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Cavernas do Peruaçu: Minas Gerais de outro mundo

São mais de 140 cavernas e mais de 80 sítios arqueológicos […]

Esqueça tudo que você já ouviu falar sobre Minas Gerais.

O isolado Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, no norte de Minas, a 662 quilômetros de Belo Horizonte, é o endereço de estruturas naturais monumentais e de arte rupestre, em sítios arqueológicos milenares de importância internacional.

Criado em 1999 e reestruturado, pouco antes do início da pandemia, essa Unidade de Conservação Parque tem mais de 140 cavernas e mais de 80 sítios arqueológicos e pinturas rupestres de até nove mil anos.

Gruta do Janelão
Gruta do JanelãoFoto: Reprodução / Viagem em Pauta

A origem do nome do vale ainda é uma incógnita, mas parece que os índios Xacriabás, instalados no local desde meados do século XVI, tinham razão e, cada vez que você entrar numa daquelas cavernas imensas de rocha calcária, tudo passa a fazer sentido: Peru signifca ‘buraco’ (vala, fenda) e Açu, “grande”.

De acordo com o Instituto Semeia, o local fica em uma área de transição entre o Cerrado e a Caatinga, e abriga 11 atrativos abertos ao público, como a monumental Gruta do Janelão, com 100 metros de altura.

COMO CHEGAR

Os municípios de Januária e Itacarambi são os principais pontos de apoio para quem visita o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, inclusive com terminais que recebem ônibus não só de Belo Horizonte, mas também de Montes Claros (MG) e Brasília, a 573 quilômetros dali.

Para quem vai de avião, o aeroporto mais próximo é o de Montes Claros, a quase 200 quilômetros de Januária.

Embora a entrada ao parque seja gratuita, para visitá-lo é obrigatória a contratação de um condutor para cada grupo de oito pessoas (a exceção é a Lapa Bonita, onde o guia pode levar apenas 5 visitantes).

O que fazer nas Cavernas do Peruaçu

Gruta do Janelão

É ali que fica a Perna da Bailarina, considerada a maior estalactite do mundo, com 28 metros de desenvolvimento, além de monumentos geológicos, paredões com pinturas rupestres e sítios arqueológicos.

percurso: 4,8 quilômetros (ida e volta)

nível de dificuldade: semipesado

Lapa Bonita

É considerada uma das mais belas e ornamentadas grutas da região, com destaques para o Salão Vermelho e a Lapa do Índio, com painéis de pinturas rupestres que cobrem paredes inteiras até o teto.

distância: 1.500 metros (ida e volta)

nível de dificuldade: fácil

Lapa do Boquete
Lapa do BoqueteFoto: Manoel Freitas/ICMBIO / Viagem em Pauta

Lapa do Boquete

Endereço de antigos sepultamentos e de um silo pré-histórico, como é chamado o local de armazenamento de alimentos, essa lapa é um dos principais e mais estudados sítios arqueológicos do Parque Nacional.

percurso: 1.200 metros (ida e volta)

nível de dificuldade: fácil

Lapa do Rezar

Com entrada por um salão de 90 metros de largura e mais de 40 metros de altura, abriga um sítio rupestre com pinturas e gravuras bem conservadas. É um dos atrativos da região que mais exige esforço físico.

percurso: 2.400 metros (ida e volta)

nível de dificuldade: difícil

Gruta do Rezar
Gruta do RezarFoto: Fernando Tatagiba/ICMBIO / Viagem em Pauta

Lapa do Caboclo e Carlúcio

Abriga um paredão de arte rupestre com grande concentração de pinturas do estilo caboclo, exclusivas do Vale do Peruaçu, e mirantes de observação.

percurso: 2.650 metros (ida e volta)

nível de dificuldade: médio

Lapa dos Desenhos

É conhecida por esse fabulosos painéis de arte rupestre pré-histórica, na entrada da caverna, feitos com pigmentos naturais produzidos na região.

distância: 2,6 quilômetros (ida e volta)

nível de dificuldade: leve

Lapa dos Desenhos
Lapa dos DesenhosFoto: ICMBIO / Viagem em Pauta

FONTE TERRA

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