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Nova marca chinesa no Brasil vende apenas 46 carros e se aproxima de adeus

A Neta Auto, marca chinesa de carros elétricos da Hozon, atravessa um dos momentos mais difíceis desde sua fundação, em 2016. Imagens recentes que circularam nas redes sociais e sites automotivos da China mostram funcionários retirando, durante a madrugada, o logotipo da empresa da fachada de sua sede em Xangai.

Os problemas também atingem o Brasil, onde a montadora já perdeu colaboradores estratégicos em setores essenciais para vendas e comunicação. Rumores indicam que ela deve tomar o mesmo caminho da Seres e parar de vender no Brasil. O site da montadora, procurado pela reportagem, aparece “em manutenção”.

Segundo apuração da reportagem com fontes do setor e ex-candidatos às concessionárias, a Neta conta hoje com cerca de 800 veículos no país (parte já nacionalizada e outra ainda em processo de liberação alfandegária). Todos estão concentrados no porto de Cariacica, no Espírito Santo.

A operação brasileira da marca é modesta: há apenas uma loja física e duas unidades localizadas em shoppings. Os veículos já são ofertados com condições agressivas de preço, incluindo bônus de R$ 25 mil válidos para valorização de usados, pagamento de IPVA ou seguro.

Além disso, os carros da Neta vêm acompanhados de carregador portátil e carregador de parede gratuitos, e as cinco primeiras revisões também são oferecidas sem custo. Mas os mimos não convencem. Desde a estreia no país, foram vendidas apenas 46 unidades, volume considerado baixo diante das expectativas.

Para efeito de comparação, a Seres, outra marca chinesa de elétricos, emplacou apenas 11 veículos em seu período no Brasil. Mas saiu de cena.

Na China, a marca encara uma crise que combina dificuldades financeiras, disputas internas e rumores de falência. De acordo com fontes ligadas à empresa, acionistas estatais da Hozon pressionam pela saída do fundador Fang Yunzhou, que atualmente ocupa os cargos de CEO e presidente do conselho.

Com problemas no mercado doméstico e uma estreia contida no Brasil, o futuro da Neta permanece incerto, tanto no exterior quanto por aqui.

Colaborou Rodrigo Barros.

FONTE: UOL

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