O Vereador Vado Silva (DC) voltou a defender a gratuidade do transporte público, a exemplo de outras cidades vizinhas como Mariana e Ouro Branco. Ele salientou que diante da atual situação da empresa Umuarama, concessionária emergencial do serviço, que opera com prejuízos, é preocupante. “A tarifa zero vai movimentar a economia. O que se gasta com as passagens vai ficar no bolso do usuário e aumentar seu poder de compra”, avaliou. “Não ainda lamentar temos que buscar solução e parcerias”, sugeriu.
Vado pontuou que em junho ocorreu uma audiência pública para a apresentação do estudo do tráfego de Lafaiete e a prefeitura ainda não divulgou o edital para licitação da nova empresa concessionária. “E lá se vão mais de 60 dias. A Umuarama apresentou em junho uma proposta de reequilíbrio do contrato e até agora a prefeitura sequer analisou ou respondeu. É um absurdo e uma irresponsabilidade. Estou prevendo de novo o caos no transporte público e a empresa pode deixar o serviço por descaso da prefeitura. Este é meu desabafo. Este secretariado está derrubando o prefeito. É dura a situação”.
Vereador João Paulo, líder do Governo fez coro a seu colega e cobrou uma resposta da prefeitura ao pleito da Umuarama. “A empresa merece respeito e vem atendendo nossa população. Ao menos uma resposta. Se não pode, responda que não. É uma injustiça ficar enrolando a empresa”, criticou.
O caso
A Umuarama assumiu o serviço do transporte público em agosto do ano passado em caráter emergencial. Desde então ela justifica que a operação do sistema vendo gerando déficit. Em junho, ela protocolou um pedido de reajuste da tarifa ou o reequilíbrio financeiro que poderia vir com o aumento do subsídio, hoje na ordem de R$236 mil.
Nossa reportagem teve acesso aos números da empresa e em dezembro/2021 o custo de operação era de R$1.296.903,44 mensal e entre janeiro e julho de 2022 os custos subiram para R$1.448.971,50 mês, uma diferença em torno de R$ 200 mil.
“Precisamos de tomada de decisão para que o serviço não fique inviável. Da forma que está, a manutenção do sistema continua inviável. Mesmo com o novo edital, não esperem que em menos de 5 meses uma empresa esteja operando em Lafaiete devido a todos os tramites para contratação e início do novo contrato. Precisamos de um novo modelo de transporte e um edital mais atrativo, caso contrário qualquer empresa que venha a ser ganhadora da licitação, não será fácil assumir o serviço. O valor de subsídio pago pela Prefeitura não é para gerar lucro a empresa que opera o serviço, ele é necessário para cobrir os custos do sistema e para que a tarifa paga pelo usuário fique mais atrativa e economicamente viável a todos que necessitam utilizar o serviço”, alertou o Gerente da Umuarama Josué Silva.