Jovem de 21 anos foi encontrada na noite de segunda-feira (19/2) às margens da BR-040, próximo a Pedro Leopoldo, na Grande BH, com 90% do corpo queimado
Layze Stephanie da Silva tinha 21 anos quando foi encontrada com 90% do corpo queimado às margens da BR-040, próximo a Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na noite dessa segunda-feira (19/2). A jovem era mãe de duas crianças, de 3 e 6 anos. Ela cresceu no Bairro Pindorama, na Região Noroeste da capital. De acordo com a Polícia Militar, Layze foi sequestrada no domingo (11/2) de carnaval e estava sendo mantida em cárcere privado por um namorado.
Ao Estado de Minas, a mãe da jovem contou que desde os 12 anos a filha “começou a dar trabalho” ao se envolver com pessoas “ruins” e a usar drogas. Mais velha, ela chegou a morar com o pai de seus filhos, mas o relacionamento não deu certo.
O último relacionamento de Layze teria sido com o homem preso, suspeito de matá-la. Segundo a mãe dela, a jovem o apresentou à família na sexta-feira (9/2), antes do carnaval. Os dois teriam ficado na casa até o domingo (11/2), quando ela saiu com o homem e não voltou.
“Tem umas duas semanas que ela trouxe esse cara aqui em casa para a gente conhecer ele. Apresentou ele para o pai dela como namorado. Ele disse que iria se casar com ela. Eles ficaram aqui em casa de sexta-feira a domingo”, conta a mãe.
Pelas redes sociais, uma amiga da jovem lamentou o fato. “Me pediu conselhos e conversamos tanto. Que Deus te dê um bom lugar”, escreveu a mulher.
Desaparecimento
Layze foi encontrada na noite dessa segunda-feira (19/2), às margens da BR-040, em Pedro Leopoldo, na Grande BH, por um caminhoneiro que passava pelo local. Ela estava com 90% do corpo queimado, chegou a ser encaminhada para o Hospital João XXIII, mas não resistiu aos ferimentos. Conforme boletim de ocorrência, a jovem também foi esfaqueada.
A família da vítima estava sendo chantageada e perseguida, para pagar mais de R$ 30 mil para que a jovem fosse libertada. O suspeito, que havia se apresentado como seu namorado, alegava que estava com uma dívida com traficantes da região e só a soltaria quando o valor fosse pago.
O homem, de 36 anos, identificado apenas como Rogério, é natural do Mato Grosso e tem passagens pela polícia por tráfico internacional de drogas. Ele estava com documentos falsos e, ao ser abordado na noite que a jovem foi encontrada, não apresentou resistência. No entanto, o homem nega que tenha participação na morte da namorada, afirmando que a teria deixado no bairro em que morava com a mãe.
Em conversa com os policiais, o suspeito confessou que teve relações sexuais com a jovem horas antes do crime e que deixou o celular dela como garantia de pagamento por usar o quarto de um motel. Além dele, uma mulher de 34 anos também foi presa. Ela disse que os dois tinham uma dívida com o tráfico e que precisavam do dinheiro para quitar os valores.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que na noite de ontem, assim que acionada, deslocou uma equipe da perícia oficial ao local do crime, onde foram realizados os primeiros levantamentos e a coleta de vestígios. “Outras informações poderão ser repassadas após a finalização dos procedimentos de polícia judiciária”, disse a PC.
FONTE ESTADO DE MINAS