×

Fim da humanidade está próximo? Pesquisa sobre colapso da vida na Terra surpreende

Pesquisadores estimam que a biosfera terrestre pode entrar em colapso em 1,6 bilhão de anos devido às mudanças no Sol. Saiba mais.

A vida na Terra, tal como a conhecemos, tem um prazo definido. Segundo um estudo conduzido pelo geofísico RJ Graham e sua equipe da Universidade de Chicago, as mudanças climáticas causadas pelo aumento da luminosidade solar afetarão drasticamente a biosfera terrestre.

Esse processo levará à escassez de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, essencial para a fotossíntese das plantas, comprometendo toda a cadeia ecológica do planeta.

Os pesquisadores estimam que esse colapso acontecerá de forma gradual, atingindo um ponto crítico em aproximadamente 1,6 bilhão de anos. Essa previsão redefine estimativas anteriores, que indicavam um prazo menor para a sobrevivência da biosfera.

Além disso, os resultados sugerem que planetas similares à Terra podem ter mais tempo para desenvolver vida complexa do que se pensava.

O papel do Sol e do intemperismo na vegetação

biosfera
O aumento da luminosidade do Sol pode intensificar o aquecimento da Terra, acelerando o colapso da biosfera. (Foto: Marcus Millo/Getty Images)

Com o passar dos bilhões de anos, o Sol se tornará mais brilhante e quente, intensificando o intemperismo das rochas terrestres. Esse fenômeno natural acelerará a remoção de CO2 da atmosfera, reduzindo os níveis desse gás essencial para a fotossíntese.

Com menos CO2 disponível, as plantas terão dificuldades para sobreviver, o que afetará diretamente os ecossistemas terrestres.

Os cientistas destacam que a escassez de CO2 poderá levar à extinção em massa da vegetação. Enquanto algumas espécies ainda conseguirão sobreviver por um tempo, como as plantas do tipo C4 (cana-de-açúcar e milho), a maioria desaparecerá muito antes do colapso final.

Esse declínio gradual na diversidade vegetal terá impactos profundos sobre os animais, que dependem das plantas para alimentação e oxigenação do ambiente.

Embora o processo seja irreversível, há fatores que podem influenciar o ritmo dessas transformações. Algumas descobertas indicam que a relação entre temperatura e intemperismo pode ser menos linear do que se imaginava, permitindo que a biosfera resista por mais tempo do que o previsto.

Entretanto, a tendência geral aponta para um futuro de condições cada vez mais hostis para a vida terrestre.

O fim da biosfera e o que isso significa para a Terra

À medida que as plantas forem desaparecendo, a vida animal também entrará em declínio. A falta de vegetação levará à escassez de alimentos e à redução drástica dos níveis de oxigênio na atmosfera.

Com isso, apenas organismos anaeróbicos poderão resistir por mais tempo, até que o Sol se torne quente o suficiente para evaporar os oceanos e selar o destino da Terra.

Os cientistas enfatizam que esse cenário não se trata de um evento súbito, mas sim de um processo longo e gradual. A evolução da vida sempre esteve ligada às condições ambientais, e essa nova pesquisa ajuda a entender melhor como o clima influencia a sobrevivência dos ecossistemas.

Além disso, os resultados trazem novas perspectivas sobre a habitabilidade de exoplanetas, sugerindo que a presença de vida pode ser mais duradoura em outros mundos do que se pensava.

Apesar de estar a bilhões de anos de distância, esse estudo reforça a importância do equilíbrio climático para a manutenção da vida no planeta. Afinal, mesmo processos naturais podem desencadear transformações irreversíveis quando os fatores ambientais entram em desequilíbrio.

FONTE: EDITAL CONCURSOS

Receba Notícias Em Seu Celular

Quero receber notícias no whatsapp