Nossa reportagem enviou a mineradora Vale diversos questionamentos acerca da suspensão das aulas na Escola Meridional em função de laudos que apontavam riscos na pilha de estéril.
Ontem, a empresa assinou contrato com a unidade da Unipac Lafaiete para a retomada das aulas, a
partir do dia 18 de março. Ela informou que “caso seja necessário, a empresa fornecerá o transporte de alunos e professores até a estrutura temporária”.
A Vale também se comprometeu com pais, alunos e professores, além da prefeitura e demais órgãos competentes, a ceder o terreno e construir uma nova escola, em local próximo à antiga, atendendo às necessidades e aos anseios da comunidade.
Sobre informações de que a retirada dos alunos estaria ligada a exploração de minério na área, a “empresa reforça que não tem intenção de utilizar a área da Escola Municipal Meridional para a expansão da operação manganês ou para qualquer outra finalidade mineraria”.
A Vale afirmou que faz o controle diária da estabilidade da pilha de estéril e não há alterações. “Os instrumentos de aferição de estabilidade da pilha de estéril de Morro da Mina, operação de manganês da Vale em Conselheiro Lafaiete, continuam funcionando normalmente, com controle diário, e não mostram alterações, mesmo com as intensas chuvas dos últimos meses. No entanto, a última avaliação técnica da seção voltada para a escola, cuja deposição de estéril foi encerrada no final da década de 70, não alcançou os valores esperados. Empresas especializadas já foram contratadas pela Vale para efetuar a reavaliação. Nem essa pilha nem as demais existentes no Morro da Mina possuem qualquer interface com casas ou outras unidades habitacionais do entorno. É importante destacar que a pilha de estéril é uma estrutura sólida, formada por blocos de pedras e revegetada, cujo risco associado é o de eventuais deslizamentos e quedas de árvores.