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Greve à vista! Impasse entre sindicato e Viação Umuarama ameaça paralisar transporte em Lafaiete e tarifas acima de R$5,00. Usuários vão pagar pelo aumento

Prefeitura atua para minimizar impactos aos usuários

A população de Conselheiro Lafaiete pode enfrentar nas próximas horas sem transporte coletivo. Nesta quinta-feira (24/7), o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Conselheiro Lafaiete e Região (Sinttrocol) decretou estado de greve diante do impasse com a Viação Umuarama, empresa responsável pelo serviço.

Segundo o Sinttrocol, as negociações para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2025/2026 não avançaram. A proposta apresentada pela empresa foi rejeitada porque prevê reajustes salariais e de vale-alimentação abaixo da média regional. A categoria quer aumento de 6%, enquanto a empresa já incorporou há meses o índice inflacionário de 4,6% aos salários dos motoristas. O sindicato pleiteia 6% além de R$600,00 no vale alimentação. “Não temos receita suficiente para incorporar estes valores nas nossas despesas. Pedimos ao sindicato que nos aguarde até 15 dias para discutirmos um aumento na tarifa para equilibrar a operação”, citou Robson Dias, gerente da concessionária Umuarama.

Déficit

Em entrevista ao programa “Lafaiete Contra o Crime”, apresentado por Paulão e pelo ex-vereador Vado Silva, o diretor disse que a empresa está aberta ao diálogo, mas enfrenta dificuldades financeiras. “Operamos com déficit mensal. Se atendermos integralmente as demandas, criaremos uma bola de neve financeira, o que pode prejudicar diretamente a população, com riscos para a continuidade do serviço”, alertou.

Tarifa em pauta

Robson lembrou ainda que o Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT) convocou para o dia 6 de agosto, às 19h, na Câmara Municipal, uma audiência pública para discutir o reajuste da tarifa, hoje fixada em R$ 4,25.

Segundo informações, a empresa chegou a propor uma passagem a R$ 5,80, mas o valor foi rejeitado pela Prefeitura. “Esperamos que o sindicato aceite aguardar pelo menos 15 dias, para que possamos avançar e chegar a um consenso que atenda à categoria e mantenha o serviço para a população”, disse.

Usuários já enfrentam problemas

Mesmo antes da deflagração da greve, o transporte urbano de Lafaiete enfrenta problemas. Desde terça-feira (22/7), a circulação de ônibus está irregular, com frota reduzida, atrasos e superlotação, afetando trabalhadores e estudantes.

A situação reacende memórias recentes: em janeiro de 2021, a cidade ficou sem transporte público após o colapso da Viação Presidente. Desde então, a Umuarama assumiu o serviço — primeiro de forma emergencial e, a partir de dezembro de 2023, com contrato de 15 anos prorrogáveis. Se não houver acordo entre sindicato e empresa nos próximos dias, uma paralisação geral pode deixar Lafaiete sem transporte, agravando ainda mais a mobilidade urbana.

Em dia

O Prefeito Leandro Chagas autua na crise para minimizar os menores impactos aos trabalhadores. “Os repasses dos subsídios estão em dia e não vamos aceitar que a população sem prejudicada. Estamos atuando, apesar da questão trabalhista entre trabalhadores e patrões, preservando a manutenção do serviço essencial. Esse é nosso dever de zelar pela qualidade do serviço”. Ao mês, a prefeitura repassa cerca de mais de R$ 500 mil como forma de subsídio a Umuarama.

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