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“ABRACE A SERRA DA MOEDA” reúne mais de 3 mil pessoas e homenageia as vítimas de Brumadinho

Maria Teresa Corujo (Teca) e Beatriz Vignolo, mulheres que lutam pela preservação das serras e águas de Minas/ Tarcísio Martins

“Nosso Luto é Nossa Luta” – Todos de preto, foi o tema do protesto anual do “Abrace”, que veio forte, com apoio da população de Brumadinho, para homenagear suas mais de 300 vítimas. Outro homenageado, ‘Corpo de Bombeiros’, pelo gratificante trabalho. A 12ª. Edição do “Abrace a Serra da Moeda”, que aconteceu na manhã de 21 de abril, no Topo do Mundo, Serra da Moeda, expôs temas, para reflexão, adotados pela política de Minas na concessão de licenciamentos às mineradoras. Os ambientalistas querem mudanças nas políticas públicas, fiscalização eficaz nos empreendimentos da região; sobretudo: preservação da água da Serra da Moeda e do Vale do Paraopeba.

Grupos ambientalistas ganham apoio da sociedade

A organização não governamental “Abrace a Serra da Moeda”, responsável pelo evento que tem bons apoiadores, desenvolve trabalhos em defesa das águas, e contra a expansão de grandes empreendimentos poluidores que causam impactos na serra. Dessa vez, trouxe para o cume da serra, um grupo de bailarinos dirigidos pelo ator, ‘dancer’ e ativista Tiago Gambogi. O coreógrafo apresentou movimentos devassadores: solidão, dor e perda de vidas, na tentativa de se sobreviver ao mar de lamas, provocado pelo rompimento da barragem do Feijão, em 25 de janeiro, Brumadinho.

O coreógrafo Tiago Gambogi e bailarinos dançaram a dor em meio ao mar de lama/Tarcísio Martins 

A sirene tocou às 12h28min. No ar fresco da serra rolou um clima de sentimento pelas mortes de Brumadinho. Em seguida, veio um caloroso abraço, simbólico, mas tremulando bandeiras negras: contra as injustiças sociais, naturais e culturais, que insistem em destruir a Serra da Moeda.

Texto e Fotos: Tarcísio Martins, jornalista e ambientalista.

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