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Veadores lamentam perda de investimentos e fuga de empresas para cidades vizinhas

A Prefeitura de Lafaiete divulgou recentemente as vencedoras da concorrência pública nº 005/2022 que concedeu direito de uso de áreas no Distrito Industrial II cujo empreendimento que está em fase está em fase de implantação com obras a pleno valor inicial previsto é de cerca de R$ 2,5 milhões para as obras de infraestrutura. Cinco empresas já demonstraram interesse no empreendimento e os investimentos chegam até R$ 165 milhões.
Nesta semana, Vereador Pedro Américo (PT) comentou que a empresa Real Power, que atua desde 2005 no mercado de vendas, manutenção e prestação de serviços elétricos na região do Alto Paraopeba, tentou por mais de 10 anos uma área no distrito industrial. Diante da demora, os donos vão transferir seus negócios para São Brás do Suaçuí. “Perdemos ao menos 30 empregos com esta lentidão e pouco caso”, comentou.
Oswaldo Barbosa (PT) salientou a demora em atender os novos empreendimentos com cessão de uma área prejudica a economia de Lafaiete. Ele citou também que Lafaiete pode vir a perder a empresa Qualitécnica Comércio e Serviços, que atua na área de Manutenção e montagem mecânica industrial, que também está em vias de deixar Lafaiete e transferir sua sede para uma cidade da região. Oswaldo comentou que outras empresa podem deixar Lafaiete.
O Vereador Sandro José (PROS) citou que diversos empreendimentos fecharam suas portas em Lafaiete por falta de apoio e incentivo, como por exemplo a Santa Matilde, etc. “A cidade é um marasmo. Por causa de apito e buzinas Lafaiete perdeu a oficina da MRS”. Ele também comentou que a Marluvas, como sede em Dores de Campos, empresa especializada em calçados de segurança, um um modelo de indústria altamente moderna, esteve prospectando a região. Segundo ele, faltou interlocução e bom relacionamento para facilitar a instalação do empreendimento em Lafaiete ou na região.

Novo distrito

O Distrito Industrial II está sendo construído em uma área de 639 mil metros quadrados, localizada em um terreno próximo às margens da BR-040, que foi devolvido ao município pela Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab Minas) em 2017. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rafael Lana, explica que o processo de implantação do novo distrito industrial está dividido por etapas, sendo que a primeira já foi licitada e está próxima de ser concluída com o anúncio das primeiras empresas contempladas.
Já a segunda etapa de implantação do empreendimento deve ter seu edital publicado nos próximos dias. Nessa etapa haverá a concessão de mais 22 áreas, totalizando mais de 120.000 m², com o objetivo de promover a expansão de negócios e atrair novos empreendimentos para a cidade. Com isso, a expectativa é de que a cidade possa receber até R$ 420 milhões em investimentos e gerar 2.000 novos postos de trabalho.
Ele também diz que as demais etapas devem ocorrer ao longo dos próximos dois anos, acompanhando os avanços das obras de infraestrutura no local. “Espera-se que ainda no primeiro semestre se iniciem as obras das primeiras empresas”, revela.
As empresas que já demonstraram interesse são as seguintes: Adventure Comércio Ltda; Neon Prestação de Serviços Elétricos e Instrumentação Ltda; Realpharma Distribuidora de Medicamentos Ltda; Zap Mármores Eireli; e Zema Metalúrgica Eireli.

Desenvolvimento Econômico

Lana conta que a decisão de implantar o Distrito Industrial II surgiu em 2017, durante a realização do Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico Sustentável chamado “Lafaiete 2037”, quando foi identificado o potencial desse empreendimento.
Nesse momento, o novo DI foi elencado como um “eixo estratégico de desenvolvimento, considerando a característica do município de cidade polo regional com localização privilegiada sob o aspecto logístico. Assim, uma vez identificada a melhor área, foram enviados esforços buscando a reversão do terreno para o município”, relata.
O município de Conselheiro Lafaiete espera, com esse novo distrito industrial, atrair empresas que possam fornecer serviços e insumos para as grandes empresas da região, além de absorver a mão de obra técnica formada nas escolas e faculdades localizadas na região Central de Minas, gerando um efeito multiplicador na economia do município. “Por fim, a vinda de indústrias é indutora de negócios, seja por atividades correlatas às atraídas, seja por oportunizar a produção e a comercialização local de matéria-prima e de profissionalização de mão de obra para atender as indústrias”, conclui.

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