Tradicional fábrica de biscoitos fechou suas portas, deixando 500 trabalhadores sem emprego. O Grupo justificou a medida como parte de uma reestruturação estratégica. A modernização tecnológica e a busca por eficiência ditaram o futuro da empresa, mas a comunidade local enfrenta grandes desafios.
Um anúncio recente abalou a cidade de Lençóis Paulista (SP) e trouxe à tona a dura realidade enfrentada por centenas de trabalhadores.
Uma fábrica de biscoitos com mais de seis décadas de história, sinônimo de tradição e sabor, encerrou suas atividades, deixando um rastro de incerteza e preocupação.
Por trás dessa decisão, há motivos estratégicos e um cenário desafiador para o setor alimentício no Brasil.
Quase 500 trabalhadores impactados pelo fechamento
O Grupo M. Dias Branco, detentor de marcas renomadas como Piraquê, Vitarella, Adria, Fortaleza, Richester e Isabela, anunciou na última segunda-feira (6) o encerramento das operações da unidade de Lençóis Paulista, antiga fábrica de Biscoitos Zabet, fundada em 1960.
Com o fechamento, cerca de 500 trabalhadores foram diretamente afetados.
De acordo com a empresa, a medida faz parte de um plano de reestruturação que visa a modernização tecnológica e o aumento da eficiência operacional.
As atividades da unidade serão transferidas para outras fábricas do grupo, em uma tentativa de otimizar custos e garantir maior competitividade no mercado.
Compromisso com os trabalhadores
Em nota enviada ao g1, o Grupo M. Dias Branco informou estar negociando com o sindicato local um pacote de benefícios para os funcionários desligados.
A empresa também garantiu que, sempre que possível, oferecerá oportunidades em outras unidades para aproveitar o talento da equipe afetada.
Confira um trecho da nota oficial divulgada pela companhia:
“A M. Dias Branco informa que realizou hoje uma reestruturação em sua Unidade de Lençóis Paulista. A Companhia segue investindo em novas tecnologias e modernizando suas unidades industriais e, como parte desse processo, as atividades de produção da fábrica de Lençóis Paulista serão transferidas para outras unidades, garantindo maior eficiência operacional, redução de custos e agilidade na entrega dos produtos, aumentando sua competitividade no mercado.”
Além disso, o grupo ressaltou que, ao longo de mais de 20 anos, investiu continuamente no desenvolvimento dos colaboradores, no lançamento de novos produtos e na manutenção da estrutura operacional.
Esse histórico reflete o compromisso da empresa com a comunidade local, ainda que o fechamento da unidade represente uma decisão difícil e estratégica.
Razões por trás do encerramento e demissões
A modernização das operações foi apontada como o principal motivo para o fechamento.
O grupo busca maior eficiência na produção e agilidade na entrega de seus produtos, fatores considerados cruciais para se manter competitivo no mercado atual.
Essa reestruturação está alinhada com um planejamento estratégico que envolve a redistribuição das atividades para unidades mais modernas e tecnologicamente avançadas.
Embora a decisão tenha gerado impacto imediato na comunidade de Lençóis Paulista, a empresa afirma estar preparada para enfrentar os desafios do mercado e continuar oferecendo produtos de qualidade.
A reação da comunidade e o futuro dos trabalhadores
O encerramento das atividades deixou marcas profundas na comunidade local.
Para muitos, a antiga fábrica da Biscoitos Zabet não era apenas um espaço de trabalho, mas também um símbolo de identidade e tradição.
Agora, a principal preocupação gira em torno do futuro dos trabalhadores, que enfrentam a difícil tarefa de se reinserir no mercado de trabalho.
A negociação entre o sindicato e a empresa para a definição do pacote de benefícios será determinante para minimizar os impactos sociais e econômicos causados pelo fechamento.
Entre as demandas estão assistência financeira, apoio psicológico e programas de recolocação profissional.
Um novo capítulo para a M. Dias Branco
Apesar do impacto negativo na comunidade de Lençóis Paulista, o Grupo M. Dias Branco reafirma sua posição como líder no setor alimentício.
A modernização das unidades e o foco na eficiência operacional são apontados como pilares para sustentar o crescimento da empresa nos próximos anos.
Com um portfólio diversificado de marcas e produtos, o grupo mantém seu compromisso com a inovação e a qualidade.
No entanto, o desafio de equilibrar competitividade e responsabilidade social permanece como um ponto crucial para o futuro.
Qual o impacto desse fechamento para a indústria alimentícia brasileira? Deixe sua opinião nos comentários!
FONTE: CLICK PETROLEO E GAS