Com aprovação unânime, a Câmara de Lafaiete promove no dia 29/3 uma audiência pública para discutir o polêmico projeto de concessão do terminal e a construção de uma nova rodoviária às margens da BR 040 através de uma licitação. O concessionário investirá cerca de R$ 28,5 milhões no projeto com um lucro previsto de mais de R$180 milhões ao longo de 30 anos. A atual rodoviária, como obras de revitalização, seria transformada em terminal semiurbano para embarque e desembarque de ônibus do transporte público local e linhas regionais com atém 80 km. As viagens interestaduais serão direcionadas para a nova rodoviária. Ainda na Praça Chiquito Furtado, onde funciona um posto da Polícia Militar, seria construído pelo investidor um prédio com 4 pavimentos para fins comerciais (estacionamento e lojas).
Na audiência pública, realizada pela Prefeitura, no dia 1º de março, houve consenso da urgência da revitalização da atual rodoviária proporcionando serviços de qualidade e mais segurança ao usuário, como também agregar valor ao comércio lafaietense. A principal discórdia no projeto de concessão, que divide opinião, é a construção da nova rodoviária.
Câmara
A Casa Legislativa e o Secretário de Administração, Felipe Tavares, vivem um clima de “pé de guerra”. Na audiência, o Vereador João Paulo Pé Quente (União Brasil) deixou o recinto da Faculdade de Direito, xingando o formato da reunião e criticando duramente de que “estaria definido o projeto”. A Câmara, contrária a construção da nova rodoviária, encampou a briga do vereador.
Ontem na sessão (14), João Paulo Pé Quente voltou a cutucar o secretário de administração quando insinuou que há “um mutirão interno” na prefeitura na defesa de Felipe Tavares quando da sua participação na audiência. Ao contrário de convidado ele foi convocado pela Câmara. “Aqui não haverá hostilidade pois é a Casa do povo. Há uma rede de apoio formada dentro de prefeitura para vir a audiência em defesa do secretário. O que vejo é que deveria se fazer um mutirão para resolver o problema da policlínica, os problemas de pacientes há anos esperando por consultas e exames, para os pacientes que ficam mais de 12 horas no pronto socorro esperando um atendimento. Para estas causas é que deveriam haver um mutirão dos secretários”, sugeriu.