Mineração: Vale do Alto Paraopeba, pânico e injustiças

Audiência Pública em Moeda não aprovou empreendimento da Gerdau 

Populações que habitam o ‘Vale do Alto Paraopeba’, e vivem próximas às barragens de mineradoras, vivenciam insegurança, pânico e medo. A insustentável tragédia humana, social, política e econômica, ocorrida em Brumadinho, provocou expectativa de novos rompimentos. As mineradoras, em especial, a VALE S.A. ficaram expostas, pelo trato desrespeitoso para com o ambiente. A falta de transparência e seriedade na conduta dos negócios da empresa mudou o comportamento e opinião dessas populações. Brumadinho e Mariana mostraram o quanto se desrespeitam montanhas, nascentes, patrimônios naturais e culturais, sobretudo, as águas; mais um rio foi morto por substâncias que tornaram impróprias suas águas: Paraopeba!

Audiência Pública em Moeda não aprovou empreendimento da Gerdau/Foto: Tarcísio Martins

Belo Vale, Jeceaba, Moeda, Congonhas, Brumadinho são cidades da Zona Central do estado, que se formaram às margens do Rio Paraopeba. Nas encostas da Serra da Moeda – Reserva da Bioesfera pela UNESCO, em 2005 – estão os aquíferos que abastecem o Paraopeba. E, onde se situam comunidades tradicionais e quilombolas; patrimônio natural com fortes referências de vida. À exceção de Moeda, que detém um decreto municipal, que não se permite a exploração mineral em seu território, os demais municípios tiveram influências da mineração predatória, desde o Ciclo do Ouro.

A Associação do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de Belo Vale (APHAA-BV), criada em 1985, tem bom conhecimento dos impactos e conflitos sociais das mineradoras, em Minas Gerais. Enfrentou desmatamentos, incêndios, destruição de nascentes, a degradação da serra. Relacionou-se com moradores das comunidades da encosta da Serra da Moeda. A maioria defendia as mineradoras por gerar trabalho para suas famílias. Embora, morando em áreas caracterizadas por baixa infra-estrutura social, marcadas pela poluição, barulho de explosões, e constantes falta de água.

A tragédia de Brumadinho veio forte. Provocou impacto na relação dessas populações com as mineradoras. Trouxe insegurança e sensação de fragilidade para suas vidas. As mortes de trabalhadores bateram fortes nos corações das famílias atingidas e sociedade em geral. Em Congonhas, Jeceaba e Belo Vale paira o medo de serem arrastadas pela lama.

As mineradoras perderam credibilidade pelo desrespeito à vida, à paisagem cênica e qualidade das águas. Elas estão com suas condutas abaladas pela opinião pública e precisam se reinventar; ser verdadeiras para que se possam implantar novos empreendimentos. Recentemente, o prefeito de Belo Vale declarou que não dará anuência – Carta de Conformidade – para expansão de empreendimento, que a VALE S.A pretende instalar na Serra dos Mascates, em área de preservação, próximo à nascente de Água Fria, onde se capta a água para a cidade. Em Jeceaba, moradores temem pela barragem da Ferrous, situada em Caetano Lopes e não querem a construção de mais duas previstas. Vice prefeito diz que a administração não irá aceitar que uma nova barragem seja erguida.

Em Moeda, Audiência Pública realizada na Câmara Municipal, em 13 de abril, avaliou um pedido de licenciamento da Gerdau S.A, para dar continuidade às operações da mina de Várzea do Lopes. O evento atraiu centenas de cidadãos e representantes de organizações não governamentais das cidades vizinhas. A empresa quer instalar seu projeto, em um ‘Corredor Ecológico’, situado entre áreas protegidas e o ‘Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda’ (Mona), no Vetor Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

“Moeda tem que aprender a viver sem o uso de explorações inadequadas. As leis de tombamento municipal e estadual serão cumpridas, e não irei permitir mineração em Moeda até o fim de meu mandato”, afirmou Leonardo de Moura Braga, prefeito de Moeda/Foto: Tarcísio Martins

O projeto da Gerdau foi rejeitado por unanimidade. Citações sobre o ocorrido em Brumadinho e Mariana e frases como: “Não queremos migalhas de impostos”; “Respeito às nascentes e que as minas de água sejam mais importantes que as de minérios”, ecoaram pelo Plenário.

O prefeito de Moeda tem planos de transformar o município em um “Parque Verde”, e reconhece seu potencial para o turismo natural. “Moeda tem que aprender a viver sem o uso de explorações inadequadas. As leis de tombamento municipal e estadual serão cumpridas, e não irei permitir mineração em Moeda até o fim de meu mandato”, afirmou Leonardo de Moura Braga. Caso prevaleça a decisão da Audiência Pública, o município consolida-se como o único do “Quadrilátero Ferrífero”, que através de Decreto Municipal de 2002, não permite mineração em seu território.

Que a Serra da Moeda, “Monumento Natural da Humanidade”, ganhe um forte abraço no dia 21 de abril!

Tarcísio Martins, jornalista e professor e coordenador de projetos da APHAA-BV.

Leia também: Gerdau está próxima de licenciamento na Serra da Moeda e suas nascentes no caminho da mineração

ONG’s, ambientalistas e políticos se unem e derrotam expansão de empreendimento de mineração da Gerdau

Gerdau quer ampliar produção de mina para abastecer usina de Ouro Branco; audiência pública para licenciamento ocorre hoje

Insegurança: moradores de Belo Vale cobram mais segurança e prometem protestos hoje

Desde a tarde de ontem, dia 19, quando, fortes chuvas na Serra dos Mascates provocaram transbordamento da lagoa de contenção da mineradora “Green Metals”, no povoado dos Pintos, os moradores estão assustados e revoltados com a empresa, já que pela 3ª vez o mesmo incidente ocorreu no local.

Moradores protestaram em frente a mineradoras por mais segurança

Ontem, a enchente atravessou estradas, arrasou a nascente que abastece a comunidade, invadiu casas, matou animais, e seguiu arrastando a lama para o córrego, contribuindo com a contaminação do Rio Paraopeba.

Atuação e atos

Logo após o transbordamento das contenções da lagoa, os moradores foram até a entrada da empresa para protestar e cobrar medidas de seguranças, quando a PM interveio no local.

Moradores da comunidade dos Pintos cobram medias de seguranças das autoridades

A Associação da Comunidade dos Pintos (ALPI) e a Associação do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de Belo Vale (APHAA-BH) estiveram no local, já haviam feito representações, contra o empreendimento da “Green Metal”, junto Ministério Público da Comarca de Belo Vale. O vereador Antônio Moura, também, vem insistindo junto à Câmara Municipal para que defira seus requerimentos e solicitações de uma Audiência Pública da Mineração.
A APHAA-BV protocolou na Câmara Municipal, em 2015, um amplo relatório sobre a atuação das mineradoras; até então, não obteve resposta.

Segundo o vereador Antônio Moura, que esteve nos Pintos, haverá um encontro das autoridades com a comunidade, às 8:30 h da manhã dessa quarta-feira, no Quartel da Polícia Militar de Belo Vale, a fim de encaminhar as conseqüências da “enxurrada”.

Nossa reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Green Metalls mas os conseguimos retornos aos nossos telefonemas. (Tarcísio Martins e redação do SITE).

Veja o vídeo a seguir:

https://youtu.be/D7wWlUZ3Alc

 

 

 

Moradores de Belo Vale temem por rompimento de barragem da Vale

Belo Vale, cidade histórica e mineradora, desde o ciclo do ouro, também sofre consequências de empreendimentos da mineração, e teme, que possa ser atingida por rompimento de barragens

Mapa com a Mina – Projeto de Desenvolvimento Marés II/Tarcísio Martins

Localizada no Quadrilátero Ferrífero, zona Central do estado de Minas Gerais e a 80 km de Belo Horizonte, a população de Belo Vale, também, está apreensiva e quer se prevenir, a fim de que não seja atingida pelos rompimentos de barragens. Em seu território abriga duas barragens de finos, localizadas na serra dos Mascates, (serra da Moeda), que comportam 256.000 m3 de volume de água e finos em seus reservatórios. Pertencem a VALE S.A. e são parte do projeto de Desenvolvimento da Mina de Fábrica. Por outro lado, seus habitantes estão temerosos: uma barragem de contenção de rejeitos com potencial de risco eminente, localizada em Congonhas do Campo, pertencente à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), se romper, poderá atingir a cidade, através do já maltratado Rio Paraopeba.

A Associação do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de Belo Vale (APHAA-BV), entidade fundada há 33 anos, vem trabalhando, junto aos Poderes Público e Jurídico, a fim de que se combatam o avanço de empreendimentos da mineração que põem em risco o meio ambiente natural, cultural e comunidades.

Vista da barragem logo acima das Ruínas das Casas Velhas – Foto de 2015 /Tarcísio Martins

A VALE S.A. busca autorização do governo de Belo Vale para implantar uma Pilha de Estéril – PDE Marés II – em área de preservação permanente, junto à barragem de contenção de finos e a 100 metros de um patrimônio cultural do século XVIII – Ruínas das Casas Velhas – tombado pelo município.  A construção da Pilha de Estéril, já em execução pela VALE S. A. não gera impostos – CFEM – para Belo Vale, uma vez, que a mina de produção do minério está localizada em área do município de Ouro Preto.  Belo Vale receberia, apenas, lixo, e riscos para o ambiente e comunidades, além de contaminar águas do Córrego Marés, afluente do Rio Paraopeba, que abriga belas cachoeiras.

Em 2004, o Ministério Público tomou conhecimento, através de uma representação da APHAA-BV, de que a VALE estaria desmatando 79.80 ha (setenta e nove hectares e oitenta ares). Foram feitas intervenções em três nascentes, em área de preservação permanente. O objetivo seria a instalação do empreendimento denominado “Ampliação do Depósito de Estéril Marés”.

Em 2005, foi aberta uma Ação Civil Pública em parceria do MPMG e APHAA-BV, contra a VALE. Houve diversas manifestações da comunidade local, dezenas de reuniões, além das Audiências Públicas, com suporte da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. A APHAA-BV obteve a liminar para que a empresa paralisasse suas obras. Após 13 anos, o processo Nº 0009507-09.2007.8.13.0064, ainda tramita na Comarca de Belo Vale.

Foto de 2004 – inicio da terraplanagem para a construção da barragem – supressão de vegetação e intervenção em nascentes – atividades na época não autorizadas/Tarcísio Martins

Em 17 de janeiro de 2015, firmou-se um “Termo de Transação Judicial”, entre o Ministério Público de Minas Gerais e a VALE S.A., o qual foi juntado aos autos no dia 15/01/2015. O documento foi construído e homologado, sem o conhecimento da APHAA-BV, que como parte da Ação Civil não foi convocada para discuti-lo e assiná-lo. Imediatamente, a VALE deu continuidade às suas obras de expansão da barragem e da pilha. A APHAA-BV recorreu através de “Embargos de Declaração”, em 28 de janeiro de 2015. Por diversas vezes, oficialmente, solicitou análise da Comarca, porém, o documento só foi analisado pelo juiz em dezembro de 2018.

Em 10.09.2018, a VALE esteve presente em reunião do Conselho de Cultura de Belo Vale. Foi solicitar autorização para instalar a Pilha de Estéril, uma vez, que ela interfere na paisagem e impacta o patrimônio cultural do século XVIII. Na apresentação, os técnicos da VALE S.A. tiveram dificuldades de explicar aos membros do Conselho de Cultura, maiores detalhes do empreendimento. O pedido foi negado por todo o Conselho, inclusive, pelos representantes do Poder Público.

Integrantes da ONG APHAA-BV estiveram com o prefeito Lapinha, quando foi questionado sobre risco de barragens/Danilo Fontes

Coincidentemente, após essa reunião, em 04.12.2018, o juiz da Comarca de Belo Vale indeferiu os “Embargos de Declaração” propostos pela APHAA-BV, que estavam adormecidos na Comarca desde 2015. O juiz confirmou o “Termo de Transação Judicial”. A VALE S.A. estaria livre para continuar suas obras.

Por considerar que a barragem e pilha de rejeitos são impactantes ao patrimônio cultural e ambiental, ainda com danos e riscos mais que evidentes para a comunidade, a APHAA-BV está usando de seus direitos: está protocolando em 31.01.2019 uma “Apelação contra sentença” – O novo documento deve ser juntado ao processo, para ser remetido à Superior Instância, onde espera seja conhecido e provido, com mais urgência.

Vista geral da área com parte da barragem e área onde situa-se o ” Sítio Ruínas das Casas Velhas/Tarcísio Martins

Diante dos crimes cometidos pela VALE em Mariana e Brumadinho, a entidade acredita que dessa vez, os poderes constituídos sensibilizem-se, e não autorizem o empreendimento danoso ao município. Como também, acompanhem de perto os movimentos contra a Barragem da CSN em Congonhas, a fim de que Belo Vale não sofra consequências, caso aquela barragem se rompa!

O prefeito Lapinha fala

Prefeito, José Lapa dos Santos (MDB) recebeu esta semana, o presidente da APHAA-BV, Romeu Matias e associados: Selma Moura e Tarcísio Martins.

Questionado sobre riscos das barragens na Serra dos Mascates (Serra da Moeda), foi categórico: “Não há riscos! As duas barragens não são de rejeitos, e venho fiscalizando. Porém, no meu mandato não autorizarei, através de ‘Carta de Conformidade’, nenhum projeto de expansão de empreendimentos da VALE S.A. no local. E não autorizo a construção da Pilha de Estéril PDE Marés II, para mantermos a integridade do patrimônio cultural: Ruínas das Casas Velhas, e não poluir as águas do córrego Marés.”

Texto: jornalista e ambientalista Tarcísio Martins – Coordenador de Projetos da APHAA-BV e membro do Conselho de Cultura de Belo Vale.

Fotos: Tarcísio Martins e Glória Maia

 

“Não houve um acidente em Minas Gerais. Houve um crime ambiental e um homicídio coletivo”, diz bispo

Riquezas das Minas Gerais, seus minérios e tantas outras maravilhas, que tão “generosamente” foram dadas pelo Criador, transformaram-se segundo o bispo auxiliar de Belo Horizonte, dom Joaqui Giovani Mol, em sua perdição. “Minas vê, gravíssima e rapidamente, seus rios, lagos, afluentes, terras agricultáveis, comunidades e suas culturas sendo dizimadas. São cometidos crimes contra a vida humana, contra o meio ambiente e contra o direito de viver em comunidade e em família”, aponta o bispo.

Em seu artigo “Mineradoras lesam a humanidade”, dom Mol cita a Encíclica do papa Francisco, Laudato Si, que alerta para a necessidade da urgente compreensão de que o Planeta clama contra o mal que lhe é provocado por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nele colocou. “O que foi legado ao homem para que prospere e tenha uma vida plena e a transmita às futuras gerações, a ação irrefreavelmente gananciosa e criminosa das mineradoras destrói em tão pouco tempo”, afirma o bispo.

Bispo auxiliar de Belo Horizonte, dom Joaqui Giovani Mol

Dom Mol diz que vive-se diante da débil regulação do setor pelo Legislativo, eivado de acordo com ele de pessoas financiadas por empresas e que são autorizadas pelo Executivo, “imiscuído” em múltiplos interesses nem sempre republicanos e “precariamente” fiscalizadas pelos órgãos que existem para isso. Soma-se a isso, segundo o bispo a um Judiciário “leniente”, “ensimesmado”, “caríssimo”, “insensível”, “pretensioso” e “divorciado” do povo brasileiro. Conforme o bispo foi assim em Mariana, pela Vale/Samarco, até hoje “na justiça” e é assim em Brumadinho, pela Vale. Dom Mol diz que não se pode deixar que assim continue.

Para o bispo não houve um acidente nessas Minas Gerais. Houve de acordo com ele um crime ambiental e um homicídio coletivo. “Uma matança de pessoas, animais e do meio ambiente. Quase mataram também a esperança, a fé, a dignidade e o amor das pessoas que sobraram, agora terrível e indescritivelmente sofridas, mas em processo curativo, em reconstrução, soerguimento, revitalização e retomada de posse de sua brava dignidade”, diz.

Como não há uma empresa mineradora em abstrato, as pessoas que nela atuam, segundo dom Mol têm responsabilidade sobre esta tragédia e devem ser rigorosamente punidas, para que, juntamente com a mineradora, não caiam em desgraça também os que exercem os poderes acima citados e já tão pouco acreditados. “Conscientemente, as mineradoras optam, por serem mais baratos, por modelos de exploração de minério de ferro e de outros metais mais danosos ao meio ambiente e à vida humana. O lucro exorbitante, quase ilimitado, com pouco retorno à sociedade por meio do poder público, é o único critério e preside, inconsequentemente, as decisões em relação aos modelos de exploração dos recursos naturais”, afirma o bispo.

Ainda de acordo com ele, por causa dessa sede “insaciável” e “enlouquecida” por riquezas cada vez maiores, concentradas sempre mais nas mãos de pouquíssimas pessoas, empresas mantêm trabalhadores na pobreza a vida inteira e expostos à morte. “A mineração em nosso País se tornou eticamente insustentável, calamitosa e de altíssimo risco para a vida humana e toda a vida existente em suas áreas de atuação”, diz.

Dom Mol salienta que a dimensão cruel e potência danosa da reincidência desses crimes apontam que apenas o fato de não se tratarem de um contexto de conflito armado é que os distingue de serem entendidos como crimes de lesa-humanidade: “As práticas de seus infratores, afinal, se mostram sistemáticas, resultam da clareza dos riscos e danos de suas ações em covardes atos desumanos e contra a população civil. Por isso mesmo, urge que as pessoas, organizações e instituições que valorizam a vida humana, que querem defender a natureza dessa progressiva e suicida destruição, se insurjam contra esse modelo de negócio que enriquece tão poucos, destruindo a vida de tantos.  Do modo que se realiza, esta economia mata, repito o Papa Francisco, o maior líder humanitário do mundo atual”.

É inadmissível, segundo ele, a persistência desse modelo econômico de enriquecimento pela destruição. “É impossível continuarmos aceitando que a natureza, obra-prima de Deus, seja sistematicamente destruída. E que milhares de trabalhadores, idosos e crianças, mulheres e jovens, prevalentemente os mais pobres e humildes, sejam diariamente expostos ao risco de morrer em função de uma ganância deplorável”, aponta dom Mol.

“Precisamos, talvez como nunca antes, como nos convoca o Papa Francisco, cujo nome tem inspiração em São Francisco de Assis, “exemplo por excelência pelo cuidado com o que é frágil e a ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade” (Laudato si), de um debate que una a todos, porque o desafio ambiental diz respeito e tem impacto sobre todos nós”, finaliza o bispo.

  • Fonte:CNBB

Para Sindicato Vale age de maneira desrespeitosa e irresponsável e fechamento de minas pode afetar mais de 20 mil pessoas na região

Três dias após rompimento da barragem no Córrego do Feijão, em Brumadinho, a Vale anunciou a desativação de 19 barragens em Minas, entre as quais duas em Ouro Preto e Mina de Fábrica em Congonhas.

Rafael Ávila em assembleia com trabalhadores da Mina de Fábrica pós ocorrido em Brumadinho/Reprodução

A medida deve afetar mais 10 mil trabalhadores, entre os quais 2 mil em Congonhas. Cada demissão de operário da mineração afeta, em média, outras 10 pessoas na região daquele demitido, o que significa que fechamento da Mina deve afetar 20 mil pessoas em Congonhas.

O Sindicato Metabase Inconfidentes que abrange Congonhas, Ouro Preto e outras cidades já um pauta de negociação com a Vale cuja reunião ocorrerá no dia 11. O sindicato alega que a mineradora ainda não comunicou nenhuma das medidas adotadas. “Vale desconta nas costas dos trabalhadores o crime cometido pela alta chefia em Brumadinho”, disse em entrevista exclusiva, Rafael Ávila, mais conhecido como Duda, diretor presidente do Sindicato Metabase Inconfidentes.

Dias após a tragédia da Vale, o sindicato fez uma paralisação na Mina de Fábrica em solidariedade aos trabalhadores e comunidade de Brumadinho. 

  1. Como o sindicato analisa a decisão da Vale de desativar as barragens?

A Vale, de maneira desrespeitosa e irresponsável, não oficializou ao sindicato nenhuma decisão. A informação que possuímos é aquela que circula na grande mídia. Para a imprensa nacional, o presidente da Vale disse que irá esvaziar barragens e “reflorestar” a área e que, para isso, paralisará as operações em diversas minas, Mina de Fábrica (Congonhas) é uma delas.

Mais uma vez, se trata da Vale seguindo o manual da covardia das grandes empresas e descontando nas costas dos trabalhadores o crime cometido pelos altos executivos, pela alta chefia, pelos acionistas da mineradora e pelos governos que foram coniventes com as práticas da empresa, que lamentavelmente assassinou outros tantos trabalhadores e trabalhadoras.

Nosso sindicato está totalmente de acordo de que é necessário descomissionar as barragens, principalmente aquelas que possuem estruturas semelhantes às de Brumadinho e Mariana (Samarco). No entanto, para isso a Vale não deve e não precisa descontar no emprego de seus trabalhadores. Ao contrário disso, se a preocupação da empresa fosse realmente o bem estar das comunidades e de seus funcionários, o ato de mudar parte do processo produtivo deveria gerar mais empregos, não o contrário.

Em um trimestre, a empresa tem, em média, cinco bilhões de reais de lucro, tudo isso às custas do trabalho de cada um e cada uma que todo dia bate cartão. Agora, que os “manda-chuvas” da Vale cometeram um verdadeiro crime, querem que estes mesmos trabalhadores, que tanto fizeram pela produção de minério, paguem pelo processo de mudança que a mineradora já deveria ter feito há anos.

  1. Quantas pessoas afetadas na região e em Congonhas? Ao que parece, a nossa região será diretamente afetada com o fechamento das minas em Itabirito, Congonhas e Ouro Preto.
Trabalhadores da Mina de Fábrica promoveram um ato de solidariedade às vítimas em Brumadinho/Reprodução

Ainda não temos dimensão do número de afetados, já que, como dissemos, a empresa não oficializou nenhuma informação junto ao nosso sindicato. Segundo a imprensa local, cerca de dois mil trabalhadores serão afetados. Se os números forem estes, isso pode significar aproximadamente 10 mil pessoas afetadas, se considerarmos as famílias. Isso sem contar o impacto nos serviços públicos oferecidos pelos municípios dependentes da mineração e no comércio regional. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), cada demissão de operário da mineração afeta, em média, outras 10 pessoas na região daquele demitido.

  1. Quais as movimentações do sindicato em defender o emprego dos trabalhadores?

Em relação à defesa do emprego, mais especificamente, estamos tomando iniciativas no sentido de ir ao Ministério Público do Trabalho para buscar medidas jurídicas que garantam a estabilidade no emprego para os trabalhadores e trabalhadoras.

Sindicato busca diálogo com a mineradora e no dia 11 acontece reunião com diretoria/Reprodução

Sobre a situação como um todo, logo no dia seguinte ao ocorrido em Brumadinho, nosso sindicato, junto ao Metabase Itabira, convocou e participou de uma reunião com outros sindicatos, movimentos e ativistas de toda a região e até mesmo de fora do estado para montar uma pauta de lutas conjuntas. Entre essas lutas, está a defesa do emprego.

Também estivemos na cidade de Brumadinho para prestar solidariedade e auxílio às vítimas, tentando também transformar o luto em luta. Em Mina de Fábrica, fizemos uma paralisação em solidariedade aos trabalhadores, trabalhadoras e comunidade de Brumadinho e também dialogamos com a categoria sobre os desafios de nossa classe.

Como maneira de tentar obter algum tipo de informação oficial para elucidar nossos próximos passos, solicitamos uma reunião com a Vale. Essa reunião ocorrerá no próximo dia 11. Esperamos que a empresa tenha o mínimo de responsabilidade e leve a vida dos trabalhadores mais a sério, oficializando informações concretas.

Infelizmente, as posturas que a Vale e as grandes empresas no geral adotam não nos passa confiança nem credibilidade. Por este motivo, entendemos que a mobilização da classe trabalhadora é o caminho para que a justiça seja feita, a vida seja respeitada e o emprego seja mantido. O Sindicato Metabase Inconfidentes está a serviço principalmente desta tarefa.

  1. Porque a Vale não adequa as minas dentro da legislação em termos de segurança, ao invés de penalizar os trabalhadores?
Paralisação da Mina de Fábrica mobilizou trabalhadores entorno de seus direitos/Reprodução

A mineração é fundamental para a sociedade. No entanto, da maneira como é feita hoje, ela não está a serviço da sociedade, nem da vida, nem da geração de empregos. A lógica de grandes empresas como a Vale é a de produzir de maneira desenfreada, sem se preocupar com segurança do trabalho, vida e meio ambiente. Para os grandes patrões e acionistas, tudo se trata de números: Se bateu recorde de produção de minério, se as ações da empresa subiram na bolsa de valores… O mais importante fica secundarizado, que é o atendimento à sociedade, o cuidado com a vida, a segurança e o meio ambiente.

Por essa lógica, toda vez que “a corda arrebenta”, empresas como a Vale querem fazer os trabalhadores e comunidades pagarem pelo problema que a própria empresa gerou. Isso é ainda mais cruel porque estamos vendo que a empresa não só está desrespeitando as vítimas de Brumadinho, como também se aproveita da comoção nacional para argumentar que terá que penalizar trabalhadores de várias outras unidades, quando na verdade a preocupação da empresa é a de reduzir impactos em seus números, não o de preservar aqueles que produzem toda a sua riqueza, que são os trabalhadores.

  1. A Vale já fez algum anúncio ao sindicato?

Irresponsavelmente, não foi feito nenhum anúncio oficial ao Sindicato. Há uma reunião com a empresa marcada para o dia 11/02, solicitada por nossa entidade. No entanto, não sabemos se a empresa oficializará algum tipo de informação a respeito.

  1. Qual a solução pra toda essa situação que se iniciou com o rompimento da barragem em Brumadinho?

Infelizmente, essa situação não se iniciou em Brumadinho. Desde 2001, são sete rompimentos de barragem. Estão transformando nossos locais de trabalho em covas coletivas.

Sindicato criticou Vale e alegou que trabalhadores não foram oficializados sobre desativação de barragens/Reprodução

Achamos que é necessário um outro modelo de mineração, que esteja mais preocupado com os empregos, com as pessoas, com o meio ambiente, com a diversificação da economia das regiões mineradoras e não com recordes de produção, escaladas na bolsa de valores e resultados no mercado para engravatados comemorarem.

No entanto, não temos ilusão de que isso irá acontecer por qualquer bondade de grandes empresários, acionistas ou políticos corruptos, que lucram com o nosso suor e sangue e os de nossos irmãos. Para que a mineração seja de fato da sociedade, empresas como a Vale a CSN precisam ser estatizadas, mas não nas mãos destes governos, já que todos eles, os anteriores e o atual, já se provaram corruptos e marionetes dos ricos e grandes empresários.

Precisamos de uma mineração estatizada sob controle dos trabalhadores e das comunidades, que esteja preocupada em produzir aquilo que seja necessário para o bem estar e riqueza social. Acreditamos que o caminho para isso é a mobilização da classe trabalhadora e de toda a população. Não é o caminho mais fácil, mas nos parece o único que realmente pode responder à necessidade das cidades e das pessoas, que são, ao mesmo tempo, o emprego, a segurança e a preservação da vida e do meio ambiente.

Zelinho e prefeitos da AMIG vão a Brasília cobrar fiscalização das barragens e manutenção de empregos da VALE

Na pauta de reivindicações dos prefeitos ao secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal de Oliveira, e ao presidente da Agência Nacional de Mineração (ANM), Victor Hugo Froner Bicca, esteve o pedido de maior fiscalização e monitoramento nas barragens de mineração, ao que os dois órgãos do Governo Federal prometeram atender. Outra solicitação foi a não paralisação das atividades da mineradora VALE na Mina Fábrica, localizada entre os municípios de Congonhas, Ouro Preto, Belo Vale e Itabirito, como na mina de Nova Lima.

O prefeito Zelinho reforçou o pedido aos dois órgãos para que passem a monitorar o quanto antes as barragens de Congonhas. “Fizemos o pedido porque estamos muito preocupados com os moradores dos bairros próximos à Barragem Casa de Pedra, como com toda a população de Congonhas e de outras cidades”, afirma. Os dois órgãos prometeram, em breve, estar em Congonhas.

Zelinho e prefeitos da AMIG vão a Brasília cobrar fiscalização das barragens e manutenção de empregos da VALE/Divulgação

Consultor da AMIG e ex-prefeito de Itabirito, Juninho Salvador fez uma exposição na visita ao MME e à ANM com os dados que comprovam os prejuízos que as cidades da região como toda Minas Gerais terão, caso aconteça a paralisação das atividades da VALE para reparo nas barragens. Serão cerca de 2 mil empregados afetados somente na Mina de Fábrica, além de prejuízo aos cofres dos municípios e do Estado, em um momento em que estes já passam por dificuldade financeira, em decorrência da inadimplência do Estado, que deixa de repassar a eles o ICMS, IPVA e Fundeb. Mas o próprio Estado perderia mais de R$ 300 milhões de reais por mês com o fechamento temporário da Mina Casa de Fábrica. Congonhas teria prejuízo mensal de R$ 1 milhão.

“O Ministério de Minas e Energia nos informou que a VALE fez este anúncio no auditório do próprio MME, porque já havia uma reunião agendada há tempo entre as partes, mas não houve anúncio oficial, nem verbal por parte da mineradora ao Governo Federal no sentido de paralisar essas atividades. Defendemos é que o caso de cada barragem seja analisado. As da VALE na Mina de Fábrica são de porte menor, não são do porte das que causaram as tragédias de Mariana e Brumadinho”, diz Zelinho.

Durante a reunião, o Ministério de Minas e Energia se mostrou preocupado com as barragens construídas à montante [método de construção em que a barragem cresce por meio de degraus feitos com o próprio rejeito sobre o dique inicial], como era a de Brumadinho, e promete fiscalizar e monitorar todas elas, inclusive as construídas à jusante [método de construção em que a barragem cresce apenas sobre ela mesma, na direção da corrente dos resíduos, o que melhora a estabilidade da estrutura] e prometeu agilidade na fiscalização e monitoramento.

CSN confirma à ANM troca de tecnologia de produção de minério

Prefeito foram cobrar empregos da Vale

A ANM informou também ao prefeito de Congonhas que a CSN confirmou àquele órgão o que já havia comunicado ao Governo Municipal: a aquisição de equipamentos italianos para realizar a disposição de rejeitos a seco por empilhamento. Eles irão auxiliar na diminuição de material que é depositado em barragens. Segundo a mineradora, uma parte destes equipamentos já está funcionando.

Uma segunda planta de disposição de rejeito a seco irá entrar em operação no segundo semestre de 2019. Ainda de acordo com a mineradora, ela está trabalhando para que este ano, 100% da produção da mina passem a ser beneficiada com esta tecnologia a seco.

Como consequência da medida, a CSN também informou ao prefeito Zelinho que encerrará a disposição de rejeitos úmidos em todas as barragens de Mina Casa de Pedra. A barragem, que está posicionada nas proximidades de bairros residenciais de Congonhas, entrará em processo de secagem. Com isto será descomissionada e depois revegetada.

“A população de Congonhas pode ficar tranquila”, garante CSN sobre suas barragens

“A população de Congonhas pode ficar tranquila”, garante CSN sobre sua barragens/Reprodução

Desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, há 11 dias, a CSN é alo de intensos questionamentos em torno de segurança e estabilidade de seus empreendimentos em Congonhas. Hoje a empresa, pela primeira vez, se manifestou a respeito da polêmica na qual moradores defendem a desativação da barragem Casa de Pedra.

“A CSN Mineração lamenta profundamente o ocorrido em Brumadinho e gostaria de salientar que a Barragem de Casa de Pedra, com método de construção a jusante, é segura. A empresa está na vanguarda do tratamento de rejeitos, com investimento de 250 milhões de reais na tecnologia de empilhamento a seco, que já cobre 40% do volume de seus rejeitos, o maior empreendimento do tipo já feito no Brasil. Até o fim de 2019, a empresa estará processando 100% do seu minério a seco, descartando a utilização de barragens para o processo produtivo. A população de Congonhas pode ficar tranquila”.

Prefeitura de Congonhas multa CSN, Vale, Gerdau e Ferrous e valor supera R$ 2 milhões para cada uma

Dique de Sela, parte da Barragem Casa de Pedra que apresentou infiltrações, se ergue sobre três bairros de Congonhas elevando o alerta em caso de acidentes/Foto: Alexandre Guzanshe

Antes mesmo dos  desdobramentos da tragédia de Brumadinho, na Grande BH, a Prefeitura de Congonhas havia remetido processo para multar a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Gerdau, Vale e Ferrous diariamente, algumas das maiores empresas do Brasil, por descumprimento de exigências previstas no Plano Municipal de Gestão de Barragens.

A informação foi confirmada  a nossa reportagem pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente, Neilor Aarão.

Segundo ele estão sendo adotadas “ações maienérgicas” para avaliar a segurança e a estabilidade das barragens no município. De acordo com a prefeitura, haverá um processo para lavratura de multa simples e diária, até que as empresas cumpram o que foi determinado ainda em novembro do ano passado, dando conhecimento ao Ministério Público, a Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros de que as empresas não adotaram as recomendações.

Plano Municipal de Gestão Ambiental

Secretário Municipal de Meio Ambiente de Congonhas, Neylor Aarão/Reprodução

O Executivo municipal por meio da Secretaria de Meio Ambiente, está elaborando um projeto de lei (PL) para encaminhar à Câmara Municipal. O texto proibirá o alteamento de barragens na área urbana do município, além da exigência de uma declaração de anuência, assinada pelo diretor da empresa e de seu presidente, validando as informações técnicas que atestam a estabilidade das barragens, assumindo de forma compartilhada a responsabilização nas esferas civis e criminais no caso de acidentes ou rompimento. A adoção de novas tecnologias de beneficiamento e disposição de rejeito, alternativas às barragens, também estariam inseridos no PL.

Outra medida para a prefeitura se proteger, o Plano Municipal de Gestão de Barragens foi elaborado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente em novembro último e prevê uma série de medidas complementares às exigências legais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

Contudo, tais medidas de segurança, segundo a prefeitura, não foram adoradas pelas empresas, o que motivou a multa.

O Ministério Público pede estudo técnicos e novas formas de disposição de rejeitos em barragens, como também o Plano Municipal.

O Promotor, Vinicius Alcântara Galvão, titular da Curadoria do Meio Ambiente/CORREIO DE MINAS

O Promotor, Vinicius Alcântara Galvão, titular da Curadoria do Meio Ambiente, fez ainda ontem, recomendação a prefeitura na qual ele solicita a contratação de especialistas de notório conhecimento técnico para inspecionarem as Barragens de rejeitos em Congonhas, e mormente, o empreendimento Casa de Pedra, pelo menos 3 (três vezes) ao ano, reportando as informações à Promotoria de Justiça e órgãos de fiscalização ambiental, bem como efetivando as medidas administrativas que se afigurarem como pertinentes e necessárias.

Em um segundo item da recomendação, o Promotor solicita uma avaliação holística da Barragem Casa de Pedra, com a indicação de métodos seguros e armazenamento de rejeitos, já que o modelo atual, com a disposição de milhões de metros cúbicos de água e rejeitos a montante de núcleos urbanosdensamente povoados tem se revelado extremamente perigoso e contraindicado.

Segundo o Secretário de Meio Ambiente, Neylor Aarão, as recomendações do MP já estavam expressas no Plano Municipal, o que reflete a sintonia das ações entre a Prefeitura e o MP.

Mineradora Vale inicia o ano oferecendo diversas vagas de emprego em Minas

Nesta primeira semana de 2019, a mineradora Vale está com oportunidades abertas em Minas Gerais, para quem deseja trabalhar nas minas localizadas nas cidades de São Gonçalo do Rio Abaixo, Santa Bárbara, Nova Lima, Itabira, Itabirito e Congonhas.

Para a Mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo, as vagas disponíveis são para as funções de Engenheiro de Planejamento de Lavra e Analista de Economia Financeira Sênior. Já para a cidade de Itabira, há vagas de Soldador I.

Em Santa Bárbara, a Vale oferece uma vaga de Analista Operacional Pleno. Na Mina do Pico, em Itabirito, há uma vaga de Mecânico I.

Vale oferece vagas de trabalho na região/Reprodução

Para o Complexo Vargem Grande, em Nova Lima, há vagas para os cargos de Eletromecânico II, Gerente de Recursos Minerais, Soldador I, Mecânico I, Engenheiro e Técnico Planejamento Programação Manutenção.

Na Mina de Fábrica, em Congonhas, há vagas para Mecânico I (4 vagas), Inspetor Manutenção II, Soldador I e  e Técnico Planejamento Programação Manutenção.

Como acessar 

Todas as oportunidades da Vale estão disponíveis no seu Portal de Vagas. Por este Portal, é possível acompanhar novas vagas da Vale, pesquisar por vagas de empregos abertas e cadastrar seu currículo. Cada uma das vagas descritas acima possui um prazo diferente para encerramento de inscrição. As vagas supracitadas foram consultadas às 14h do dia 02 de janeiro de 2018.

A Vale possui uma filosofia de remuneração por desempenho que possibilita iguais possibilidades de crescimento aos seus empregados, independente do tempo de casa. Além disso, a mineradora possui um plano de benefícios competitivos que permite melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos empregados e suas famílias.Se você se identifica com esse ambiente de trabalho, cadastre seu currículo e boa sorte!

  • Minas Mais

CSN Mineração oferece vagas de empregos. Confira!

A CSN Mineração oferece oportunidades para os cargos de Mecânico e Eletricista para atuarem com Manutenção de Equipamentos de Mina. Caso você tenha um amigo ou familiar com o perfil descrito a seguir, envie o currículo para o e-mail recrutamentocsnmineracao@csn.com.br com o assunto “Currículo – Manutenção”, ou faça o cadastro no www.vagas.com/csn.

 

Pré-requisitos:

  • Ensino Médio completo
  • Experiência com manutenção de equipamentos de mina:
    • Caminhões rodoviários, escavadeira, carregadeira, motoniveladora e trator de esteira ou de pneu.

Nossas portas estão abertas para receber pessoas interessadas no desenvolvimento de suas carreiras.

A CSN – Mineração contrata pessoas com deficiência. Caso você conheça um profissional com o perfil acima, indique-o para trabalhar com a gente.

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.