Governador citou que paralisações, iniciadas após manifestações na última segunda-feira, afetam população
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), pediu que os policiais, servidores da segurança pública, que entraram em greve, retornem “ao serviço normal”. A declaração foi dada em entrevista exclusiva ao programa Rádio Vivo, da Itatiaia, nesta sexta-feira (26). O gestor ressaltou que paralisações de serviços da segurança são contra a lei.
“Faço pedido pessoal para que todos que estão fazendo algo que afete as atribuições voltem ao serviço normal. O cidadão merece respeito, estamos abertos a negociação”, afirmou. O governador também voltou a falar sobre a situação financeira do estado para justificar ser inviável aplicar recomposições salariais.
“Não temos um pote de ouro, temos um pote de dívidas. Preciso continuar mandando recursos para as prefeituras e pagando em dia”, afirmou Zema, que também chama alguns protestantes de “baderneiros”. “Causar problemas aos outros, eu sou contrário, e a lei prevê que saúde e segurança não podem faltar com o dever. Se alguém quer fazer bagunça, que seja penalizado conforme a lei prevê”, declarou.
Como a Itatiaia vem acompanhando, integrantes das forças de segurança de Minas Gerais reagiram mal ao anúncio de reajuste em 10% os salários de todo o funcionalismo público do Estado. Entidades que participaram das manifestações do início da semana e que culminou em uma greve de policiais e bombeiros, convocaram uma nova manifestação para esta sexta-feira (25), na Cidade Administrativa, sede do governo do Estado.
“O que estamos propondo é o reajuste de 10,06%. Estamos raspando o cofre. Estamos ainda criando a ampliação do auxílio-farda, de R$ 1,8 mil por ano para R$ 6 mil. E eu tenho que ser responsável. Não vou fazer algo que inviabilize a vida do estado amanhã. Prefiro perder a eleição e fazer o certo do que fazer o errado e ganhar a eleição”, completou Zema.
FONTE ITATIAIA