Profetas de Aleijadinho ‘cara limpa’: turistas reagem a banho de tecnologia

Visitantes aprovam visual de esculturas do mestre do barroco após banho de biocida para retirada de líquens – com 6 anos de atraso – nas peças do século 18

Chega ao fim mais uma etapa da saga de conservação dos 12 profetas localizados no adro do Santuário Basílica do Bom Jesus de Matosinhos, no Centro Histórico de Congonhas, na Região Central de Minas. Em um período de quase quatro décadas, a partir de 1985, foram quatro ações para livrar as simbólicas esculturas em pedra-sabão feitas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, dos líquens que descaracterizam e desgastam os ícones do conjunto reconhecido como Patrimônio Mundial.

“É mais uma etapa nesta história”, diz o diretor de Patrimônio Histórico da Prefeitura de Congonhas, Hugo Cordeiro. E, depois dela, quem chega, já nota a diferença. São 11h de uma manhã ensolarada na “Cidade dos Profetas”, onde a luminosidade realça ainda mais a beleza das peças em pedra-sabão, no adro do templo do século 18. Recém-chegada à cidade, uma família de Vitória (ES) contempla as obras de arte esculpidas por Aleijadinho, e gosta do que vê, ao comparar com outros tempos. “Estão bem preservadas, limpas”, diz o aposentado Pedro Gabriel de Oliveira, diante das estátuas barrocas agora livres dos micro-organismos, especialmente líquens, que dominavam cabeça, braços e tronco.

Posando para fotos ao lado da mulher, Linda Viana de Oliveira, e da filha, Joice Torres Viana de Oliveira, Pedro Gabriel conta que já esteve em Congonhas outras vezes e se dispõe sempre a voltar. Na primeira visita à “Cidade dos Profetas”, Joice se encantou com o conjunto arquitetônico e artístico reconhecido como patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) e formado ainda pelas seis capelas (Passos da Paixão de Cristo), com 64 esculturas em cedro vermelho. A exemplo da família capixaba, cerca de 500 mil pessoas visitam Congonhas anualmente, de acordo a prefeitura local.

Cerca de 500 mil pessoas visitam Congonhas anualmente, de acordo a prefeitura local.
Cerca de 500 mil pessoas visitam Congonhas anualmente, de acordo a prefeitura local.Jair Amaral/EM/D.A Press

Esculpidos entre 1800 e 1805, os profetas Joel, Jonas, Amós, Abdias, Daniel, Baruc, Isaías, Oseias, Ezequiel, Jeremias, Naum e Habacuc exibem aspecto bem diferente de cinco meses atrás quando começou o trabalho de remoção dos micro-organismos, com aplicação de álcool a 70% e de um biocida, com recursos da Prefeitura de Congonhas.

Em 6 de junho, o Estado de Minas documentou o início do serviços nas estátuas de Abdias, Habacuc, Naum e Amós, a cargo da equipe do Grupo Oficina de Restauro, de Belo Horizonte. Da equipe coordenada pelos restauradores Adriano Ramos e Rosângela Reis Costa, fizeram parte o geólogo Antônio Gilberto Costa e o biólogo Aristóteles Goes Neto, com consultoria do geólogo português José Delgado Rodrigues.

O próximo passo é monitorar e cuidar das esculturas em pedra-sabão, para não haver proliferação de líquens. “Concluímos nossa etapa, que era a de remoção dos micro-organismos. A partir de agora, será fundamental o acompanhamento semestral”, orienta Rosângela Reis Costa. Continuidade é a palavra de ordem, pois o depósito de excremento de pássaros ou mesmo de poeira na pedra-sabão após as chuvas pode favorecer a proliferação dos líquens, explica Rosângela, que prefere não falar em “limpeza”, pois, em se tratando de pedra, a questão se torna muito complexa.

Aplicado pela última vez em 2012, o biocida, antecedido de álcool 70, não interfere na beleza e integridade do conjunto bicentenário, segundo os especialistas. Além de supervisão de representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o serviço foi acompanhado pelo reitor da basílica, cônego Nédson Pereira de Assis, e pelo diretor de Patrimônio Histórico de Congonhas, Hugo Cordeiro. A atual linha de pesquisas, a cargo do corpo técnico multidisciplinar, não contempla possível ação de poeira de mineração sobre as obras.

Satisfeito com o resultado do serviço, que considera “muito bom” por ter removido, de forma cuidadosa, toda a camada de líquens, e trazido de volta o esplendor da obra de Aleijadinho, cônego Nédson considera essencial o monitoramento constante para evitar problemas. “A arte do mestre do Barroco e da sua equipe não era mais perceptível, pois os líquens descaracterizavam os rostos, as mãos, enfim, todos os detalhes que impregnados na pedra.”

O reitor concorda com a necessidade de monitoramento do conjunto para preservação. “Precisamos, sim, fazer o acompanhamento constante, e não deixar passar muito tempo sem a aplicação do biocida, indicado para ocorrer de cinco em cinco anos”, ressaltou o reitor, lembrando que o uso de álcool 70 pode ter efeito satisfatório e menos agressivo à pedra contra os líquens, desde que seguidas as determinações dos especialistas e do Iphan. Com o monitoramento, a prefeitura e a reitoria da basílica podem observar se há desgaste da pedra ou nova formação de comunidades de micro-organismos.

Cônego Nédson considera importante a conservação das estátuas dos profetas, tanto para se manter a qualidade artística da obra de Aleijadinho, o gênio do Barroco, quanto para transmissão da fé expressa no conjunto aos devotos que chegam à basílica e podem sentir o amor do artista pela Igreja e por Cristo.

Preservação

O mais recente serviço de remoção dos micro-organismos nos profetas de Aleijadinho demandou três aplicações, sendo a primeira no início de junho. Programado para ocorrer de cinco em cinco anos, o serviço estava atrasado em seis anos, como mostrou reportagem do Estado de Minas em 3 de novembro de 2021, quando visitantes demonstravam preocupação com o bem histórico e religioso. A Prefeitura de Congonhas custeou e esteve à frente da empreitada, conforme entendimento com o Iphan, responsável pelo tombamento do conjunto em 1939, e com autorização da reitoria da basílica, vinculada à Arquidiocese de Mariana.

Quem chega de longe está sempre de olhos bem abertos para ver a maravilha desse tesouro de Minas e da humanidade, a exemplo de dois amigos cariocas admirados com as obras de Aleijadinho. “É a exuberância da simplicidade barroca”, observou Djalma Lima, professor de literatura, sobre a “monumentalidade” do patrimônio. Ao lado, Patrícia Amaral, professora de sociologia e filosofia, destacou a importância de se preservar o patrimônio cultural brasileiro, “embora seja uma tarefa muito difícil”.

Referência Mundial

De acordo com o Iphan, o conjunto dos profetas do Antigo Testamento esculpido por Antonio Francisco Lisboa (1738-1814), o Aleijadinho, na Basílica Bom Jesus de Matosinhos é considerado uma das obras-primas do barroco mundial. O conjunto foi tombado pelo Iphan em 1939 e reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial em 1985.

Com grande visitação turística, o conjunto se compõe da igreja, com interior em estilo rococó, e seis capelas dispostas lado a lado, denominadas Passos, com a via-crúcis de Jesus, além de um adro murado e uma escadaria externa monumental decorada com estátuas dos 12 profetas.

A escolha dos mensageiros

A escolha de Joel, Jonas, Amós, Abdias, Daniel, Baruc, Isaías, Oseias, Ezequiel, Jeremias, Naum e Habacuc entre os 16 profetas que constituem a série do Antigo Testamento, se deve, conforme a especialista em arte sacra e colonial do Brasil, Myriam Andrade, à disposição arquitetônica dos 12 suportes para as esculturas. Assim, o artista, restrito a esse número, selecionou os personagens na ordem de sua entrada na Bíblia, excluindo Miquéias para dar lugar a Habacuc. Cada um deles traz lateralmente o texto de sua profecia gravado em latim nos rolos de pergaminhos. A riqueza de detalhes pode ser percebida pelos visitantes, seja no expressionismo das estátuas ou nas exóticas vestimentas dos profetas barrocos. Essa última foi, inclusive, tema de pesquisa do historiador norte-americano Robert Smith, que verificou referências à arte religiosa portuguesa no período de 1500-1800, inspirada nas pinturas flamengas do fim da era medieval.

Batalha de quatro décadas


A orientação é que o biocida seja aplicado de cinco em cinco anos para deixar os profetas livres dos micro-organismos grudados na pedra-sabão. Mas, desde 1985, houve apenas quatro intervenções nas esculturas:


1985

Feito trabalho de conservação nas esculturas, a cargo de restauradores Instituto Estadual Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).


2007

Vinte e dois anos depois, é feito novo serviço de remoção dos líquens, desta vez pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


2012

Também com acompanhamento do Iphan, novo serviço de limpeza é executado cinco anos depois, com aplicação de biocida (acima).


2023

Em 6 de junho, após 11 anos (o trabalho deveria ter ocorrido em 2017), teve início a nova aplicação de biocida, com custos bancados pela Prefeitura de Congonhas e acompanhamento do Iphan. O serviço já foi concluído.

FONTE ESTADODE MINAS

Câmara aprova Projeto de Lei que autoriza repasse de recursos para projetos de restauração da Capela Olhos d´água

Capela setecentista, tombada pelo Município, deverá passar por obras de reforma e restauração artística, sendo necessária a viabilização do seu Projeto Executivo

Capela Olhos d´Água em Entre Rios de Minas. Foto: Eduardo Maia

O Município de Entre Rios de Minas repassará à Paróquia de Nossa Senhora das Brotas o valor de R$ 57.450,00 para aplicação na elaboração dos projetos de reforma e restauração da Capela Olhos d’água, localizada na comunidade homônima, a 18km do Centro da cidade. O repasse do recurso será viabilizado após a aprovação do Projeto de Lei n° 47, de 02 de Outubro de 2023, o qual tem por objetivo subsidiar a preservação do patrimônio histórico do Município, haja vista a importância da edificação datada da primeira metade do século XVIII. O plano de trabalho foi votado e aprovado pelos vereadores durante a 18° Reunião Ordinária, realizada na última terça (17). Ao todo, somados valores da parceria entre o Município e a Paróquia, serão aportados R$ 74.950,00 para suprir o custo total do projeto. A Lei nº 2.006/2023 foi sancionada na última sexta-feira, 20.

Para atender à finalidade da proposta, a Paróquia também participará com recursos, aplicando o valor de R$ 17.500,00. O restante será de responsabilidade do Município, sendo que R$ 40 mil serão decorrentes de recursos financeiros devolvidos pela Câmara Municipal. Dessa forma, o Executivo complementará com R$ 17.450,00. Os recursos serão repassados de forma parcelada.

Durante a sessão, o vereador Thiago Itamar (Ted) afirmou ser favorável ao Projeto, devido sua importância, apesar de não concordar com a anulação de recursos do Orçamento destinados à implantação do Parque Industrial Tecnológico. O valor será retirado da secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo para ser repassado à Paróquia. Ted também afirmou que a proposta é possível promover o repasse de recursos à Paróquia, neste caso, uma vez que a capela  é monumento tombado. Dessa forma, o projeto em questão apresenta-se como iniciativa de preservação cultural. O vereador Levi da Costa Campos também se manifestou favorável, principalmente pelo fomento ao Turismo, devido a Capela estar localizada na Estrada Real.

Presente à sessão, o representante da Paróquia Nossa Senhora das Brotas, Padre Ildeu da Cruz falou sobre o projeto. Ele agradeceu a oportunidade de apresentá-lo na Casa e afirmou que a Igreja é importante não só no aspecto religioso, mas também artístico, cultural e turístico do Município. “Juntos nós podemos somar forças para cuidar desse patrimônio cultural e histórico da nossa cidade”, afirma.

O Vereador Rivael Nunes Machado lembrou que o Município receberá também recursos para a execução das obras de reforma e restauro da Capela, provenientes de indicação parlamentar do Deputado Dr. Frederico, totalizando cerca de R$ 1 milhão, os quais serão repassados pela União de forma parcelada. Para tanto, serão necessários os projetos arquitetônico, estrutural, luminotécnico, sistema de combate a incêndio, hidráulico, drenagem pluvial. Por fim, o vereador parabenizou o Presidente da Câmara pela iniciativa, o Prefeito José Walter pela sensibilidade e também o Padre Ildeu.

O Presidente da Casa, Ronivon Alves de Souza (Roni Enfermeiro), afirmou que a contribuição da Câmara de R$ 40 mil ocorre em nome de todos os vereadores e servidores da Casa Legislativa. O vereador João Gonçalves (Joãozinho Cricri) exaltou o trabalho realizado pelo Padre no Município e também o Projeto de restauração da Capela. O vereador José Resende (Juquinha do Taxi), também destacou a sensibilidade do Prefeito em cumprir seu compromisso com a Paróquia e afirmou seu voto favorável ao projeto. 

A importância da Capela Olhos d´Água para o Município

A Capela Olhos d´àgua é mais antiga da região e está localizada próxima do distrito da Serra do Camapuã, sendo reconhecida por sua importância como patrimônio artístico e histórico no Município. Ela remete à devoção a Nossa Senhora da Lapa pelos moradores e pertence a primeira fase da arte colonial mineira. Durante uma reforma foi encontrado um caibro que datava o ano de 1683. A Capela foi tombada pelo Município no ano de 2000, de acordo com o Dossiê de Tombamento Histórico de Entre Rios de Minas. 

Além disso, é um importante ponto turístico na região, considerando que está dentro da rota “Caminhos de São Tiago”,  programa viabilizado pelo Circuito Trilha dos Inconfidentes que tem início na cidade de Ouro Preto e término em São Tiago.

FONTE CÂMARA MUNICIPAL ENTRE RIO DE MINAS

Câmara aprova Projeto de Lei que autoriza repasse de recursos para projetos de restauração da Capela Olhos d´água

Capela setecentista, tombada pelo Município, deverá passar por obras de reforma e restauração artística, sendo necessária a viabilização do seu Projeto Executivo

Capela Olhos d´Água em Entre Rios de Minas. Foto: Eduardo Maia

O Município de Entre Rios de Minas repassará à Paróquia de Nossa Senhora das Brotas o valor de R$ 57.450,00 para aplicação na elaboração dos projetos de reforma e restauração da Capela Olhos d’água, localizada na comunidade homônima, a 18km do Centro da cidade. O repasse do recurso será viabilizado após a aprovação do Projeto de Lei n° 47, de 02 de Outubro de 2023, o qual tem por objetivo subsidiar a preservação do patrimônio histórico do Município, haja vista a importância da edificação datada da primeira metade do século XVIII. O plano de trabalho foi votado e aprovado pelos vereadores durante a 18° Reunião Ordinária, realizada na última terça (17). Ao todo, somados valores da parceria entre o Município e a Paróquia, serão aportados R$ 74.950,00 para suprir o custo total do projeto. A Lei nº 2.006/2023 foi sancionada na última sexta-feira, 20.

Para atender à finalidade da proposta, a Paróquia também participará com recursos, aplicando o valor de R$ 17.500,00. O restante será de responsabilidade do Município, sendo que R$ 40 mil serão decorrentes de recursos financeiros devolvidos pela Câmara Municipal. Dessa forma, o Executivo complementará com R$ 17.450,00. Os recursos serão repassados de forma parcelada.

Durante a sessão, o vereador Thiago Itamar (Ted) afirmou ser favorável ao Projeto, devido sua importância, apesar de não concordar com a anulação de recursos do Orçamento destinados à implantação do Parque Industrial Tecnológico. O valor será retirado da secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo para ser repassado à Paróquia. Ted também afirmou que a proposta é possível promover o repasse de recursos à Paróquia, neste caso, uma vez que a capela  é monumento tombado. Dessa forma, o projeto em questão apresenta-se como iniciativa de preservação cultural. O vereador Levi da Costa Campos também se manifestou favorável, principalmente pelo fomento ao Turismo, devido a Capela estar localizada na Estrada Real.

Presente à sessão, o representante da Paróquia Nossa Senhora das Brotas, Padre Ildeu da Cruz falou sobre o projeto. Ele agradeceu a oportunidade de apresentá-lo na Casa e afirmou que a Igreja é importante não só no aspecto religioso, mas também artístico, cultural e turístico do Município. “Juntos nós podemos somar forças para cuidar desse patrimônio cultural e histórico da nossa cidade”, afirma.

O Vereador Rivael Nunes Machado lembrou que o Município receberá também recursos para a execução das obras de reforma e restauro da Capela, provenientes de indicação parlamentar do Deputado Dr. Frederico, totalizando cerca de R$ 1 milhão, os quais serão repassados pela União de forma parcelada. Para tanto, serão necessários os projetos arquitetônico, estrutural, luminotécnico, sistema de combate a incêndio, hidráulico, drenagem pluvial. Por fim, o vereador parabenizou o Presidente da Câmara pela iniciativa, o Prefeito José Walter pela sensibilidade e também o Padre Ildeu.

O Presidente da Casa, Ronivon Alves de Souza (Roni Enfermeiro), afirmou que a contribuição da Câmara de R$ 40 mil ocorre em nome de todos os vereadores e servidores da Casa Legislativa. O vereador João Gonçalves (Joãozinho Cricri) exaltou o trabalho realizado pelo Padre no Município e também o Projeto de restauração da Capela. O vereador José Resende (Juquinha do Taxi), também destacou a sensibilidade do Prefeito em cumprir seu compromisso com a Paróquia e afirmou seu voto favorável ao projeto. 

A importância da Capela Olhos d´Água para o Município

A Capela Olhos d´àgua é mais antiga da região e está localizada próxima do distrito da Serra do Camapuã, sendo reconhecida por sua importância como patrimônio artístico e histórico no Município. Ela remete à devoção a Nossa Senhora da Lapa pelos moradores e pertence a primeira fase da arte colonial mineira. Durante uma reforma foi encontrado um caibro que datava o ano de 1683. A Capela foi tombada pelo Município no ano de 2000, de acordo com o Dossiê de Tombamento Histórico de Entre Rios de Minas. 

Além disso, é um importante ponto turístico na região, considerando que está dentro da rota “Caminhos de São Tiago”,  programa viabilizado pelo Circuito Trilha dos Inconfidentes que tem início na cidade de Ouro Preto e término em São Tiago.

FONTE CÂMARA MUNICIPAL ENTRE RIO DE MINAS

Preservação do patrimônio: Começam as restaurações das capelas e esculturas de Aleijadinho em Congonhas

A Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (Seplag), por meio da Superintendência de Gestão de Cidades, através da Diretoria de Patrimônio, informa que deu início aos trabalhos de execução dos serviços especializados de desinfecção, pelo método “anoxia”, nas esculturas e peças da capela da Santa Ceia, que fazem parte do conjunto de obras do mestre Aleijadinho dispostas no adro da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas MG.

Trata-se de importante ação de preservação do patrimônio histórico e artístico local que há vários anos não acontecia e que vai proporcionar maior salvaguarda e longevidade aos monumentos que fazem parte do conjunto tombado pela Unesco como patrimônio da humanidade em Congonhas.

Na capela da Santa Ceia, a desinfecção será nos dois armários, mesas, tablado e banco, além das esculturas que se encontram ali dispostas. Elas já passam pelo processo inicial de embalagem. Os procedimentos serão acompanhados por equipe técnica especializada da Prefeitura, Iphan e empresa contratada. Além disso, todas as forças de segurança foram acionadas e as medidas adotadas para agir sob qualquer possível eventualidade durante o processo.

De acordo com projeto técnico, o trabalho tem previsão de 8 meses.

Por: Daniel Palazzi – Comunicação Prefeitura de Congonhas
Foto: Hugo Cordeiro

Preservação do patrimônio: Começam as restaurações das capelas e esculturas de Aleijadinho em Congonhas

A Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (Seplag), por meio da Superintendência de Gestão de Cidades, através da Diretoria de Patrimônio, informa que deu início aos trabalhos de execução dos serviços especializados de desinfecção, pelo método “anoxia”, nas esculturas e peças da capela da Santa Ceia, que fazem parte do conjunto de obras do mestre Aleijadinho dispostas no adro da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas MG.

Trata-se de importante ação de preservação do patrimônio histórico e artístico local que há vários anos não acontecia e que vai proporcionar maior salvaguarda e longevidade aos monumentos que fazem parte do conjunto tombado pela Unesco como patrimônio da humanidade em Congonhas.

Na capela da Santa Ceia, a desinfecção será nos dois armários, mesas, tablado e banco, além das esculturas que se encontram ali dispostas. Elas já passam pelo processo inicial de embalagem. Os procedimentos serão acompanhados por equipe técnica especializada da Prefeitura, Iphan e empresa contratada. Além disso, todas as forças de segurança foram acionadas e as medidas adotadas para agir sob qualquer possível eventualidade durante o processo.

De acordo com projeto técnico, o trabalho tem previsão de 8 meses.

Por: Daniel Palazzi – Comunicação Prefeitura de Congonhas
Foto: Hugo Cordeiro

Ouro Preto: Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Antônio Dias celebra restauração de imagens históricas

A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Antônio Dias está em festa. Durante a noite desta quarta-feira, dia 27, o primeiro dia do tríduo em honra a Nossa Senhora das Mercês e Perdões, ocorreu a entrega de quatro imagens restauradas com apoio da Prefeitura de Ouro Preto.

A entrega simbólica ocorreu após a Missa Festiva na Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões, conhecida popularmente como Mercês de Baixo. O prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, e os restauradores das obras, Aldo Araújo e Eva Zaldivar, receberam homenagens pela comunidade em agradecimento pelo trabalho de restauração das imagens. Na ocasião, também aconteceu a comemoração dos 280 anos da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora das Mercês e Perdões.

Desse modo, o município de Ouro Preto atendeu uma demanda da Irmandade de Nossa Senhora das Mercês e Perdões, a instituição que celebra também, neste mês de setembro, além dos 280 anos de fundação, 200 anos de elevação à Ordem Terceira. A entidade pediu apoio na restauração de algumas imagens que compõem o acervo da Igreja das Mercês de Baixo. A Prefeitura de Ouro Preto e o prefeito Angelo Oswaldo participaram do processo e a paróquia recebeu de presente as imagens restauradas.

De acordo com Aldo Araújo, um dos restauradores responsáveis, a Prefeitura patrocinou a restauração da imagem de Bom Jesus dos Perdões (que é mais antiga que a própria igreja, pois pertencia à capela primitiva que existia no local, demolida para construção da Igreja das Mercês de Baixo), da imagem de Nossa Senhora das Mercês (e dos dois cativos que acompanham a imagem da Santa), da Coroa de Prata de Nossa Senhora, do Resplendor de Prata de Cristo, e da Vestimenta da Santa, do século XIX.

Sobre o processo de restauração em Ouro Preto

Ainda conforme o restaurador Aldo Araújo, “as imagens estavam em estado razoável de conservação, elas tinham muita cera, muito verniz oxidado e partes de uma remoção e de uma pintura que deve ter acontecido muitos anos atrás, não concluída”, destacou o profissional. Diante disso, as seguintes medidas foram tomadas: refixação da policromia, remoção dessa pintura que não foi finalizada e aplicação de verniz. O Cristo tinha vários dedos quebrados que passaram por reconstrução, além de outras ações como a limpeza completa da prataria, processo de destemperação e polimento. Também foi refeita a haste de sustentação do Cristo.

O prefeito Angelo Oswaldo agradeceu a homenagem recebida na celebração: “Os Irmãos e as Irmãs da Ordem das Mercês e Perdões me deram este certificado pelo apoio da Prefeitura de Ouro Preto na recuperação de bens sacros dessa igreja, um patrimônio cultural muito significativo do povo ouro-pretano. Muito obrigado pela homenagem, mas são vocês que estão de parabéns pelos 280 anos dessa grande instituição da fé e da cultura”, agradeceu o prefeito.

Informações: Patrick de Araújo

FONTE JORNAL GALILÉ

Ouro Preto: Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Antônio Dias celebra restauração de imagens históricas

A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Antônio Dias está em festa. Durante a noite desta quarta-feira, dia 27, o primeiro dia do tríduo em honra a Nossa Senhora das Mercês e Perdões, ocorreu a entrega de quatro imagens restauradas com apoio da Prefeitura de Ouro Preto.

A entrega simbólica ocorreu após a Missa Festiva na Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões, conhecida popularmente como Mercês de Baixo. O prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, e os restauradores das obras, Aldo Araújo e Eva Zaldivar, receberam homenagens pela comunidade em agradecimento pelo trabalho de restauração das imagens. Na ocasião, também aconteceu a comemoração dos 280 anos da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora das Mercês e Perdões.

Desse modo, o município de Ouro Preto atendeu uma demanda da Irmandade de Nossa Senhora das Mercês e Perdões, a instituição que celebra também, neste mês de setembro, além dos 280 anos de fundação, 200 anos de elevação à Ordem Terceira. A entidade pediu apoio na restauração de algumas imagens que compõem o acervo da Igreja das Mercês de Baixo. A Prefeitura de Ouro Preto e o prefeito Angelo Oswaldo participaram do processo e a paróquia recebeu de presente as imagens restauradas.

De acordo com Aldo Araújo, um dos restauradores responsáveis, a Prefeitura patrocinou a restauração da imagem de Bom Jesus dos Perdões (que é mais antiga que a própria igreja, pois pertencia à capela primitiva que existia no local, demolida para construção da Igreja das Mercês de Baixo), da imagem de Nossa Senhora das Mercês (e dos dois cativos que acompanham a imagem da Santa), da Coroa de Prata de Nossa Senhora, do Resplendor de Prata de Cristo, e da Vestimenta da Santa, do século XIX.

Sobre o processo de restauração em Ouro Preto

Ainda conforme o restaurador Aldo Araújo, “as imagens estavam em estado razoável de conservação, elas tinham muita cera, muito verniz oxidado e partes de uma remoção e de uma pintura que deve ter acontecido muitos anos atrás, não concluída”, destacou o profissional. Diante disso, as seguintes medidas foram tomadas: refixação da policromia, remoção dessa pintura que não foi finalizada e aplicação de verniz. O Cristo tinha vários dedos quebrados que passaram por reconstrução, além de outras ações como a limpeza completa da prataria, processo de destemperação e polimento. Também foi refeita a haste de sustentação do Cristo.

O prefeito Angelo Oswaldo agradeceu a homenagem recebida na celebração: “Os Irmãos e as Irmãs da Ordem das Mercês e Perdões me deram este certificado pelo apoio da Prefeitura de Ouro Preto na recuperação de bens sacros dessa igreja, um patrimônio cultural muito significativo do povo ouro-pretano. Muito obrigado pela homenagem, mas são vocês que estão de parabéns pelos 280 anos dessa grande instituição da fé e da cultura”, agradeceu o prefeito.

Informações: Patrick de Araújo

FONTE JORNAL GALILÉ

Mariana expõe tesouros revelados na restauração de monumentos

Objetos recolhidos durante o restauro da Igreja de São Francisco de Assis integram acervo de museu que será inaugurado hoje, junto com a reabertura do templo

Mariana – Ao reabrirem as portas, na manhã de hoje, a Igreja São Francisco de Assis e o Museu de Mariana (Casa do Conde de Assumar), em Mariana, na Região Central do estado, terão muito mais a mostrar do que as imagens do templo barroco, os ambientes dos tempos coloniais e parte da história tricentenária da primeira vila, cidade e diocese de Minas Gerais. Durante o restauro dos dois bens do século 18, o trabalho foi acompanhado por arqueólogos, que encontraram objetos e fragmentos descartados ao longo do tempo e, agora, apresentados a moradores e visitantes.

“Estivemos presentes durante toda a movimentação dos trabalhadores, nas áreas externa e interna da igreja e do museu”, explica a arqueóloga Clarisse Callegari Jacques, da Peruaçu Arqueologia, empresa contratada para o serviço. Assim, enquanto as equipes se dedicavam às mais diversas funções, do encanamento, com escavação no solo, ao restauro do forro, os arqueólogos estavam de olho no “lado oculto” da edificação tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Na vala feita ao redor da igreja e do museu para implantação do sistema de descarga elétrica, foram encontrados muitos objetos, entre antigos e recentes, diz Clarisse, informando que a área foi muito “remexida” ao longo dos anos, indicando possíveis interferências. Assim, o que poderia ser considerado lixo para alguns, representa, na verdade, um valioso material de pesquisa sobre a história,  os costumes e as tradições da cidade.

Em toda a área externa, foram retirados cacos de louça, ossos de animais, cachimbos (de cerâmica) de escravizados, fragmentos de telhas, de pedra-sabão e de grés (tipo de cerâmica), cacos de garrafas de bebida alcoólica, remédios e vidraça, peças de metal, a exemplo de chaves, dobradiças e cravos. Especificamente na área interna da igreja, estavam pedaços de imagens de santos.

A casa do conde Assumar passa a abrigar o museu de Mariana(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)

CARTAS DE DEVOÇÃO 

Chamou a atenção da equipe de arqueólogos as cartas manuscritas, algumas com moedinhas, muitas delas pedindo ajuda e a bênção dos santos. “Encontramos também bilhetes enfiados nas paredes da igreja e até no forro”, conta Clarisse. Documentos pessoais, papéis de bala, canetas, brinquedos, incluindo um cavalinho, também foram descobertos

Na área interna do templo, o serviço foi realizado abaixo das campas (antigamente usadas para sepultamento), espaço que demandou obras para sustentação, e abaixo da sacristia, bem como nas áreas de banheiro, para instalação de nova estrutura hidráulica.

O material coletado teve várias destinações. Enquanto as cartas, bilhetes e documentos foram encaminhados ao Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, parte do material arqueológico foi levado para o Museu de Ciência e Técnica (MCT) da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Outra parte do material ficará exposta no Museu de Mariana, a partir de hoje.

já a igreja de São Francisco de assis será reaberta às 10h, depois de obras que demandaram recursos de R$ 17 milhões e muitos anos de expectativa(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)

CERIMÔNIA 

Marcada para as 10h desta quinta-feira (28/9), a solenidade de reabertura da Igreja São Francisco de Assis e inauguração do Museu de Mariana contará com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, em sua primeira visita a Minas após assumir a pasta.

Nos últimos quatro anos, foram investidos, nas duas obras, R$ 17 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto Cultural Vale e programa federal PAC das Cidades Históricas, cujos recursos partem do Iphan. O Centro Histórico de Mariana tem tombamento federal, sendo o templo católico protegido isoladamente pelo Iphan.

Foram muitos anos de expectativa, dúvidas, temores e polêmicas. Por duas vezes, a igreja sofreu interdição, conforme documentou o Estado de Minas. Em março de 2009, por determinação da Justiça, as portas foram lacradas, com proibição de atividades religiosas e visitação pública, até que fossem executadas obras para garantir a estabilidade da estrutura e a segurança dos visitantes. Na época, o pedido de interdição partiu do Ministério Público de Minas Gerais, por solicitação do escritório regional do Iphan.

A segunda interdição ocorreu três anos depois, e, desde então, a igreja estava fechada. Em maio de 2012, a Prefeitura de Mariana fechou o templo com base em laudo do Iphan, que apontou problemas na cobertura e estrutura do prédio. Já a Casa do Conde de Assumar, transformada em Museu de Mariana, em situação de quase arruinamento, tinha portas e janelas constantemente fechadas.

Os investimentos na recuperação da igreja começaram em 2014, com os projetos de obra civil (hidráulica, elétrica e prevenção de incêndios) e elementos artísticos custeados pela Prefeitura de Mariana e Iphan, no PAC das Cidades Históricas. Em 2019, vieram as obras, tendo como proponente o Instituto Pedra e recursos do BNDES e do Instituto Cultural Vale.

A Casa do Conde Assumar, na área de tombamento federal, teve projetos elaborados com recursos da prefeitura local e projeto museográfico a cargo do PAC Cidades Históricas. A exemplo da Igreja São Francisco de Assis, o proponente é o Instituto Pedra e os recursos partiram do BNDES e do Instituto Cultural Vale. 

FONTE ESTADO DE MINAS

Mariana expõe tesouros revelados na restauração de monumentos

Objetos recolhidos durante o restauro da Igreja de São Francisco de Assis integram acervo de museu que será inaugurado hoje, junto com a reabertura do templo

Mariana – Ao reabrirem as portas, na manhã de hoje, a Igreja São Francisco de Assis e o Museu de Mariana (Casa do Conde de Assumar), em Mariana, na Região Central do estado, terão muito mais a mostrar do que as imagens do templo barroco, os ambientes dos tempos coloniais e parte da história tricentenária da primeira vila, cidade e diocese de Minas Gerais. Durante o restauro dos dois bens do século 18, o trabalho foi acompanhado por arqueólogos, que encontraram objetos e fragmentos descartados ao longo do tempo e, agora, apresentados a moradores e visitantes.

“Estivemos presentes durante toda a movimentação dos trabalhadores, nas áreas externa e interna da igreja e do museu”, explica a arqueóloga Clarisse Callegari Jacques, da Peruaçu Arqueologia, empresa contratada para o serviço. Assim, enquanto as equipes se dedicavam às mais diversas funções, do encanamento, com escavação no solo, ao restauro do forro, os arqueólogos estavam de olho no “lado oculto” da edificação tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Na vala feita ao redor da igreja e do museu para implantação do sistema de descarga elétrica, foram encontrados muitos objetos, entre antigos e recentes, diz Clarisse, informando que a área foi muito “remexida” ao longo dos anos, indicando possíveis interferências. Assim, o que poderia ser considerado lixo para alguns, representa, na verdade, um valioso material de pesquisa sobre a história,  os costumes e as tradições da cidade.

Em toda a área externa, foram retirados cacos de louça, ossos de animais, cachimbos (de cerâmica) de escravizados, fragmentos de telhas, de pedra-sabão e de grés (tipo de cerâmica), cacos de garrafas de bebida alcoólica, remédios e vidraça, peças de metal, a exemplo de chaves, dobradiças e cravos. Especificamente na área interna da igreja, estavam pedaços de imagens de santos.

A casa do conde Assumar passa a abrigar o museu de Mariana(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)

CARTAS DE DEVOÇÃO 

Chamou a atenção da equipe de arqueólogos as cartas manuscritas, algumas com moedinhas, muitas delas pedindo ajuda e a bênção dos santos. “Encontramos também bilhetes enfiados nas paredes da igreja e até no forro”, conta Clarisse. Documentos pessoais, papéis de bala, canetas, brinquedos, incluindo um cavalinho, também foram descobertos

Na área interna do templo, o serviço foi realizado abaixo das campas (antigamente usadas para sepultamento), espaço que demandou obras para sustentação, e abaixo da sacristia, bem como nas áreas de banheiro, para instalação de nova estrutura hidráulica.

O material coletado teve várias destinações. Enquanto as cartas, bilhetes e documentos foram encaminhados ao Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, parte do material arqueológico foi levado para o Museu de Ciência e Técnica (MCT) da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Outra parte do material ficará exposta no Museu de Mariana, a partir de hoje.

já a igreja de São Francisco de assis será reaberta às 10h, depois de obras que demandaram recursos de R$ 17 milhões e muitos anos de expectativa(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)

CERIMÔNIA 

Marcada para as 10h desta quinta-feira (28/9), a solenidade de reabertura da Igreja São Francisco de Assis e inauguração do Museu de Mariana contará com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, em sua primeira visita a Minas após assumir a pasta.

Nos últimos quatro anos, foram investidos, nas duas obras, R$ 17 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto Cultural Vale e programa federal PAC das Cidades Históricas, cujos recursos partem do Iphan. O Centro Histórico de Mariana tem tombamento federal, sendo o templo católico protegido isoladamente pelo Iphan.

Foram muitos anos de expectativa, dúvidas, temores e polêmicas. Por duas vezes, a igreja sofreu interdição, conforme documentou o Estado de Minas. Em março de 2009, por determinação da Justiça, as portas foram lacradas, com proibição de atividades religiosas e visitação pública, até que fossem executadas obras para garantir a estabilidade da estrutura e a segurança dos visitantes. Na época, o pedido de interdição partiu do Ministério Público de Minas Gerais, por solicitação do escritório regional do Iphan.

A segunda interdição ocorreu três anos depois, e, desde então, a igreja estava fechada. Em maio de 2012, a Prefeitura de Mariana fechou o templo com base em laudo do Iphan, que apontou problemas na cobertura e estrutura do prédio. Já a Casa do Conde de Assumar, transformada em Museu de Mariana, em situação de quase arruinamento, tinha portas e janelas constantemente fechadas.

Os investimentos na recuperação da igreja começaram em 2014, com os projetos de obra civil (hidráulica, elétrica e prevenção de incêndios) e elementos artísticos custeados pela Prefeitura de Mariana e Iphan, no PAC das Cidades Históricas. Em 2019, vieram as obras, tendo como proponente o Instituto Pedra e recursos do BNDES e do Instituto Cultural Vale.

A Casa do Conde Assumar, na área de tombamento federal, teve projetos elaborados com recursos da prefeitura local e projeto museográfico a cargo do PAC Cidades Históricas. A exemplo da Igreja São Francisco de Assis, o proponente é o Instituto Pedra e os recursos partiram do BNDES e do Instituto Cultural Vale. 

FONTE ESTADO DE MINAS

Esperança para um ícone da Serra do Cipó

Projeto de restauração da estátua do ermitão atrai rede de farmácias disposta a bancar 20% da obra, anuncia artista plástica

Deteriorando com a ação do tempo e sendo atacada por vândalos pichadores, a estátua do Juquinha da Serra do Cipó ganhou um respiro de esperança. De acordo com a sua criadora, a artista plástica Virgínia Ferreira, o projeto de restauração que ela aprovou em âmbito federal já atraiu um investidor e um especialista em captação de recursos. Caso o projeto seja viabilizado, bastariam dois meses para restaurar o monumento, que é um dos símbolos da serra, em Santana do Riacho, a 117 quilômetros de Belo Horizonte, na Região Central de Minas.

Depois de as reportagens do Estado de Minas mostrarem que a obra que é uma das mais fotografadas do estado estava em estado de deterioração pela ação das chuvas, do vento e do tempo, culminando com um ataque de vândalos pichadores, o projeto de restauração conseguiu atrair interessados. De acordo com a artista plástica, uma megarrede de farmácias que atua em Minas Gerais a procurou ofertando cerca de 20% do valor do projeto de restauração do Juquinha da Serra do Cipó.

Um especialista em captação de recursos para leis de incentivo à cultura, que trabalha com artistas renomados em Minas Gerais, também ofertou serviços para ajudar a conseguir os restantes 80% de recursos para que o Juquinha volte à sua forma original. “As pessoas estão aparecendo. O Juquinha é querido por todos, tem uma mensagem de bondade e de respeito ao meio ambiente de seu próprio exemplo de vida. Quem o apoia, apoia esses valores”, afirma Virgínia Ferreira.

No dia 10, o EM mostrou que a estátua erguida em 1987 está muito degradada e precisa de passar por um complexo processo de restauração. A escultura do Juquinha perdeu o dedão da mão direita; uma fenda se abriu em uma das pernas, enquanto as beiradas do chapéu se quebraram. Nos braços, há buracos com mais de um dedo de largura e profundidade. O paletó também exibe avarias e trincas. A superfície da obra de arte está tomada por trincas e rachaduras. Em algumas partes dos braços e pernas, os vergalhões de aço que dão forma à estrutura já estão expostos e enferrujando.

No dia 17, esse patrimônio da Serra do Cipó sofreu um ataque de vandalismo, segundo o administrador do restaurante que funciona ao lado da estátua, Dilceu Moreira da Silva. “Fechei o restaurante na noite de sábado e fui embora para casa. No domingo de manhã, quando cheguei para abrir o restaurante já estava tudo pichado. É por isso que essa obra tinha de ser melhor protegida, mas a verdade é que a abandonaram. Precisaria de ter iluminação, placas informativas, uma estrutura para dar proteção, mas só tem mesmo abandono”, protesta o administrador.

O projeto

Segundo Virgínia Ferreira, a restauração da obra levaria dois meses, com a necessidade de contratação de 15 pessoas. No processo, seria aplicado fungicida, as ferragens deterioradas precisariam ser trocadas, uma recomposição da estrutura e da forma são necessárias, limpeza minuciosa, acabamento e aplicação de proteção.

“É um projeto caro, porque as condições são precárias no local onde fica o Juquinha. É preciso abrir uma tenda, prover hotel ou pensão para as pessoas, transporte, alimentação, gerador de energia elétrica, andaimes e muito mais”, afirma Virgínia.

A estátua foi feita em 1987 pela artista, sob encomenda das prefeituras de Morro do Pilar e de Conceição do Mato Dentro. Esse personagem da Serra do Cipó está envolto por lendas e causos. Se chamava José Patrício e morreu em 1983. Diziam que o ermitão se alimentava de escorpiões e que já havia sido picado por mais de 100 cobras. Outra história contada sobre o andarilho dá conta de que tinha uma doença rara e que, por isso, perdeu a pulsação em uma noite. Chegou a ser velado, mas acordou dentro do caixão, assustando as pessoas que se despediam dele.

FONTE JORNAL ESTADO DE MINAS

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