Os desafios da mineração e seus impactos foram temas de abordagens e cobranças dos vereadores na sessão desta manhã (27), na Câmara de Congonhas (MG). Os royalties irrigam os cofres da prefeitura. Somente nos últimos 4 anos, a receita chegou a R$6 bi, o que perfaz em torno de R$3,5 milhões de arrecadação ao dia. Com tanto dinheiro jorrando das minas, a cidade carece de infraestrutura. Ainda há moradores sem água potável ou casas sem rede de esgoto.
Mas um dos principais impactos é a poluição. Em certas épocas do ano a Cidade dos Profetas é tomada por nuvem de poeira que encobre grande parte da cidade, afetando diretamente a saúde pública.
O Vereador Edonias Clementino de Almeida (Podemos), mais conhecido como Galileu, cobru da prefeitura os relatórios relativos a qualidade do ar de Congonhas, principalmente dos bairros que se avizinham as atividades minerarias. Ele também pediu um relatório das ações realizadas pela prefeitura em relação aos veículos que saem das mineradoras impregnados de barro/minério.
“Onde eu moro eu fiz um teste. Depois de dois dias da nossa casa limpa eu escrevi com os dedos nas paredes de tanta poeira. Essas mineradoras calam as pessoas com meia dúzia de palavras, fazem uma festa aqui e acolá e oferta guloseimas. Elas engam a todos nós com pequenas ações e povo paga caro com a poluição e deixa a população a mercê”, criticou
Ele apresentou um requerimento para a que a secretária de meio ambiente, Diana Sena, que estará na Casa Legislativa para explicar as ações contra a poeira das mineradoras.
- Foto: Sandoval Souza