Mais mau exemplo de desperdício de dinheiro público e desorganização na área da saúde. Ontem (4), os Vereadores Giuseppe Laporte (MDB), Damires Rinarlly (PV), Vado Silva (DC) e Erivelton Jayme (Patriotas) fiscalizaram, após denúncias, o Centro de Promoção da Saúde, em Lafaiete, situado no Bairro Carijós.
Eles constataram diversas irregularidades como álcool etílico, caixa de bisturi, seringas, materiais odontológicos e insumos com data de validade vencidos.
Também os vereadores localizaram um aparelho de ultrassom, que segundo os funcionários, está sem uso desde 2011.
O que assustou os vereadores foi que ao abrir os consultórios das especialidades médicas eles apresentavam mofo do teto ao chão.
Em outras salas eles encontraram materiais que aguardam a parte responsável da prefeitura para promover as melhorias estruturais.
Na fiscalização, os vereadores constaram cartões de ponto sem o preenchimento correto e ausências de médicos que deveriam estar cumprindo carga horária no local.
Após a visita eles solicitaram a coordenadora a imediata solução dos problemas diante da grande demanda do Centro de Promoção da Saúde. Por outro lado, mesmo diante de tantas irregularidades, eles destacaram o empenho e dedicação dos funcionários que mesmo sem estrutura adequada atendem os pacientes com carinho e dignidade. “Sobram recursos mas falta gestão”, concluiu o Vereador Giuseppe Laporte.
Mais desperdício
Esta não foi a primeira vez que os vereadores detectaram desperdício de recursos públicos. Em 15 de junho, através de uma denúncia anônima os vereadores Vado Silva (DC), Erivelton Martins (Patriotas) e André Menezes (PL) estiveram no almoxarifado que abastece a Secretaria Municipal de Saúde, no Bairro Carijós, quando detectaram mais de 461 galões de 5 litros com álcool gel com data de validade vencida.
Há menos de 15 dias, os Vereadores João Paulo Pé Quente (DEM) e André Menezes constaram na policlínica municipal grande quantidade de pomadas com data de validade vencidas que deveriam abastecer os PSF’s. “O que gente não entende porque a prefeitura não faz o controle dos materiais e medicamentos para inspecionar a chegada dos produtos e verificar a validade deles. Isso é má gestão e desprezo com os cidadãos”, cutucou André. “O prefeito não tem culpa da situação, mas os responsáveis são aqueles que comandam o setor da saúde em Lafaiete e quem paga o pato é o prefeito”, disse Pé Quente na reunião da Câmara na terça-feira (3).
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