barragens sob alerta é consequência da velocidade que a atividade minerária tem avançado em Minas. “Toda obra de engenharia a gente sabe que vai haver um risco, o problema é que eles estão muito altos. E isso ocorre porque o processo de mineração está sendo muito rápido, nós estamos tirando muito minério. A quantidade de resíduo que é gerado da mineração é muito elevado, portanto, o risco cada vez mais alto. A questão é que a atividade minerária é necessária, ela cria empregos, e tudo que a gente olha em volta é feito a partir de processo de mineração, ou quase tudo. O problema é que a gente tem que fazer direito”, conclui o especialista.

Procurada pela reportagem, a ANM informou, por nota, que atualmente a sua Superintendência de Segurança de Barragens de Mineração conta com 76 fiscais “dedicados exclusivamente à segurança de barragens e distribuídos em cinco unidades”. “A ANM divulga em seu site os boletins mensais que tratam das vistorias realizadas e alterações no cadastro de barragens. De janeiro a novembro deste ano a equipe realizou 340 vistorias”, completou o órgão.

Por fim, o órgão federal destacou ainda que a importância do SIGBM – sistema que foi usado por O TEMPO para fazer este balanço da situação atual das barragens de Minas Gerais. “O compromisso com a transparência de informações pela agência, corroborado pelo SIGBM, é um incentivo para que os empreendedores se comprometam com a segurança das barragens”, concluiu a ANM.

Previsão de verão “muito chuvoso” é preocupante

Ainda conforme Martinez, a população que vive abaixo destas barragens deve ficar atenta durante o período chuvoso, especialmente após as fortes ondas de calor que atingiram a região Sudeste neste ano. “Temos a possibilidade de ter um verão muito chuvoso. Pode ser que não, mas há uma perspectiva e, se isso acontecer, essa é uma situação para as pessoas ficarem preocupadas, atentas”, alerta.

À medida que as chuvas se intesificam, a água penetra e enchaca o solo, chegando até as barragens de rejeito. Com isso, segundo Julio Cesar Nery Ferreira, engenheiro de minas e Diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), aumenta-se o volume e o consequente transbordamento, que pode danificar a “parede” das estruturas e levar a um rompimento.

O meteorologista Lizandro Gemiacki, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explica que a teoria das mudanças climáticas, discutida desde os anos 90, alerta que, com a temperatura global aumentando, o mundo vai experimentar eventos extremos, o que já vem ocorrendo nos últimos anos, com ondas de frio e calor muito intensas.

“O que é mais provável de acontecer, quando a gente tiver temperaturas mais altas, é uma maior frequência de eventos extremos, portanto, chuvas mais intensas e em um menor período de tempo, alternando com secas mais intensas”, completou o especialista.

Risco ao abastecimento de BH e região

Não são apenas os moradores das regiões mais próximas destas barragens que podem ser afetados. Assim como o rompimento de Brumadinho afetou o abastecimento da região metropolitana de Belo Horizonte ao contaminar o rio Paraopeba, de onde era retirada boa parte da água que alimenta a região, essas 51 barragens colocam em risco inúmeros rios do Estado.

A barragem da Mina de Serra Azul, em Itatiaiuçu, por exemplo, que se encontra no nível mais alto de emergência, poderia atingir o reservatório Rio Manso, o maior da Grande BH e que abastece grande parte das cidades. Além disso, segundo o vice-presidente do Instituto Guaicuy, Ronald Guerra, a bacia do rio das Velhas também é fortemente ameaçada por estas estruturas.

“O rio Itabirito, da bacia do Rio das Velhas, está na região do complexo de Fábrica, onde a gente tem as Forquilhas, que são cinco barragens e um dique em níveis diferentes de segurança. Essas barragens estão com reparo por equipamentos remotos, em processo de descomissionamento”, detalha.

Segundo Guerra, o rompimento dessas e outras estruturas da região poderia causar um dano muito grande na chamada cabeceira do Rio das Velhas, que nasce em Ouro Preto. “Cerca de 60% do abastecimento da região metropolitana é correlacionado com a bacia do rio das Velhas. Então existe um risco muito grande para a segurança hídrica, o impacto pode ser muito grande”, pontua.

Respostas

Procurada pela reportagem de O TEMPO, a Vale informou, por nota, que vem aprimorando a gestão de suas barragens, “realizando uma profunda análise técnica do histórico e das condições atuais e de performance de cada uma das suas estruturas”.

“Como resultado desse avanço contínuo, 11 estruturas da empresa deixaram o nível de emergência desde o início de 2022, tendo a sua estabilidade atestada. É importante reforçar ainda que apenas duas barragens da empresa estão em nível 3 de emergência: as barragens Sul Superior, em Barão de Cocais, e Forquilhas III, em Itabirito. A Zona de Autossalvamento (ZAS) dessas duas estruturas já foram evacuadas preventivamente e as duas barragens contam com suas respectivas Estruturas de Contenção a Jusante (ECJs) com Declarações de Condição de Estabilidade (DCEs) vigentes e aptas a cumprirem seu propósito de proteger as pessoas e o meio ambiente em caso de rompimento”, completou a empresa.

A mineradora afirma ainda que monitora todas suas estruturas 24h, sete dias por semana. Questionada sobre o descomissionamento de suas barragens a montante, a Vale explicou que se comprometeu a eliminar as 30 estruturas existentes até 2035.

“Até o momento, 13 estruturas foram completamente descaracterizadas, o que equivale a mais de 40% do total. Desde 2019, foram investidos cerca de R$ 6,2 bilhões no Programa de Descaracterização. A previsão é não ter nenhuma estrutura em condição crítica de segurança (nível de emergência 3) até 2025”, detalha.

Já a mineradora ArcelorMittal, responsável pela barragem de Itatiaiuçu, detalhou que a estrutura está desativada e não recebe rejeitos desde 2012, sendo acompanhada 24h por dia desde 2019.

“Em relação à descaracterização, a empresa informa que as obras da Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ), que é uma grande barreira com capacidade para reter todo o rejeito na hipótese de rompimento da barragem, estão em curso e tem previsão de conclusão em setembro de 2025. Essa estrutura permitirá o início dos trabalhos de descaracterização da barragem, que será a retirada de todo o material contido em seu interior e seu desmonte”, explicou.

Já sobre a ameaça ao sistema Rio Manso, que abastece a Grande BH, a empresa argumentou que a construção da estrutura de contenção vista, justamente, garantir a segurança do reservatório, já que conteria 100% dos rejeitos.

A reportagem também tentou contato com a Emicon, mas, até a publicação, a empresa ainda não tinha se manifestado.

FONTE O TEMPO

Belo Vale Festeja 85 Anos com Shows Imperdíveis

Belo Vale está prestes a celebrar seu 85º aniversário com uma festa que promete agitar a cidade. Nos dias 16 e 17 de dezembro, os moradores e visitantes terão a oportunidade de participar de um evento repleto de animação e boa música.

No sábado teremos, além da apresentação da Banda de Música Santa Cecília, um super show com Lauana Prado. Já no domingo, a festa continua com apresentações de Ronanzinho, Rafa Pedra e Keila Gaga, garantindo um encerramento inesquecível.

Belo Vale convida a todos a se juntarem a essa festa especial, celebrando não apenas o aniversário da cidade, mas também a cultura local e a comunidade que a torna única. Não perca a oportunidade de fazer parte dessa celebração e criar memórias inesquecíveis neste marco histórico para Belo Vale.

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No sábado teremos, além da apresentação da Banda de Música Santa Cecília, um super show com Lauana Prado. Já no domingo, a festa continua com apresentações de Ronanzinho, Rafa Pedra e Keila Gaga, garantindo um encerramento inesquecível.

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Seminário aborda a história de Ouro Branco

Amanhã, dia 28 de novembro, será realizado o II Seminário sobre a História de Ouro Branco. O evento busca trazer reflexões sobre a história do município, algo que tem especial importância no contexto de celebração dos 70 anos de emancipação de Ouro Branco. Na ocasião será realizado o lançamento do livro infantil “As aventuras em Ouro Branco, Minas Gerais”, com a presença das autoras Rafaela Ribeiro e Alicia Silva. O livro é fruto de um trabalho de conclusão do curso de Graduação em Pedagogia e orientado pelos professores Rodolpho dos Santos e Denise Giarola. O evento é gratuito e aberto a toda população. Para saber mais, clique aqui!

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Calor leva turistas à cidade de MG, uma das mais quentes do Brasil

Movimento turístico na cidade de São Romão, que chegou a registrar a maior temperatura de 2023 em setembro, cresceu consideravelmente

Com apenas 10.315 habitantes e banhada por três grandes rios (São Francisco, Paracatu e Urucuia), o município de São Romão, localizado no Norte de Minas Gerais, registrou esse ano temperatura máxima de 43,5°C e chegou a bater o recorde no Brasil. A temperatura foi registrada pelo Inmet (Instituto Nacional de Metereologia) em 26 de setembro.

Desta forma, o nome do município foi mostrado por vários meios de comunicação que divulgaram matérias com a lista das cidades mais quentes do país.

Já mais recentemente outra pequena cidade, a de Araçuaí, na Região do Vale do Jequitinhonha, com pouco mais de 34 mil habitantes, registrou, neste domingo (19/11), a maior temperatura máxima da história do Brasil, com 44,8ºC.

O fato em São Romão provocou mudanças no turismo da cidade.

A notícia, segundo o proprietário e uma gerente de hotéis da cidade e também a prefeitura da cidade, acabou contribuindo com um crescimento de turistas na cidade de cerca de 20%.

A notícia, segundo o proprietário e uma gerente de hotéis e a prefeitura da cidade, acabou contribuindo para um crescimento de turistas na cidade de cerca de 20%.

De acordo com Vanderlan Craves Cotrin, proprietário de um hotel que fica à beira do Rio São Francisco, depois da divulgação do pequeno município em âmbito nacional, o movimento de turistas em seu hotel aumentou cerca de 20% nesse mês de novembro. A comparação é com o mês passado. Além disso, Cotrin comentou que, com o calorão, os moradores da cidade passaram a frequentar mais os bares e restaurantes e as margens dos três rios para se banhar e aproveitar os passeios em barcos, lanchas, canoas, jet-skis e caiaques.

“Com mais frequência nos fins de semana, aqui vem muita gente de Goiânia, Brasília, Belo Horizonte e de cidades do Triângulo Mineiro e interior de SP. E agora, no fim de ano, começa a alta temporada e estamos com boas expectativas com um aumento de 20% do movimento com relação ao ano passado”, disse Cotrin, com otimismo.

O dono de hotel de São Romão destaca que as principais atrações turísticas da cidade são oferecidas em vários pontos dos três rios que banham a cidade. “São Romão é praticamente uma ilha, já que para se chegar na cidade é através de três balsas ou sobre pontes”, complementou.

Momento único

Quem também comemorou o aumento do movimento foi a gerente de outro hotel de São Romão, Mariluza Evangelista do Nascimento. “Estamos vivendo um momento único na cidade com uma arrancada gigante em termos de movimentação de turistas e com maior presença de prestadores de serviço. Estamos tendo movimentação de hóspedes de segunda a segunda”, comemorou.

O secretário municipal de Agricultura, Pecuária, Pesca, Indústria, Comércio e Trabalho e presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de São Romão, Ádamo Lemos, complementou que, além de as notícias em âmbito nacional destacarem a cidade como a mais quente do Brasil, São Romão vive, atualmente, um momento de crescimento econômico. “Recentemente houve a chegada de novas empresas como algumas voltadas para a energia solar”, citou.

Com relação ao aumento de turistas na cidade, Lemos disse que a presença deles aumentou cerca de 20%. “Esse é um número aproximado, levando em consideração o crescimento dos turistas em hotéis, pousadas, restaurantes, bares e a presença deles em passeios em nossos três rios”, destacou.

Palco de antigas batalhas

O município de São Romão foi fundado em 23 de outubro de 1668, sob o nome de Santo Antônio da Manga, tendo como primeiros habitantes os índios caiapós que viviam numa ilha que divide o rio São Francisco. No entanto, segundo registros históricos, com o objetivo de conquistar uma ilha que dividia o São Francisco em dois ‘braços’, em 23 de outubro de 1719, o capitão Manuel Francisco de Toledo e seu exército entraram em violento conflito com índios Caiapós que habitavam o local.

Ainda conforme os registros históricos, nessa época, vários índios foram cruelmente exterminados, sendo que os que restaram vivos foram expulsos de suas terras.

FONTE ESTADO DE MINAS

Calor leva turistas à cidade de MG, uma das mais quentes do Brasil

Movimento turístico na cidade de São Romão, que chegou a registrar a maior temperatura de 2023 em setembro, cresceu consideravelmente

Com apenas 10.315 habitantes e banhada por três grandes rios (São Francisco, Paracatu e Urucuia), o município de São Romão, localizado no Norte de Minas Gerais, registrou esse ano temperatura máxima de 43,5°C e chegou a bater o recorde no Brasil. A temperatura foi registrada pelo Inmet (Instituto Nacional de Metereologia) em 26 de setembro.

Desta forma, o nome do município foi mostrado por vários meios de comunicação que divulgaram matérias com a lista das cidades mais quentes do país.

Já mais recentemente outra pequena cidade, a de Araçuaí, na Região do Vale do Jequitinhonha, com pouco mais de 34 mil habitantes, registrou, neste domingo (19/11), a maior temperatura máxima da história do Brasil, com 44,8ºC.

O fato em São Romão provocou mudanças no turismo da cidade.

A notícia, segundo o proprietário e uma gerente de hotéis da cidade e também a prefeitura da cidade, acabou contribuindo com um crescimento de turistas na cidade de cerca de 20%.

A notícia, segundo o proprietário e uma gerente de hotéis e a prefeitura da cidade, acabou contribuindo para um crescimento de turistas na cidade de cerca de 20%.

De acordo com Vanderlan Craves Cotrin, proprietário de um hotel que fica à beira do Rio São Francisco, depois da divulgação do pequeno município em âmbito nacional, o movimento de turistas em seu hotel aumentou cerca de 20% nesse mês de novembro. A comparação é com o mês passado. Além disso, Cotrin comentou que, com o calorão, os moradores da cidade passaram a frequentar mais os bares e restaurantes e as margens dos três rios para se banhar e aproveitar os passeios em barcos, lanchas, canoas, jet-skis e caiaques.

“Com mais frequência nos fins de semana, aqui vem muita gente de Goiânia, Brasília, Belo Horizonte e de cidades do Triângulo Mineiro e interior de SP. E agora, no fim de ano, começa a alta temporada e estamos com boas expectativas com um aumento de 20% do movimento com relação ao ano passado”, disse Cotrin, com otimismo.

O dono de hotel de São Romão destaca que as principais atrações turísticas da cidade são oferecidas em vários pontos dos três rios que banham a cidade. “São Romão é praticamente uma ilha, já que para se chegar na cidade é através de três balsas ou sobre pontes”, complementou.

Momento único

Quem também comemorou o aumento do movimento foi a gerente de outro hotel de São Romão, Mariluza Evangelista do Nascimento. “Estamos vivendo um momento único na cidade com uma arrancada gigante em termos de movimentação de turistas e com maior presença de prestadores de serviço. Estamos tendo movimentação de hóspedes de segunda a segunda”, comemorou.

O secretário municipal de Agricultura, Pecuária, Pesca, Indústria, Comércio e Trabalho e presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de São Romão, Ádamo Lemos, complementou que, além de as notícias em âmbito nacional destacarem a cidade como a mais quente do Brasil, São Romão vive, atualmente, um momento de crescimento econômico. “Recentemente houve a chegada de novas empresas como algumas voltadas para a energia solar”, citou.

Com relação ao aumento de turistas na cidade, Lemos disse que a presença deles aumentou cerca de 20%. “Esse é um número aproximado, levando em consideração o crescimento dos turistas em hotéis, pousadas, restaurantes, bares e a presença deles em passeios em nossos três rios”, destacou.

Palco de antigas batalhas

O município de São Romão foi fundado em 23 de outubro de 1668, sob o nome de Santo Antônio da Manga, tendo como primeiros habitantes os índios caiapós que viviam numa ilha que divide o rio São Francisco. No entanto, segundo registros históricos, com o objetivo de conquistar uma ilha que dividia o São Francisco em dois ‘braços’, em 23 de outubro de 1719, o capitão Manuel Francisco de Toledo e seu exército entraram em violento conflito com índios Caiapós que habitavam o local.

Ainda conforme os registros históricos, nessa época, vários índios foram cruelmente exterminados, sendo que os que restaram vivos foram expulsos de suas terras.

FONTE ESTADO DE MINAS

Prefeito de cidade manda fazer bolo de quase R$ 50 mil com fotos dele para comemorar aniversário do município

Divinópolis de Goiás fez 65 anos. Advogado especialista explicou que usar o recurso público para benefício próprio, como a autopromoção de fotos em bolos, pode caracterizar improbidade administrativa.

Prefeito Charley Tolentino e foto estampada em bolo, em Divinópolis — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Prefeito Charley Tolentino e foto estampada em bolo, em Divinópolis — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O prefeito da cidade de Divinópolis de Goiás, na região norte do estado, mandou fazer um bolo de quase R$ 50 mil com uma sequência de fotos para comemorar o aniversário da cidade. Fotos mostram Charley Rodrigues Tolentino (Republicanos) estampado em cima do bolo que teve 65 metros (veja acima).

g1 entrou em contato com o prefeito pelas redes sociais e por e-mail para um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

O aniversário de Dinivópolis de Goiás foi comemorado nesta terça-feira (14), dia em que a cidade completou 65 anos. O tamanho do bolo, com 65 metros, simboliza a idade do município.

No site da Prefeitura de Divinópolis é possível acessar o documento da licitação que foi feita para a compra do bolo que, ao todo, custou R$ 48.030,00.

À TV Anhanguera, o advogado especialista em direito público e eleitoral, Glauco Borges Júnior, explicou que usar o recurso público para benefício próprio, como ter fotos do prefeito em um bolo, pode caracterizar um tipo de improbidade administrativa, devido a uma autopromoção.

Bolo de 65 metros em aniversário de Divinópolis e foto do prefeito que foi estampada no bolo — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Bolo de 65 metros em aniversário de Divinópolis e foto do prefeito que foi estampada no bolo — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

“Dentro do direito constitucional, o prefeito é um agente público. Ou seja, todo ato que ele faz dentro da condição de prefeito, ele está sujeito aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”, explicou o especialista.

“O princípio da moralidade proíbe o uso do cargo público para a promoção pessoal. As fotos do prefeito no decorrer do bolo sugere que o mesmo foi encomendado com o fim de uma autopromoção pessoal e não em comemoração ao aniversário da cidade”, completou Glauco.

FONTE G1

Prefeito de cidade manda fazer bolo de quase R$ 50 mil com fotos dele para comemorar aniversário do município

Divinópolis de Goiás fez 65 anos. Advogado especialista explicou que usar o recurso público para benefício próprio, como a autopromoção de fotos em bolos, pode caracterizar improbidade administrativa.

Prefeito Charley Tolentino e foto estampada em bolo, em Divinópolis — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Prefeito Charley Tolentino e foto estampada em bolo, em Divinópolis — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O prefeito da cidade de Divinópolis de Goiás, na região norte do estado, mandou fazer um bolo de quase R$ 50 mil com uma sequência de fotos para comemorar o aniversário da cidade. Fotos mostram Charley Rodrigues Tolentino (Republicanos) estampado em cima do bolo que teve 65 metros (veja acima).

g1 entrou em contato com o prefeito pelas redes sociais e por e-mail para um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

O aniversário de Dinivópolis de Goiás foi comemorado nesta terça-feira (14), dia em que a cidade completou 65 anos. O tamanho do bolo, com 65 metros, simboliza a idade do município.

No site da Prefeitura de Divinópolis é possível acessar o documento da licitação que foi feita para a compra do bolo que, ao todo, custou R$ 48.030,00.

À TV Anhanguera, o advogado especialista em direito público e eleitoral, Glauco Borges Júnior, explicou que usar o recurso público para benefício próprio, como ter fotos do prefeito em um bolo, pode caracterizar um tipo de improbidade administrativa, devido a uma autopromoção.

Bolo de 65 metros em aniversário de Divinópolis e foto do prefeito que foi estampada no bolo — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Bolo de 65 metros em aniversário de Divinópolis e foto do prefeito que foi estampada no bolo — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

“Dentro do direito constitucional, o prefeito é um agente público. Ou seja, todo ato que ele faz dentro da condição de prefeito, ele está sujeito aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”, explicou o especialista.

“O princípio da moralidade proíbe o uso do cargo público para a promoção pessoal. As fotos do prefeito no decorrer do bolo sugere que o mesmo foi encomendado com o fim de uma autopromoção pessoal e não em comemoração ao aniversário da cidade”, completou Glauco.

FONTE G1

As 10 cidades brasileiras com nomes mais peculiares

O Brasil é uma nação diversa e não à toa alguns de seus topônimos refletem essa diversidade.

O Brasil é um país conhecido por sua diversidade cultural, geográfica e social. Uma das características mais distintivas do Brasil é a variedade de nomes de cidades que podemos encontrar em todo o país.

Esses nomes, por sua vez, muitas vezes refletem a história, a cultura e as tradições das regiões em que estão localizadas.

Como se não bastasse, o Brasil também é famoso por ter cidades com nomes altamente chamativos e peculiares, que frequentemente provocam risos ou questionamentos sobre suas origens. Divirta-se ao, a seguir, conhecer dez deles!

10 cidades brasileiras com nomes mais peculiares

1. Não-Me-Toque (Rio Grande do Sul)

Esta cidade está localizada no estado do Rio Grande do Sul, na região Sul do Brasil. Seu nome é, sem dúvida, um dos mais inusitados e provavelmente leva muitas pessoas a se perguntarem sobre sua origem. A cidade foi fundada em 1954 e tem uma economia baseada principalmente na agricultura.

2. Borrazópolis (Paraná)

Borrazópolis é uma cidade localizada no estado do Paraná, no sul do Brasil. Seu nome é bastante peculiar e não muito comum. A cidade foi fundada em 1952 e tem uma economia baseada na agricultura, principalmente na produção de soja, milho e café.

3. Ressaquinha (Minas Gerais)

Ressaquinha é uma cidade no estado de Minas Gerais, na região Sudeste do Brasil. O nome pode soar um tanto estranho, mas sua origem está relacionada a uma planta medicinal chamada ressaca, que era abundante na região. A cidade possui uma rica história ligada à mineração e ao ciclo do ouro no Brasil colonial.

Diversidade brasileira. Imagem: Shutterstock

4. Paudalho (Pernambuco)

Paudalho é uma cidade localizada no estado de Pernambuco, no Nordeste do Brasil. O nome, que pode parecer engraçado à primeira vista, é de origem indígena e significa “árvore grande”. A cidade tem uma herança cultural rica e é conhecida por suas festas tradicionais.

5. Piripiri (Piauí)

Piripiri é uma cidade localizada no estado do Piauí, no Nordeste do Brasil. Seu nome é uma palavra de origem indígena que significa “pequeno peixe”. A cidade é conhecida por suas belezas naturais, incluindo cachoeiras e trilhas, e também pela produção de mel.

6. São Miguel do Gostoso (Rio Grande do Norte)

Esta cidade está situada no estado do Rio Grande do Norte, na região Nordeste do Brasil. Seu nome, São Miguel do Gostoso, faz referência à beleza da região e ao clima agradável que atrai turistas em busca de praias paradisíacas.

7. Xique-Xique (Bahia)

Xique-Xique é uma cidade localizada no estado da Bahia, no Nordeste do Brasil. O nome é, sem dúvida, um dos mais peculiares do país. A cidade tem uma forte ligação com o Rio São Francisco e é conhecida por sua produção de artesanato.

8. Virginópolis (Minas Gerais)

Virginópolis é uma cidade situada no estado de Minas Gerais, na região Sudeste do Brasil. O nome pode sugerir uma conexão com a virgindade, mas sua origem está relacionada à devoção religiosa à Virgem Maria. A cidade tem uma economia baseada na agricultura e na agropecuária.

9. Pugmil (Tocantins)

Pugmil é uma cidade localizada no estado do Tocantins, na região Norte do Brasil. Seu nome é curioso e não muito comum, mas sua origem não é amplamente conhecida. A cidade tem uma economia baseada na agricultura e na pecuária.

10. Feliz Natal (Mato Grosso)

Feliz Natal é uma cidade localizada no estado de Mato Grosso, na região Centro-Oeste do Brasil. O nome da cidade evoca sentimentos de alegria e celebração, sendo um lugar conhecido por suas festas de Natal e decorações natalinas durante a temporada de fim de ano.

Os nomes das cidades no Brasil podem ser verdadeiramente distintos e, por vezes, engraçados. Eles refletem a diversidade cultural e geográfica do país, bem como sua rica história e tradições locais. Cada cidade, seja ela com um nome comum ou peculiar, contribui para a riqueza da tapeçaria cultural brasileira.

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