Congonhas (MG), 5 de junho de 2025 – Em uma data simbólica para a preservação ambiental e cultural, o Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas (IHGC) emitiu um manifesto contundente alertando sobre os riscos irreversíveis que a expansão das atividades minerárias tem imposto ao município e ao seu patrimônio histórico-cultural, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade.
O documento denuncia os impactos alarmantes da mineração na qualidade de vida dos cidadãos, na integridade das edificações históricas e na paisagem que caracteriza a identidade da “Cidade dos Profetas”. O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, obra-prima de Aleijadinho e Mestre Ataíde, encontra-se cada vez mais ameaçado pela proximidade das operações minerárias, comprometendo sua preservação e segurança.
IMPACTOS DOCUMENTADOS AO MANIFESTO
O IHGC reúne evidências que demonstram os efeitos devastadores da atividade minerária sobre Congonhas:
- Qualidade do ar comprometida: A intensa produção de poeira resultante da mineração tem provocado uma deterioração significativa da qualidade do ar na cidade.
- Degradação do patrimônio e da paisagem: A sujeira acumulada afeta diretamente as esculturas dos Doze Profetas e outras obras de arte e edificações históricas, colocando em risco a preservação do conjunto arquitetônico.
- Riscos à saúde pública: O aumento dos níveis de poluição do ar está diretamente ligado ao crescimento de doenças respiratórias entre os moradores, configurando uma grave preocupação sanitária.
Além dos danos materiais e ambientais, o manifesto enfatiza que a continuidade dessa degradação coloca em risco o título de Patrimônio da Humanidade concedido pela UNESCO, podendo ser revogado caso medidas de proteção não sejam adotadas com urgência.
CHAMADO À AÇÃO
O Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas reforça seu compromisso em liderar um diálogo urgente com empresas mineradoras e órgãos de preservação nas esferas municipal, estadual, federal e internacional. A busca por alternativas sustentáveis é essencial para garantir o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação do legado cultural da cidade.
Apoio da imprensa, da sociedade civil organizada, de especialistas e de todos aqueles que defendem o patrimônio histórico é fundamental neste momento crítico. O IHGC convida a comunidade a se unir nesta causa para proteger Congonhas e sua história para as futuras gerações.