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Polícia prende líder religioso por importunação sexual e estupro contra adolescentes em MG

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu preventivamente um homem, de 59 anos, nesta quarta-feira, suspeito de cometer importunação sexual e estupros contra ao menos três adolescentes em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os crimes teriam sido praticados na capital mineira pelo homem que é um pastor em uma igreja de Contagem.

As investigações contra o suspeito começaram depois que uma vítima, de 17 anos, compareceu até uma delegacia com o pai para fazer uma denúncia, em março deste ano. Logo depois, outro adolescente de mesma idade também foi até a polícia e relatou abusos sofridos. Ambos os casos ocorreram no final de 2023.

Segundo o delegado Diego Lopes, responsável pelas investigações, o crime de importunação sexual se caracteriza pela vulnerabilidade das vítimas inseridas em um sistema pastoral e psicanalítico pelo argumento usado pelo investigado.

“O homem, além de acariciar e tocar o corpo dos jovens, inclusive as partes íntimas, sempre usava do argumento de que os problemas que os jovens vinham enfrentando eram ligados à carência. Ou seja, ele reduzia a capacidade e a resistência das vítimas, que por questões óbvias já eram vulneráveis, ainda usava de outros argumentos para praticar as condutas libidinosas contra os adolescentes”, esclareceu o delegado.

Segundo nota divulgada pela PCMG, o religioso ainda é investigado por um terceiro inquérito policial por importunação sexual contra uma pessoa de 29 anos. A prisão preventiva foi determinada, pois o suspeito tinha intenção de deixar o Brasil.

“Ao longo da investigação, tivemos a informação de que o investigado planejava ir embora, se mudar para os Estados Unidos, um dos motivos que ensejou a prisão e o consequente deferimento por parte do Poder Judiciário. Uma das vítimas ficou em choque na primeira situação e se recusou a entender o que tinha acontecido. Participou de uma segunda reunião, no mesmo carro e nos mesmos moldes, e tornou a acontecer”, concluiu o delegado.

As investigações prosseguem pela Depca e pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Contagem.

FONTE O GLOBO

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