Constituição determina uma correção anual no valor do salário mínimo para conter as perdas geradas pela inflação
O salário mínimo de 2022 terá o maior reajuste registrado desde 2016 por conta da inflação, que está próxima de 7%. Embora o valor deva chegar a R$ 1.177 no próximo ano, o novo valor não representará ganho real no para os trabalhadores se a inflação permanecer nesse patamar.
Isso significa que a alta não aumenta o poder de compra dos brasileiros. Ou seja, com o novo valor do piso nacional, não será possível adquirir mais produtos do que atualmente. O reajuste servirá apenas para compensar as perdas com o aumento dos preços dos produtos.
A Constituição determina uma correção anual no valor do salário mínimo para manter esse poder de compra. Veja os últimos reajustes feitos desde 2016:
- 11,6% em 2016: R$ 880;
- 6,48% em 2017: R$ 937;
- 1,81% em 2018: R$ 954;
- 4,61% em 2019: R$ 998;
- 4,7% em 2020: R$ 1.045; e
- 5,22% em 2021: R$ 1.100).
Projeto de Lei Orçamentária Anual
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) contendo uma nova estimativa de reajuste do salário mínimo deve ser enviado pelo governo ao Congresso até o dia 31 de agosto. Na primeira versão, prevista no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLOA), a alta seria de 6,2%, com o piso chegando a R$ 1.168,20.
O governo Bolsonaro não oferece aumento real no salário mínimo, garantindo apenas o necessário para cobrir a inflação. Entretanto, neste ano o valor não conseguiu dar conta da inflação acumulada no ano passado, e o piso nacional ficou R$ 2 abaixo do necessário.
FONTE CAPITALIST