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Quadrilha é investigada por exploração sexual de travestis e transexuais

Associação criminosa agia com agressões físicas e ameaças graves, podendo responder por vários crimes

O Ministério Público (MPMG) realizou uma operação para combater uma associação criminosa que comandava a exploração sexual de travestis e transexuais na cidade de Uberlândia, na manhã desta segunda-feira (8), no Triângulo Mineiro. 

De acordo com o órgão, os infratores utilizavam graves ameaças e lesões corporais graves contra quem praticava a prostituição de forma independente do grupo criminoso. 11 mandados de busca e apreensão e outros três de prisão são cumpridos em Uberlândia.

Segundo o MPMG, os crimes investigados são de associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo. 

60 policiais participam da força-tarefa conjunta entre o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a 18ª Promotoria de Justiça de Uberlândia e a Polícia Militar. 

Investigações

O Ministério Público afirma que ficou comprovado que o consórcio criminoso explora uma enorme rede de prostituição entre travestis e transexuais no Triângulo Mineiro, financiando procedimentos estéticos clandestinos e ilegais.

As vítimas pagam obrigatoriamente diárias para usar os pontos de prostituição utilizados pelos suspeitos, além das instalações mantidas pelos criminosos, aumentando as dívidas com os líderes da associação.

Ainda conforme o órgão, uma vítima teria sido coagida a se prostituir mesmo estando doente para quitar sua dívida com o grupo. A exploração se dá através de ameaças e violência física, com suspeitas de homicídios consumados e tentados no período investigado.

A exploração financeira também aconteceu por meio de implantes de silicones industrias, perigosos à saúde e ilegais. Os procedimentos estéticos estariam sendo feitos em locais clandestinos e por pessoas incapacitadas para realizar o serviço. A corporação suspeita que mortes tenham sido registradas por conta desse motivo. 

As investigações seguem em andamento, mas sob sigilo judicial.

FONTE ITATIAIA

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