3 de maio de 2024 20:12

Cidade vai receber mais de um bilhão em investimentos para exploração em terras raras

Operação da australiana Meteoric Resources pode gerar 700 empregos, segundo o governo de Minas

A empresa australiana Meteoric Resources assinou um protocolo de intenções com o governo de Minas Gerais, nessa quarta-feira (09/08), e anunciou o investimento de cerca de R$ 1 bilhão para explorar terras raras em Poços de Caldas, no Sul do Estado. O governo estadual prevê a geração de 700 empregos na operação.

O projeto da companhia australiana entrará em operação em 2026, estima o Ministério de Minas e Energia (MME). A empresa extrairá argila iônica, parte do chamado Projeto Caldeira. Esse tipo de mineral é utilizado em diversas indústrias, especialmente na produção de energia renovável, como turbinas eólicas e células fotovoltaicas, além de cabos, ímãs e baterias.

Terras raras é o nome dado ao conjunto elementos químicos geralmente misturados a minérios e de difícil extração – daí a raridade. As terras raras da região de Poços de Caldas são estudadas há uma década pela Togni, empresa instalada na região que é parceira do Projeto Caldeira.

Hoje, a China responde por 90% da produção em terras raras no mundo. O diretor executivo da Meteoric Resources, Marcelo de Carvalho, avalia que a exploração em Minas pode ter protagonismo global. “Esse projeto é o único do mundo que sobrevive com os preços atuais de terras raras fora da China. Por isso, nós acreditamos que esse projeto pode quebrar o monopólio chinês com terras raras”, diz.

Ao lado da Rússia, o Brasil tem a terceira maior reserva de terras raras do mundo, com 21 milhões de toneladas, segundo o Ministério de Minas e Energia — a campeã, China, tem 44 milhões de toneladas. Atualmente, entretanto, a extração no Brasil é pequena e se limita a reservas remanescentes no Rio de Janeiro.

Em Minas, além da exploração em Poços de Caldas, há estudos de viabilidade em Araxá, no Alto Paranaíba, e em Morro do Ferro, no Centro-Oeste do Estado. Amazonas, Bahia e Goiás também são avaliadas. Com o avanço dos projetos, o ministério projeta que o Brasil possa se tornar o terceiro maior produtor de minerais de terras raras do mundo.

(Com Agência Minas)

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